Algumas vezes, quando começamos um episódio com o pé esquerdo basta deixar passar uns dias e ver de novo para aquela sensação ruim ir embora. Mas outras vezes nem uma segunda, terceira ou quarta tentativa faz com o que o capítulo se torne bom, e infelizmente esse foi o caso do capítulo da semana de Bones: The Prince in the Plastic.
Antes que alguém me critique, dizendo que o capítulo foi bom e eu não soube enxergar isso, me explico. Não achei a história de todo ruim, o que me incomodou de fato foi o caso apresentado, embora o aparecimento do boneco do Prince Charming junto aos restos da vítima tenha sido necessário não só para elucidar o caso, mas também para fazer uma conexão com Bones e sua necessidade de aprender a brincar.
Falando nisso, a cena em que Bones e Booth brincam com pistolas de bolinhas foi hilário, mas não mais do que ver Bones simulando para Angela como ela “brinca”, fazendo com o que o boneco descrevesse o que teria acontecido a ele fosse um ser humano de carne e osso.
Angela aliás foi um dos destaques positivos do episódio por seus momentos de “batalha” com um andador chinês. As peças dispostas no chão, suas tentativas em montar o brinquedo com um manual completamente confuso e o jeito como intimou Hodgins a participar do “combate” garantiram boas risadas.
Agora, o lado negativo do episódio, além do caso, foi a participação de Daisy. Na temporada passada eu até simpatizava com a personagem, mas neste capítulo foi difícil agüentar os momentos em que ela entrava em cena, principalmente a sequência em que ela dividiu o carro com Booth.
Preciso admitir: o personagem teve muita paciência, porque qualquer ser humano no lugar dele já teria perdido a paciência com tanto falatório. E esses momentos, que antes pareciam tão divertidos, desta vez se tornaram enfadonhos, como a investigação em si.
Os suspeitos apresentados não foram carismáticos, a história não atraiu e a motivação do caso não cativou. O capítulo buscou investir mais na interação entre Bones, Angela e sua necessidade de aprender como interagir com sua filha do que no homicídio em si, o que deixou a história um pouco chata para mim.
Mas vamos ver se no próximo capítulo os roteiristas se reinventam e apresentam um caso tão bom como os que estávamos acostumados a ver nas temporadas anteriores.
Até a próxima semana.