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Being Erica 3×07 – Jenny From The Block

Por: em 5 de dezembro de 2010

Being Erica 3×07 – Jenny From The Block

Por: em

A Jenny é o tipo de amiga periguete que todo mundo tem. Uma companhia que adora se divertir (principalmente se for ao lado dos homens) e que não costuma pensar nas conseqüências de sua irresponsabilidade. Até certo ponto é divertido, pois é sempre bom ter pessoas alegres e de bem com a vida ao nosso lado. Porém, chega uma hora que a falta de bom senso e os vacilos começam a nos prejudicar e, por mais doloroso que seja, o melhor é colocar um fim no relacionamento.

A amizade entre Erica e Jenny sempre foi recheada de altos e baixos. Jenny é imatura e muito insegura. Sempre dependente dos outros, pedindo desculpas a todo tempo e se metendo em confusões que já não combinam com uma mulher balzaquiana. É nossa obrigação como amigos ajudar ao próximo, mas tudo tem limite e certas amizades não são vantajosas. Erica percebe isso em “Jenny From The Block” (uma referência a música da Jennifer Lopes, certo?). O resultado é (mais) um ótimo episódio, como era de se esperar, como era de se esperar.

Jenny reaparece depois de se dar mal com um de seus casos. Novidade? Não mesmo. Parece ser um estigma na vida dela. Abandonada e sem dinheiro, Jenny vai trabalhar na 50/50 Press ao lado de Erica e Julianne. A primeira é boazinha, compreende que Jenny está apenas começando. Já Julianne… Bom, vocês se lembram de quando ela era chefe de Erica na River Rock? Eu lembro bem e, de verdade, sentia até medo (eu tive uma chefe parecida). Julianne é o tipo de chefe bitch, daquelas que odiamos e falamos mal na Happy Hour. Uma ótima pessoa, mas uma chefe rígida até o último fio de cabelo. Obviamente que Jenny sofreria na mão dela.

Na tentativa de ajudar a amiga, Erica deixa seus afazeres de lado. A situação é parecida com várias outras que as duas passaram juntas. Jenny faz a burrada, surge Erica para ajudá-la e as duas se dão mal. Jenny precisa sempre de ajuda, e Erica sente a necessidade de ser a heroína. Um circulo vicioso, como diz Dr. Tom (as conversas entre ele e Erica são sempre maravilhosas).

Para alertar Erica de que a situação com Jenny deveria terminar, o terapeuta a leva de volta ao passado, mais especificamente na época em que trabalhou em uma fazenda vestindo trajes de época. Enquanto Erica era responsável, Jenny preferia fumar um baseado com o “cara gatinho da vez”. Resultado: Ambas foram demitidas.

Já no presente, Jenny conhece Brent. Através dela, Brent fica sabendo dos planos editoriais da 50/50 Press. O objetivos nós sabemos bem: Prejudicar os negócios de Erica e Julianne. É verdade que Jenny não sabia da história entre elas e Brent, mas faltou bom senso (como sempre) para saber o que falar e o que não falar. Sem comentar a idiotice ao levar o cara para dentro da editora com a intenção, é claro, de transar em cima da mesa do escritório. A demissão foi justa. Fiquei com dó, mas foi merecida. Jenny precisa crescer!

Em uma última conversa, Erica diz a Jenny que a amizade das duas não vale mais a pena ser mantida. O relacionamento entre ambas não é saudável e precisa terminar. Pelo menos enquanto Jenny não amadurece. Acredito que muitos tenham gostado desse desfecho, pois pelos comentários que leio desde o início da série, Jenny nunca foi muito querida pelo público. Aposto no retorno da personagem, mas diferente do que ela mostrou ser nestas duas últimas temporadas. Quem sabe sozinha ela aprende a ser adulta.

Outra amiga de Erica que surge neste episódio é Judith. O casamento dela não vai bem e para piorar surge um ex-namoradinho da época da escola para mexer com seus sentimentos. Adam também dá as caras e o clima entre ele e Erica não é dos melhores. Alguém esperava que fosse? Depois de ele recusar o beijo dela era mais do que esperado que os dois não ficassem a vontade um com o outro.

Para finalizar, Erica faz a seguinte reflexão:

“Amizade: Começa quando duas pessoas escolhem uma a outra. Mas o que acontece quando crescemos demais para essa escolha, quando pouco a pouco nossos caminhos divergem, nossas necessidades mudam e um dia acordamos e entendemos que precisamos escolher algo diferente”

Faz sentido para vocês? Porque para mim faz todo o sentido. Aquele amigo dos tempos da escola que juramos levar para o resto de nossa vida pode, em determinado momento de nossa trajetória, não se aplicar mais ao nosso contexto. Como diz Vanessa Carlton na música “Spring Street” (do disco “Heroes & Thieves” de 2007): “E tudo muda. Amigos tornam-se estranhos (…) mas nunca os esqueceremos”. Foi assim com Jenny. E o mesmo ocorre com muitos de nós.

Por essas e outras que eu gosto tanto dessa série. Identificamos-nos facilmente com todas as situações, por mais que fantasiosa que seja a idéia de viajar no tempo. A temporada ainda não acabou e eu já estou rezando por uma 4ª temporada. E vocês?


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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