Com uma opinião diferente – discordando do Micael, meu colega de site que escreveu a PI de Banshee – venho escrever a review dos episódios seguintes. Não vou dizer que eu amei a série. Não é uma das minhas favoritas e certamente não tá perto disso, mas, em meio à tantos clichês que a TV americana vem apresentando, a proposta da série me cativou. E, felizmente, o padrão de qualidade mantido no piloto continuou praticamente idêntico.
Banshee vai ser (se já não é) uma daquelas séries que a crítica é dividida entre pessoas que a amam muito e pessoas que a odeiam. E isso se deve ao fato da história contada ser algo comum aos olhos do telespectador: um anti-herói que cometeu crimes, mas que, após um tempo na cadeia, corre atrás de sua vida em busca de vingança, e quem sabe, justiça. E essa mensagem foi dada claramente nos três episódios exibidos até agora.
1×02 – The Rave
Lucas é exibido nesse episódio quase como um Bruce Wayne na cidade de Banshee. Ele enfrenta um problema atrás do outro, a começar pelo próprio trabalho: a raiva de Brock por não ter ganho o cargo de xerife é clara. Mais clara ainda é a posição que Brock tomaria se fosse o xerife, uma vez que Kai Proctor visita a delegacia em mais uma tentativa de “batizar o território” na compra do policial “master” da cidade.
Como eu disse antes, Lucas era um ladrão, a grande ironia da história é vê-lo como xerife. Mas, também é engraçado ver que ele já defende a cidade como se fosse sua família. Das duas, uma: ou ele só quer impressionar Ana, ou ele realmente mudou seus conceitos na prisão.
Proctor agradece Lucas por ter salvo sua vida ao matar Moody – que cena mais bizarra do Kai cortando o dedo do cara, hein? – mas a trégua é passageira, já que ele enfrenta a viúva e os irmãos do morto no velório. Agora, quem é resposável por salvar vidas é Sugar, que em Banshee faz um papel que seria de Morgan Freeman em qualquer Batman.
Na Rave própriamente dita, vemos a insegurança de Deva, que provavelmente é filha de Lucas, e o grande mundo que os jovens são expostos ao saírem de casa: drogas, bebidas, perversão, e muito desespero na hora do “não sei o que fazer“. A cena final do episódio serve como melodrama indicando que o protagonista é forte, durão, justo, mas que tem coração. E eu cada vez torço menos para que o casal Lucas e Ana fique junto.
Meu personagem preferido é o Job e acredito que pra sempre será. Combina perfeitamente com a série, dá um humor rápido e é muito bem interpretado.
1×03 – Meet The New Boss
Só o título do terceiro episódio já dá um ar diferente pra série. Antes de vê-lo, você espera que no 1×03 Lucas tome uma grande atitude mostrando para o que veio à cidade e é exatamente nisso que o episódio gira em torno.
Um dos poucos mistérios que ficou preso nos dois episódios anteriores é desvendado logo no início, ao descobrirmos que Ana é filha do homem que ela e Lucas roubaram no passado. No piloto, ela afirma ao ex-namorado que havia perdido os diamantes, mas, agora, os entrega pra Lucas na tentativa de tirá-lo da cidade. E o amor fala mais alto no coração dramático do novo xerife.
Proctor trás um lutador para a cidade na tentativa de promover seu novo negócio, e essa é a principal storyline por um bom tempo. O nome do lutador é Sanchez, um cara enorme que ganha muito dinheiro fazendo “apresentações” e que seduz uma garçonete do local. O inesperado acontece quando, no ônibus com muito álcool e cocaína, Sanchez estupra e surra a moça até uma quase-morte. Lógico que, a partir daí, tudo seria resolvido por Lucas e assim foi, até o fim do episódio.
Lucas volta ao local, onde está acontecendo uma espécie de coquetel, e é barrado pro Proctor, na tentativa de evitar qualquer destruição, que seria iminente. Mas Lucas vai contra o homem “mais poderoso” de Banshee e luta com Sanchez, em cenas muito bem atuadas, sendo, sem dúvida, o fato mais marcante da série até agora. Com a justiça feita, Proctor percebe que, talvez, a compra desse xerife seja mais difícil de ser realizada que os outros. É possível que a policial que trabalha com Lucas acabe gostando dele, tudo indica que isso acontecerá.
Sugar, mais uma vez, é o grande Morgan Freeman de Banshee. E a história tá ficando boa!
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Bom, como eu disse no começo, é um clichê como muitos outros. Mas, pra quem curte história com herói, luta, cidade pequena e um resquício de amor, Banshee é um prato cheio.
E, apenas com esses três episódios exibidos, a série foi renovada pelo Cinemax e volta para uma segunda temporada, que deve rolar apenas em 2014.
É isso, galera. Abaixo você confere a promo do 1×04. Até semana que vem!
