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Once Upon a Time in Wonderland

Por: em 13 de outubro de 2013

Once Upon a Time in Wonderland

Por: em

O spin-off de Once Upon a Time estreou na ABC com um gosto de decepção e deixou muito a desejar se comparado à serie original. Wonderland buscou referências, personagens, locações e até a trilha sonora de Once, mas não chegou nem perto de capturar a magia da série, que foi responsável por conquistar uma legião de fãs logo que estreou.

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É inevitável comparar. São sim duas séries diferentes, mas conectadas pelo mesmo universo, e Wonderland parece ter sido uma tentativa frustrada de repetir o sucesso de sua “série-mãe”. O conto de Lewis Carroll mostra as aventuras de uma garotinha em um mundo encantado e cheio de perigos que busca uma forma de voltar para casa. A série começa a partir do momento em que ela retorna ao seu lar e é considerada uma mentirosa quando fala sobre o País das Maravilhas. Alice (Sophie Lowe) então decide que precisa voltar a Wonderland para buscar provas de que o lugar existe.

Já com mais idade, ela consegue retornar ao mundo fantasioso e conhece Cyrus (Peter Gadiot), um gênio capaz de conceder desejos, e se apaixona por ele. Tudo parece bem entre os dois até que a Rainha Vermelha (Emma Rigby) com seu botox labial aparece para acabar com a felicidade do casal e supostamente mata Cyrus.

Alice retorna à Inglaterra, onde é internada em uma clínica psiquiátrica, e está prestes a receber um tratamento – no mínimo apavorante – para esquecer definitivamente Wonderland e Cyrus até que é resgatada pelo Valete de Copas (Michael Socha), que diz a ela que seu amado pode estar vivo. A sequência da fuga do hospital é vergonhosa. O roteiro tentou criar uma nova heroína de ação, como a Snow White, mas apenas conseguiu uma luta pífia e mal dirigida entre a Alice fazendo cara de má e os enfermeiros atrapalhados (só faltaram os balõezinhos de POU, TUM, SOC para a cena ser um completo clichê). Com a ajuda do Coelho Branco, eles retornam ao País das Maravilhas e iniciam sua busca por Cyrus.

Os efeitos especiais são tão ruins quanto os da série original, e chamam muito mais a atenção porque praticamente todas as cenas estão infestadas de fundos mal produzidos, e sem um roteiro inteligente e cativante por trás para compensar essa deficiência, como em Once. A escolha do elenco foi extremamente infeliz, com uma protagonista inexpressiva, uma Rainha Vermelha que mal consegue mexer os lábios e vilões caricatos para todos os lados. Os personagens também não ajudam, já que Alice leva já de cara uma rasteira de cada um daqueles que deveriam ser seus aliados.

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No fim, descobrimos que Cyrus está de fato vivo e aprisionado por Jaffar (Naveen Andrews), e acompanhamos o início da jornada de Alice para recuperar seu amado. O romance entre os dois também parece um erro, já que além de não terem química, a construção das cenas do casal é muito corrida e não faz com que o público acredite naquele amor. Talvez a série também trabalhe com flashbacks e construa esse relacionamento através do passado, mas o que foi visto no piloto definitivamente não convence.

Enfim, sempre procuro destacar os pontos positivos de uma obra na review, mas Once Upon a Time in Wonderland estreou com o pé esquerdo em praticamente tudo e acho pouco provável que repita o sucesso da série original. Já conferiu o piloto e teve uma visão mais otimista da série? Comente sobre as suas primeiras impressões!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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