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Quantico – 1×18 Soon

Por: em 20 de abril de 2016

Quantico – 1×18 Soon

Por: em

Precisamos falar sobre Quantico (mais uma vez). Depois de dois episódios que deram um pouco mais de ritmo à trama, Soon veio para voltar aquele vai não vai do roteiro. Eu fiquei um pouco confusa com o que eles quiseram mostrar essa semana. Parece que o capítulo todo teve vários nadas e somente ao final alguma mensagem foi passada – típico filler de série com temporadas extensas.

Mas não vamos perder tempo (além do que passamos assistindo essa tabaca, né?) – bora comentar os acontecimentos e tentar ver para onde estamos sendo encaminhados agora na reta final. Achei que as coisas depois de caminharem bem, deram uma empacada. Quem aí aguenta mais essa ladainha de todos contra Alex? Sério, não dá para crer que em um país como os Estados Unidos e em uma entidade como o FBI, qualquer eco ou suspeitinha de ameaça (por mais delusional) seja aparentemente desconsiderada – e até refutada – dentro da agência.

Um país que monitorou (ou ainda monitora) todas as comunicações possíveis, inclusive de governos estrangeiros com que mantém relações amistosas, trataria como louca uma profissional – que pelo visto se graduou de forma mais laureada possível (ainda não dá para saber certo)? Não, né? Essa falta de verossimilhança em um show que se propôs tratar de um tema tão próximo ao nosso mundo (terrorismo, preconceitos e etc) me incomoda um pouco e às vezes atrapalha completamente a experiência de assistir a série. Simplesmente não consigo levar a sério!

Quantico me lembra muito Arrow com a insistência de enfiar o bendito flashback em todo santo episódio. Esse recurso, quando bem utilizado, pode ser um trunfo maravilhoso para o roteiro – maaaaaans, exauri-lo da forma que é feito na série é um erro muito grande que fica atravancando o desenrolar da história. Não faria muito mais sentido trabalhar os tempos atuais de uma forma mais concisa do que ficar enrolando os espectadores com romancezinhos e problemas com o crush? Porque parece ser a única coisa que a protagonista fez na academia – entre um treinamento e outro. Até aquela acareação eliminatória não foi intrigante, era previsível que os protagonistas questionados não estariam em risco (apesar de eu querer saber o motivo que levou Iris à ser cortada…)

A utilidade desse plot veio pois, por conta da paranoia de Shelby, ela acaba unindo-se à Iris – que descobriu pelo fofolindo do Will – que eles estavam tentando se infiltrar na Sistemics. Outra coisa que está me amolando é essa seita maluca. Tipo, a parada é toda perversa e funciona em um prédio enorme com um letreiro dantesco e iluminado em cima? Oi? Eu fiquei olhando para a construção pensando se não dava para chamar um pouco mais de atenção. Eles nunca entraram no mérito dos problemas que Caleb teve com este grupo na adolescência, apenas que seria um culto de fanáticos. É normal escutar histórias como esta, ainda mais nos Estados Unidos. Voltando um pouquinho para a nossa realidade, vocês conhecem a história de JonesTown e o Templo do Povo? Foi uma tragédia sem precedentes que fariam qualquer coisa como a Sistemics ser desarticulada em dois tempos. (Assistam o documentário sobre JonesTown aqui )

Como eu não levei a sério, toda aquela intenção de clímax do Caleb indo ao resgate do Will na sede da seita não me deixou nem um pouco apreensiva. Óbvio que não gostei de ver o nerd delicinha apanhando, e Graham Rogers conseguiu apresentar uma atuação até foi convincente na dor em ter que espancar o novo amigo, enquanto ele se mostrou resiliente naquela situação. Apesar de todos seu transtorno social, Will é corajoso e um aliado leal. Agora resta saber como Shelby, ele e o resto dos NAT’s (acredito que apenas Liam e Ryan acabem envolvidos) vão tirar Caleb das mãos dos Sistemics e, com isso, também revelar um pouco mais deles para nós.

Em Soon, o destaque ficou novamente por conta das irmãs Amin. Depois de chegarem à um alinhamento na semana passada, elas agora tentam se empenhar em conseguir aperfeiçoar-se para conseguir levar o projeto de Miranda em frente. Foi curioso o fato de, por elas estarem treinando para ser uma só pessoa em campo, os resultados dos testes físicos de ambas deveriam ser iguais. Raina e Nimah parecem ter achado essa parte mais fácil do que serem a mesma pessoa, externamente falando. A personalidade díspar das duas é o que se coloca como maior entrave para que experimento atinja o grau necessário de excelência. Para surpresa de Nimah, veio de Raina a solução: Elas não tinham que tentar uma personificar a outra, mas sim criar uma terceira pessoa diferente, construída por ambas. As gêmeas são um dos elementos mais criativos da série e diria o mais interessante até então.

Quem apareceu para levar um pé na bunda foi Miranda. Ela está revoltada com o fato do alto comando do FBI relativizar as coisas para Liam, que está na sua posição, apesar de diversas falhas do mesmo em situações importantes. Aqui eu achei a virada feminista da história meio forçada, mas nunca é demais, ainda mais nos dias de hoje (#BelaRecatadaedoLar). A ex-diretora de Quantico não só chamou o colega na xinxa, como gravou tudo o que ele falou na hora do amor sobre o seu envolvimento com Alex. Munida disso e cheia de sangue no olho, Haas não deu a tão desejada segunda chance para ela – parece que Miranda desistiu, não sem antes vomitar tudo na cara do pai de Caleb e ter uma franca conversa com Alex. Ela considera a cadete descabelada uma sucessora e com potencial para enfrentar o machismo endêmico dentro do FBI. Acredito que esse momento seria para trazer uma carga emocional mais densa, porém ela não veio.

De volta para o futuro, achei tudo muito sem graça, então nem vou me alongar muito. Ryan ficou boladão com Alex e pediu ajuda à Nimah para viajar a ex. Alex, ainda mais absorta em descobrir quem é o terrorista depois de Simon e Will terem sido levados, bem como Shelby ter aparecido com cara de bicha má no volante da van. Para Parrish, o link natural para contatar a loira seria Caleb, que supostamente está em uma missão. Ela, em suas pesquisas, acaba inclusive chagando ao perfil de Mark Raymond no Instagram e pelo visto a codinome do loiro não foi algo que acabou sendo explanado no passado.

Não me interessa muito como, mas a Senadora acaba – por meio de Ryan e Nimah – pegando Alex no flagra, levando-a para encontrar com seu filho. Em mais uma jogada forçada, o jovem está sendo mantido em cativeiro (drogado) pela mãe, depois do trauma da morte do pai no ataque ao centro de comando de Nova Iorque no fall finale. Depois de conversarem, Caleb “foge” para ajudar Alex, porém, ao que tudo indica ele também está de conluio com alguém – como todos nessa série. Será com o terrorista? O FBI? Só saberemos semana que vem – e eu espero que com alguma elucidação.

Fique agora com a promo de Fast, que vai ao ar dia 24 de abril:

E vocês? Também cansados de esperar respostas? Fiquem a vontade para comentar e complementar a resenha!

Obs: Será que é o Caleb quem está escrevendo a carta para Shelby, em nome dos pais?


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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