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Punho de Ferro – 1×05 Under Leaf Pluck Lotus

Por: em 17 de março de 2017

Punho de Ferro – 1×05 Under Leaf Pluck Lotus

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As incríveis utilidades que um cartão de crédito pode ter.

Com o desenvolvimento da trama de Punho de Ferro, fica cada vez mais fácil entender o porquê da crítica estar pesando a mão na opinião sobre a nova série da Netflix em parceria com a Marvel. Apesar da ambientação extremamente parecida na cidade de Nova York, o apelo volta-se para o místico de uma maneira que não tínhamos visto antes, causando um certo estranhamento. Cheias de elementos reais, Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage se fizeram em cima do retrato de um realismo excessivamente cru, o que não se repete por aqui – o que, de forma alguma, significa que a série é ruim. Pelo contrário, ao menos a mim, é uma trama que prende e faz os – longos – episódios passarem em um piscar de olhos.

Nesta quinta parte da temporada, entramos mais a fundo na missão de Danny, tão comentada desde o primeiro episódio. Todo o seu treinamento teve um único objetivo: derrotar a Mão – aqui chamada de Tentáculo, talvez como uma referência direta a uma das maiores organizações malignas da Marvel: a Hydra. Os desdobramentos do carregamento de heroína no porto da Rand pareciam muito óbvios e até diretos demais, o que acabou se revelando em algo muito maior. A descoberta do cientista por trás da droga só nos fez perceber que a série desenha um embate entre Danny e o Tentáculo como o grande ápice da temporada, mas que pode não se resolver completamente, desencadeando a união que veremos em Os Defensores – todos eles acabam esbarrando com a organização em algum momento das suas trajetórias.

Sobre todo esse pico de ação, podemos ressaltar as lutas muito bem coreografadas mas, principalmente, a interação entre Danny e Colleen, que vem sendo um dos pontos fortes da série. Apesar de soar muito mais como tensão sexual do que qualquer outra coisa, soa quase inocente ver a maneira que eles se aproximam mas, ao mesmo tempo, não tomam iniciativas. O jantar com Claire – maravilhosa! -, por exemplo, foi uma das coisas mais constrangedoras dos últimos tempos. Tudo que eu queria era me esconder e não ver nada daquilo acontecendo, com ênfase para o momento da descoberta do voto de castidade, que me fez rir bastante.

O retorno de Claire, que já era mais do que esperado, faz dela outro dos pontos de ligação entre todos os Defensores. Ela realmente não consegue ficar longe do perigo e dos problemas, se vendo, mais uma vez, ajudando uma pessoa com poderes especiais. Querida por quase todos os fãs, a gente já sabia que o cientista esfaqueado ia parar em suas mãos, nos dando a chance de vê-la em ação mais uma vez – o que é sempre muito bom. Como que a participação dela se desenvolve a partir daqui ainda é confuso, mas espero que não tenha sido um breve momento, até porque Danny deve se machucar feio a qualquer hora.

Outro ponto de estranhamento do público é a trama empresarial que se desenvolve em paralelo a principal. Neste episódio em específico, vimos Joy titubear. Isso já vinha acontecendo mas pareceu ainda mais forte, efeitos da convivência com Danny que vem aumentando. Acho a personagem uma das mais interessantes por seus muitos detalhes. Apesar de ser uma mulher forte que toma a frente, ela também se questiona se está indo no caminho certo. Seu grande ponto de virada será a descoberta sobre o pai, que deve fazer ela dar uma boa surtada e até contestar Ward de tudo que vem acontecendo ao longo dos últimos anos.

Pausa para um aplauso de palmas lentas para a cena de Ward mostrando o dedo do meio para as câmeras instaladas em seu escritório. Que momento, meus amigos.

Ward é aquilo: o cara é o típico pau mandado, faz absolutamente tudo que lhe pedem e acaba sempre saindo na pior. A consequência disso é um personagem que bate o pé para uma situação que, sem sombra de dúvidas, será um problema para ele no futuro. Não bancar as promessas de Danny pode ser o tiro no pé para acabar com uma longa escalada ao poder, agora já frágil e com muitos contestamentos. Todo o seu “abuso parental” também tá levando o personagem para um caminho nada fácil de reverter com as drogas. Inclusive achei que seria ali, loucão, que ele revelaria a verdade para Joy, mas claramente a série está guardando isso para um momento-chave.


Nossa maratona segue e vamos nos encontrando para comentar cada episódio aqui no Apaixonados por Séries. Não deixa de contar para a gente o que está achando nos comentários!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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