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Being Erica 3×11 – Adam’s Family

Por: em 1 de janeiro de 2011

Being Erica 3×11 – Adam’s Family

Por: em

Mais um episódio centralizado no Adam. O anterior (3×05 – Being Adam) não foi ruim, mas foi o mais fraco da temporada. Motivo: O próprio Adam. Eu já disse que não gosto da personagem e muito menos da idéia dele e Erica como um casal? Acho que já, em todas as reviews provavelmente. Um episódio dedicado ao cara dificilmente será um dos meus preferidos, tirando o fato de que a série não é a mesma coisa se o foco não for sua protagonista (salvas as raras exceções, como é o caso dos episódios focados no Dr. Tom).

Porém, neste capítulo mais recente a situação mudou um pouco. Houve momentos em que senti pena de Adam. Adam Fergus, que é um pouco canastrão e me lembra o Mel Gibson na forma de atuar (isso não é um elogio) até conseguiu me emocionar.  

Erica estava contente achando que depois dos beijinhos na ilha de Lost ela e Adam poderiam ser um casal, até descobrir que o moço estava saindo com Beatrice. Eu, que sou team Erica, vociferei alguns palavrões quando ela descobriu o segredo. Já não gosto do Adam, quando ele age igual a um cafajeste a situação piora. Mas Erica, ao contrário de nós, não sabia de toda a história que envolve o casal. Para ela a situação era muito menos compreensível.

Adam ainda está naquele dilema do episódio passado: Ficar com Beatrice porque o destino trabalha para uni-los ou tentar um caminho diferente? Enquanto pensava, ele e Beatrice começaram a levar uma vida de namorados. Os dois se viam com certa freqüência, jantavam juntos, dormiam juntos e, como era de se esperar, faziam sexo. Ressalto esta última parte, pois Beatrice disse a Adam que nunca se entregou tão rápido para um homem. O sentimento dela por ele é especial, dando a entender que o destino agia mais uma vez para juntá-los.

O problema é que Adam se sente sufocado quando está com ela. Ele não consegue dormir ao seu lado, muito menos consegue se sentir à vontade com ela. Beatrice espera muito dele e o próprio Adam espera muito de si mesmo, fora todos os traumas do passado que influenciam o momento e que nos são exibidos logo após. Para ajudá-lo a entender o que se passa, Dr. Tom envia Adam ao passado, desta vez para quando era um pouco mais jovem. Foi-nos possível presenciar a dinâmica do relacionamento entre ele e sua família disfuncional. O pai, um verdadeiro cretino que agredia a esposa; a mãe, uma mulher sem perspectiva, alcoólatra e fraca; e o irmão, que na época ainda mais inocente.

Uma das cenas que mais gostei foi quando a mãe de Adam deitou ao seu lado após aquela noite conturbada. Ela buscava auxílio nele para conseguir passar pelos momentos difíceis. É basicamente aquela velha história do filho que se torna pai de seus pais. Sua mãe era apática e permitia todas as agressões do marido. Depois bebia litros, descontava nos filhos e em seguida voltava rastejando e pedindo desculpas. De fato, Adam não teve uma vida fácil e não é a toa que se sinta desconfortável quando esperam grandes feitos dele.

Outra boa seqüência foi aquela em que ele quebra a raquete de tênis (diversas vezes) em um bloco. Naquele momento Adam pôde extravasar. Erica, que assistia a cena, não se conteve, chorou e o abraçou. Adam retornou para sua casa disposto a terminar com Beatrice, que dá adeus a série (uma pena, pois eu gostei deles juntos) e ao final do episódio encontrou-se com Erica para pedir que o aceite outra vez. É dela que ele gosta. É com ela que ele deseja ficar. Os dois dormiram juntos, um do lado do outro, mas sem transarem. Depois de um dia cansativo tudo que Adam precisava era dormir.

O episódio destacou também a ressurreição da 50/50 Press. Brent trouxe para as garotas a oportunidade de publicarem o livro de um estilista famoso. O personagem foi interpretado por Jay Manuel, do America’s Next Top Model (informação que busquei no Google, pois não o conhecia até então). Percebemos também, e desta fez ficou muito mais claro, que Brent gosta de Julianne. Todo aquele joguinho para demiti-la foi paixão não correspondida. Até hoje não sei bem o que dizer sobre ele. O tempo todo ele aparenta ser gay e agora vem com essa de estar apaixonado. Fico aqui pensando qual é o intuito dos produtores da série ao criar essa personagem tão… ‘complexa’. Talvez nos dar um tapa na cara e mostrar que certos estereótipos não querem dizer absolutamente nada.

A mãe de Erica está curada do câncer. Sério? Só eu achei que a história dela se resolveu rápido demais? Aliás, aqui vai mais uma pergunta: Por que a Jana Sinyor criou toda essa história do câncer? Convenhamos, não acrescentou nada à personagem, muito menos à história. Acredito que a única vantagem foi perceber que o pai de Erica voltou a se interessar pela ex-mulher ao perceber que poderia perdê-la. Apenas isso. Não quero ser mórbido, muito menos sou fã de dramas mexicanos, mas acredito que a morte da personagem (ou alguma história que aprofundasse um pouco a mais a doença) seria mais válida.

No mais, este episódio serviu para abrir fechar algumas tramas e abrir caminho para a season finale. Erica e Adam juntos, a 50/50 Press rumo ao sucesso, Sam e Lenin dando certo, Barbara curada… Resta saber qual será o futuro de Erica na terapia com Dr. Tom. E resta saber também se Being Erica será renovada para a 4ª e última temporada.

Estou na torcida!


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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