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Brothers & Sisters – 4×04 From France with love

Por: em 20 de outubro de 2009

Brothers & Sisters – 4×04 From France with love

Por: em

A grande maioria das séries depois de um excelente episódio costuma apresentar um bem fraquinho. E infelizmente com Brothers and Sisters não foi diferente. Nem o retorno de Sarah e toda a sua história na França salvou From France With Love do marasmo.

Tenho uma opnião bastante dividida a respeito do câncer de Kitty. Concordo que uma série como essas, que se baseia quase sempre no drama, precisa de um “evento” transformador como um câncer para construir uma temporada, e uma doença desse calibre acaba sendo ideal. Também sei que o câncer, como qualquer outra doença, faz parte da vida, e que cabe à arte imitá-la. Por outro lado é um artifício barato que toca a maioria de nós de uma forma fácil e apelativa (pra não dizer, muitas vezes, dolorosa), afinal hoje em dia é difícil não conhecer alguém que tenha morrido de câncer… Ou que tenha lutado e conseguido sobreviver à doença.

A verdade é que hoje em dia todas as séries acabam, cedo ou tarde, apelando pra doença. Só nos resta esperar que Brothers and Sisters sobreviva, dignamente ao câncer, e que a família Walker possa tornar a ser leve e levar uma discussão a todo vapor, com gritos e sem choro.

Mas se teve algo de positivo nessa história toda é que eu deixei de odiar o Robert. Ainda não gosto dele, mas se a doença serviu para alguma coisa, foi para humanizar o Senador McCallister, que deixou de ser um político frio, turrão e egoísta para se transformar no marido mais preocupado do mundo. O pior é que não há nada de irreal nisso, como ele poderia não mudar, nem um pouquinho, com sua esposa diagnostica no estágio III de linfoma? Ele teria que ser o próprio Coração Gelado.

Mas, claro, nada disso muda o que eu penso de Rob Lowe, um dos maiores canastrões das séries. E pra quem duvida da sua péssima atuação, que tal uma experiência? Assista os primeiros dois minutos desse episódio sem som. O máximo que se altera em seu rosto é a quantidade de dobras na testa. O tempo todo parece que ele está falando com um operador de telemarketing e nunca com sua mulher que, por sinal, está doente.


Quanto a história de Sarah na França, achei tudo um grande e desnecessário clichê, como bem dizia a placa. Melhor seria se o tal Luc não passasse da criação da mente carente de Sarah. Muito me admira que a mais sensata dos Walker tenha ido para a Europa viver a boa e velha fantasia de toda mulher americana média: ter um caso com um jovem “artista” europeu (de perferência com um ar latino).

Adoro Rebecca mas hoje ela estava realmente chata ou, como ela mesma se definiu, uma verdadeira bridezilla. A princípio gostei da possibilidade do casamento do 2° casal mais fofo de B&S também ser na casa dos Walker, tal qual Kevin e Scotty (o casal detentor do título máximo de fofura); mas acabei seduzida pela idéia do Hawai. Afinal, uma boa e ensolarada viagem com todo o clã Walker reunido é tudo que a série precisa pra fugir do chororô das células cancerígenas.

E eu realmente espero que os roteristas da série casem de uma vez os dois e não arranjem nenhuma enrolaçãosinha de última hora pra mantê-los separados até o final da temporada. Além de ridículo é desnecessário. Justin e Rebecca juntos já arranjam confusão suficiente pra manter a série com bastante assunto. Além do mais seria bastante interessante podermos acompanhar a vida de um casal tão jovem e já recém-casado. Faculdade de medicina e a adminsitração da Ojai Foods, um bom pacote que, acompanhado do difícil temperamento dos dois, promete!


Se bem que chega de lenga-lenga de faculdade de medicina… Já temos séries médicas demais, tratando muitíssimo bem do tema diga-se de passagem, então nem adianta tentar. Enfiar um núcleo médico a essa altura do campeonato não vai colar.

E, por hora, não vale a pena falar de Sally Field. O câncer ainda está “levinho”, tenho certeza que ainda teremos muitas lágrimas e aulas de interpretação a caminho.

E no que dá idealizar um episódio… Achei que o retorno de Sarah seria triunfal, que seus filhos também apareceriam e os Walker finalmente estariam (quase) completos. Mas que nada! Episódiosinho mixuruca que nos mostrou um lado adocicado de Sarah que, sinceramente, eu preferia continuar sem conhecer. A única coisa realmente interessante da chegada do mais novo amante de Sarah foi o trocadilho do titulo. Se todos pensávamos que quem tinha vindo da França, com amor, tinha sido Sarah, a verdade não era bem essa… e da França, com amor, veio o vizinho de Samantha em Sex and the City – o filme. Lembram?


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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