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Being Erica 3×10 – The Tribe Has Spoken

Por: em 25 de dezembro de 2010

Being Erica 3×10 – The Tribe Has Spoken

Por: em

Erica e Julianne estão afundando. Depois de toda a farsa de Seth, a 50/50 já não tem mais “The Purple Door” para publicar. Não há mais verba e a editora está com o nome sujo no mercado. Parecia ser o fim para as meninas. Mas sempre há esperança para aqueles que acreditam.

Julianne é mais experiente, já foi editora da River Rock e um fracasso como o caso de Seth causa muito mais impacto ao seu nome do que ao nome de Erica. Para ela, se recuperar será muito mais difícil. Já a sua parceira não passa pelo mesmo problema. Neste episódio recebe a ligação de outra editora que lhe oferece uma vaga de trabalho. A proposta é interessante e lhe possibilitará publicar diversos livros ao ano. O problema: Abandonar Julianne e a 50/50 Press. Depois de lutarem juntas seria traumatizante seguir em frente sem a companhia da parceira.

Eu imaginei que Julianne ficaria muito brava com Erica. Pensei que este convite seria o estopim para uma briga entre elas. Mas me enganei, pois Julianne encorajou a amiga a aceitar a proposta. A 50/50 Press já não tinha (até então) mais como ser salva e insistir nela não valia mais a pena. Seria doloroso abandonar a colega? Seria! Mas quando o assunto é emprego, carreira e futuro profissional é preciso pensar no que será benéfico para si próprio. Erica decide então aceitar o cargo, mesmo cheia de culpa e dúvidas.

Já Adam conhece, por acaso, Beatrice, aquela que em seu futuro bem sucedido será (ou não) a sua esposa. Bonita, interessante, educada, meiga, a moça tem seus atributos. Adam fica encantado desde o primeiro momento. O problema é que ele não sabe se gosta dela porque é realmente interessante ou porque sabe que o destino trabalha para que os dois fiquem juntos. Entendem a situação? No fundo é como se ele se sentisse obrigado a casar com Beatrice porque sabe que esse é o destino escrito para ele. 

Dr. Tom percebe que ambos, Erica e Adam, precisam de ajuda e resolve enviá-los para uma ilha deserta, numa espécie de teste. O desafio é atravessar a ilha e chegar ao outro lado. No início, parece fácil, mas o casal não para de dar voltas e mais voltas, retornando sempre ao ponto de partida. Eles caminham o dia inteiro, até que a noite chega e os dois precisam dormir. Como era de se esperar, rola uns beijinhos e Adam finalmente se entrega a Erica. Não no sentido sexual (não rolou sexo), mas no sentido sentimental, ao finalmente ceder frente à colega de terapia.

Se eu gosto disso? Não muito. Não consigo gostar do Adam. Eu prefiro que ele fique com a Beatrice.

A lição do episódio, pelo que eu entendi, é a de que precisamos arriscar. Adam está numa situação confortável achando que encontrou o amor de sua vida apenas porque em uma de suas viagens no tempo ela era sua esposa. Mas será mesmo que vale a pena se acomodar? E se alguém ainda melhor (Erica, é claro) estiver esperando por ele? Não seria melhor arriscar do que se contentar com aquela que é a opção do momento?

Já Erica está abandonando o barco antes mesmo de ele afundar. A 50/50 Press é um sonho que não deve ser abandonado. Aceitar a proposta de emprego de outra editora e deixar Julianne seria a opção mais fácil, mais segura, mas será mesmo que valeria a pena? Não seria melhor lutar por este sonho? Se o barco afundar, que seja apenas depois de tentar até o fim mantê-lo sobre água!  

Erica volta para casa feliz, disposta e muito mais ousada. Aquela Erica do final da segunda temporada que era desbravadora retornou para ficar. A 50/50 lançará livros sobre e para animais se for preciso, mas ninguém desistirá enquanto ainda houver fôlego, pois no último suspiro ainda pode surgir uma luz no fim do túnel. Neste caso, a luz atende pelo nome de Brent! Pois é, o rapaz está enrascado e precisa da ajuda de Julianne. Em troca promete ajudá-la a erguer novamente sua empresa. O mundo dá voltas (mais uma frase feita para esta review).

O acordo: Julianne o ajuda a editar o livro daquele insuportável ex-namorado escritor da época da River Rock (o que a traiu com a estagiária) e Brent oferece as garotas um título novo que elas possam lançar no mercado editorial. Um título forte de um autor já conhecido da mídia. O nome do livro e o nome do autor são segredos que ficaram para o próximo episódio. Começa aqui a reaproximação de Brent e Julianne. Houve momentos em que eu pensei que o rapaz, apesar de afetado, gostasse da Erica. Lembro-me que na review do primeiro episódio disse que era óbvio o sentimento dele por ela. Cuspi para cima e voltou na minha testa. Na verdade, Brent gosta de Julianne e a situação está começando a ficar mais clara agora.

Antes de terminar não posso deixar de falar sobre a referência ao Brasil neste episódio. Lênin e Sam estão conversando quando o rapaz comenta sobre Minas Gerais e sua culinária. Eu realmente gostei deste trecho, pois foi uma das poucas vezes que vi o Brasil ser referenciado de maneira correta em uma produção estrangeira. Tudo é sempre samba, futebol, carnaval, mulheres nuas e sacanagem. Poucas são as produções que nos retratam da maneira mais realista e menos generalizada. Por falar em Sam e Lênin, o casal se desentendeu mais uma vez. Mas nada que tenha mudado o rumo da história. Lênin é um cara que gosta de viajar, que gosta de explorar e Samantha é mais estável, acabou de sair de um divórcio. Atritos entre os dois eram esperados.

No mais, um ótimo episódio e mais uma lição de moral. Arrisque, corra riscos, seja desbravador, pois nós fazemos o nosso destino.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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