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Arrow – 1×21 The Undertaking

Por: em 4 de maio de 2013

Arrow – 1×21 The Undertaking

Por: em

Apesar de não termos as reviews de alguns dos últimos episódios, o Apaixonados por Séries embarca nessa reta final e volta com tudo para a cobertura dos três últimos episódios dessa primeira temporada espetacular que Arrow vem fazendo. Claro que muitas coisas aconteceram nos últimos episódios e não poderão ser deixadas de lado – sendo citadas assim quando o momento for pertinente.

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Uma coisa é fato consumado: a não ser que faça uma grande burrada nesse final de temporada, a série se consagra para mim como a melhor estreia de 2012 sem dúvida alguma. Os personagens vem sendo muito bem trabalhados – eu não botava fé alguma na atuação de Stephen Amell e hoje já sou fã do trabalho do ator (sigam ele no Twitter/Facebook que vale a pena) -, uma trama de muita qualidade e com um embasamento muito bom, muita ação sem deixar as pitadas de romance de lado e, claro, uma história que envolve. Esse episódio veio como o primeiro de uma sequência de fatos explosivos. Se até então as coisas estavam subentendidas, elas não estão mais. Falando popularmente: a merda foi jogada no ventilador. Agora cada um terá que lidar com as consequências desse novo cenário que se forma.

Vou começar com os flashbacks que foram muito interessantes para mim. Por conhecermos pouco Robert, ver ele em tanto tempo de tela foi um pouco estranho, mas realmente inteligente por parte dos roteiristas nos mostrar esse pedaço da história nesse ponto da temporada. Até então, não sabíamos o que realmente tinha acontecido – mesmo depois de algumas coisas ficarem mais claras, ainda permaneço com algumas dúvidas – e agora tudo fica um pouco mais claro. O problema nos Glades já vem de um longo tempo e a morte, ou seja lá o que tenha acontecido com a mulher do Malcolm, é uma comprovação de que nada vinha sendo feito para amenizar essa situação. Pessoas desesperadas tomam atitudes desesperadas. Apesar do esforço comum para lidar com essa violência de uma maneira mais passiva, o surto de Malcolm perante a situação é compreensível, porém não tolerável. Simplesmente decidir que vai cortar o mal pela raiz, acabando com toda uma comunidade é uma medida desesperada demais. Mas o personagem já mostrou que quando decide algo, dificilmente alguém consegue ir contra ele.

E nisso que entra o ponto mais importante: Robert estava no meio disso por conta de um erro que cometeu, se dispondo a cometer um muito maior perante ao que já tinha cometido. E mesmo com os apelos de Moira, ele se mostrou bastante resistente a aceitar que estava trilhando um caminho não muito bom. Depois que enxergou a realidade, pareceu ser um pouco tarde demais. As pessoas que confiava já não eram mais dignas disso e o plano para acabar com a sua vida já estava bolado e pareceria uma fatalidade gerada pela natureza. Só que ai eu questiono: Moira sabia disso? Ela foi capaz de mandar o próprio filho para o meio de uma emboscada? Eu realmente não lembro se em algum momento a série já comentou isso, mas para mim não, então espero que ela só tenha descoberto que Malcolm estava envolvido com tudo isso depois que a temeridade já tinha ocorrido, senão vou começar a odiar a personagem de uma maneira que será muito difícil de voltar atrás.

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Outra das grandes tramas abertas da temporada – e nesse momento vou dar uma parada no texto para comentar que Arrow vem conseguindo levar de maneira espetacular o fato de ser uma série procedural (caso da semana), pois mesmo com esse propósito, os casos se relacionam bem com a espinha dorsal da série que é a historia do nosso arqueiro e dinamizam o cenário geral como um todo, nos trazendo as incríveis cenas de ação que adoramos curtir – foi finalmente reaberta e, aparentemente, solucionada. Walter está de volta depois de um resgate incrível do arqueiro. As cenas de luta dessa sequência foram espetaculares e achei demais quando a câmera dá um foco no rosto do arqueiro e, depois, mostra todos os caras que ele tinha derrubado (que foi uma infinidade de pessoas). Com Walter salvo, muita coisa pode vir a tona, até porque não sabemos o que ele sabe do seu sequestro, o que ele passou esse tempo todo lá e, com certeza, seu contato com Felicity deve se firmar com ele pedindo para ela mais informações sobre o que pode ter sido o mote principal dessa tragédia na sua vida. E já que estamos falando da volta do personagem, queria ressaltar o momento que Ollie sai do quarto de Walter e dá de cara com Malcolm, tendo que se segurar para não demonstrar o que realmente estava sentindo – palmas para Amell que passou toda a raiva que estávamos também sentindo naquele momento.

Apesar de Tommy não ter tido destaque algum no episódio, foi o estopim para a (re)abertura das possibilidades entre Ollie e Laurel. A dinâmica dos dois na série vem fluindo muito bem e é claro que já estavamos esperando por esse momento. Mesmo sendo uma das falas mais clichês que a série já apostou, Oliver assumir que não poderia mentir mais sobre seus sentimentos por Laurel foi bem bacana e mexe com o jogo (e principalmente com a personagem). Foi legal ver no flashback um pouco mais de como as coisas desandaram para o casal e devo assumir que até entendo um pouco os motivos para o medo de Ollie. Quantos anos eles tinham ali? Pareceram novos demais para quem já precisava de um apartamento para dividir. Claro que isso não justifica absolutamente de maneira alguma a cachorrada de Oliver, mas é um motivo bem compreensível. Curti o cuidado que o roteiro teve de nos mostrar da onde veio a foto que Oliver tinha de Laurel na ilha – são nesses pequenos detalhes que uma série mostra o quão bem estruturada está. E depois de anos, acidentes, idas e vindas, Laurel e Ollie voltam para o zero e podem começar tudo de novo. Acredito que essa trama deve ser bem explorada, ainda mais agora no final da temporada – arrisco até em dizer que um dos dois vai ser botado em perigo e, nesse momento, o amor vai falar mais alto para que algum deles salve o outro em perigo.

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Deixo o destaque do episódio para Felicity, que foi uma personagem que começou do nada, e simplesmente ganhou a simpatia de todo mundo. Finalmente vimos ela entrando em ação de verdade e eu me divirto demais com o jeito atrapalhado/nerd dela. É quase uma coisa patética colocar ela numa missão, porque fica muito na cara que ela não tá fazendo algo que é rotineiro a ela, sua cara estampa o medo. E também já estava escrachado que seria ela a ponte para o restabelecimento da amizade entre Oliver e Diggle, que acabou acontecendo nos momentos finais do episódio após Oliver descobrir que sua mãe está muito mais envolvida no meio da podridão de Starling City do que ele jamais imaginara. Só que agora começa uma corrida contra o tempo para nosso heroi, pois Malcolm não desistiu do seu plano mirabolante de colocar os Glades abaixo, e sua munição já estava na porta da cidade. Vocês acham que a bomba chega a explodir? O nome do próximo episódio é “Darkness on the Edge of Town”, o que pode ser bem sugestivo!

Fiquem agora com o vídeo promocional do episódio da semana que vem e caprichem nos comentários! Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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