Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo com Reign? Após assistir a esse episódio duas vezes e passar horas refletindo a seu respeito cheguei à conclusão de que alguma coisa está errada. Embora os quarenta minutos dessa semana tenham rendido alguns momentos bons, para mim foi a sensação de incômodo que predominou. Se na semana passada assistimos a um retorno interessante e, para pessoas desesperadas como eu, angustiante, nessa semana tivemos algo preocupante e arrastado.
Para começar fiquei bastante incomodada com o fato da trama da peste negra ter sido encerrada tão rapidamente. Claro que ainda veremos suas consequências, mas a doença em si parece ter desaparecido. Não gostei! Então, quer dizer que todo o estardalhaço que foi feito desde o season finale foi para isso? Um episódio tenso, cadáveres deformados por toda parte e pronto? É só isso? Se sim, a sensação de decepção é inevitável. Esperava mais desse plot e acho que faltou coragem para desenvolvê-la melhor. Tudo bem que Reign é uma série da CW e, portanto, não é possível esperar nada muito sangrento ou personagens queridos morrendo (de verdade), mas se é para retratar a peste negra, que se faça isso direito.
Aproveito o momento de revolta para mencionar a história dos fantasmas. Ainda estou processando a informação (leia-se: completamente incrédula), mas acho isso perigoso. A série sempre contou com um elemento sobrenatural muito sutil, seja nas visões do Nostradamus ou nos rituais pagãos, mas espíritos revoltados vagando pelo castelo e tomando conta, ainda que momentaneamente, dos corpos dos empregados é um pouco demais. Na verdade, extrapola todos os limites! Não condiz com a proposta da série ou seu tom. Fantasmas reais não combinam com Reign, não se encaixam ali e isso faz com que eu me preocupe com os rumos que a série vai seguir de agora em diante. De toda forma, pelo que vimos, espíritos furiosos em busca de vingança não faltarão.
Deixando minhas indignações de lado, é necessário comentar o confronto entre o Lorde Narcisse e os novos monarcas da França. Era meio óbvio que homem – com um potencial para vilão muito maior que fantasmas vingativos – iria ficar furioso quando descobrisse as circunstâncias que levaram o filho à morte. Cedo ou tarde Mary teria que enfrentar alguma consequência por seu ato impensado e com requintes de crueldade. Isso acabou por gerar um conflito entre ela e Francis, que apenas se intensificava cada vez que a presença de Lola e o filho no castelo era colocada em pauta. É claro que Mary está com ciúmes e um pouco de inveja e acho que isso tende a se intensificar nos próximos episódios. Por enquanto, ela e Francis conseguiram se entender e provaram que são ótimos atores enganando Narcisse e a mim. Jurei que aquela encenação era real e meu coração Frary se desesperou um pouco. O que importa é que o casal continua estável e a moça, em um momento de grande altruísmo, deu sua benção para que o marido assumisse o filho. Muito justo, já que a criança é a única inocente nessa história.
No mais tivemos Lorde Castleroy culpando Leith pela morte da filha, Greer sendo insuportável e egoísta cada vez que abria a boca, Bash assumindo o posto de Comissário do Rei e Nostradamus a ponto de ser esquartejado. Sobre o último, apesar de adorar o personagem, não consegui me importar verdadeiramente, afinal nem por um segundo achei que fossem realmente matá-lo. Aliás, o episódio inteiro não me despertou nenhuma emoção além do medo do que os roteiristas vão fazer de agora para frente. De um modo geral, esse foi um episódio fraco e as possibilidades que abre não me agradam. Não quero ser pessimista, mas já começo a torcer para que a série não se perca. De toda forma, só nos resta esperar a próxima semana e ver o que vai acontecer.
Observações:
— The door is open!
— Leith e Nostradamus podem dar as mãos e receber o prêmio de personagens mais azarados e infelizes dessa série.
— Tive que rir do Nostradamus mandando a Catherine perguntar previsões à estátua.
— Alguém, por favor, empurre a Greer de uma escada, envenene seu vinho, ou a tranque em uma masmorra com vários doentes. Qualquer coisa que me poupe da chatice e egocentrismo da moça.
— O que foi o espírito do rei Henry possuindo o corpo da serva? #creepy
— Saudades do Henry, o louco!
— Estou gostando do Louis de Conde. Quero mais cenas dele, porque o moço é um fofo.