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10 Things I Hate About You – 1×02 I Want You to Want Me e 1×03 Won’t Get Fooled Again

Por: em 29 de julho de 2009

10 Things I Hate About You – 1×02 I Want You to Want Me e 1×03 Won’t Get Fooled Again

Por: em

Quando comecei a ver 10 Things I Hate About You, decidi que não ia de forma alguma compará-la ao filme que a inspirou (e que, por sinal, é baseado em A Megera Domada, de Shakespeare – que também serviu de base para a novela O Cravo e a Rosa que a Globo exibiu uns anos atrás). Afinal, provavelmente sairia decepcionado, já que o filme com a Julia Stiles e o Heath Ledger era bem divertido.
Mas acabou não fazendo muita diferença. Mesmo ignorando qualquer background, a série decepciona.

E o principal motivo é o elenco, fraquíssimo, que não rende nada, especialmente com um roteiro que tenta enfiar de qualquer jeito em qualquer cena referências de cultura pop, até mesmo (e principalmente) quando não é necessário. Mas até quando as piadas são boas, o timing errado dos atores mata toda a graça. Isso sem falar nos problemas na construção de cada personagem.

Kat poderia ser uma garota com personalidade forte que se esconde sob uma máscara de amargura, mas acaba sendo apenas uma poser birrenta que se derrete fácil por um galã à la Crepúsculo que supostamente provoca medo nos outros estudantes, sabe-se lá porque, uma vez que ao invés de ter expressão fechada e ser reservado, apenas fica fazendo caras e bocas de “eu sou misterioso” pelos cantos.

Bianca até funciona melhor, até porque um personagem superficial de patricinha facilita, mas como contracena em boa parte dos episódios com Cameron, acaba prejudicada. Isso porque Nicholas Braun é disparado o pior ator da série e provoca vergonha alheia em cada cena.

Quem salva nisso tudo é Larry Miller, repetindo seu papel como pai das irmãs Stratford. O timing perfeito dele só ajuda a tornar mais evidente a falta de qualidade do resto do elenco. Mas pelo menos garante algumas risadas.

No caso dos episódios 1×02 e 1×03, pudemos ver que a série realmente pretende transportar o clima do filme para séries teens genéricas e suas situações corriqueiras, como as expectativas de um dia dos namorados (ou, no caso, de uma entrega de flores para arrecadar dinheiro pras cheerleaders da Padua High School) ou os delitos adolescentes em busca de diversão (como fugir de casa ou fazer uma carteira falsa para ver um show).

Isso em si não é um problema, desde que saibam como conduzir esses temas e como concluí-los. Não é o que acontece no 1×02, onde a resolução da Bianca (desistir de confrontar a Chastity e ainda provocar a intriguinha entre as cheerleaders) é completamente aleatória, ou no 1×03, onde o fim é corrido e meio piegas. Ok, é bom mostrar que apesar das diferenças, as irmãs se amam, mas a forma como as duas mudam de opinião tão rapidamente faz parecer que elas são esquizofrênicas.

Se o problema é ter apenas meia-hora de programa, não precisa concluir todos os arcos no mesmo episódio. Melhor mostrar menos coisa, mas mostrar tudo bem feito.

A série ainda pode se salvar, claro, mas mantendo esse ritmo, vai ser apenas mais uma série teen sem nenhum diferencial para as milhões de outras que surgem todo ano, a não ser seu nome.


Alexandre

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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