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Brothers & Sisters – 4×07 The Wig Party

Por: em 11 de novembro de 2009

Brothers & Sisters – 4×07 The Wig Party

Por: em

Se quiser ler a review no clima da série, a música que encerra o episódio está no final deste post.


quatro reviews atrás eu contei que, até hoje, só havia me emocionado com Brothers and Sisters uma única vez. Pois parece que essa quarta temporada veio para mudar completamente esse número. Hoje foi uma missão impossível não derrubar ao menos uma lágrima com Kitty. Fico pensando se o câncer fosse em Sarah, Kevin, ou até mesmo Justin… Eu estaria chorando no começo, meio e fim de todos os episódios! Mas a doença escolheu Kitty, a minha Walker menos querida (depois do Tommy, claro), e com isso eu venho sendo conquistada, a cada dia, pela Walker republicana.

Como foi estranho vê-la buscar métodos alternativos de cura! Sempre tão pragmática… Ver Kitty desistir do tratamento médico recomendado e ir atrás da cura através da luz é como imaginar Kevin heterossexual. Inpensável, inconcebível, uma péssima idéia! Mas o recém-chegado Dr. Simon Craig nos ajudou a enxergar que aquele era um processo natural pelo qual muitos dos pacientes com câncer passam. Dizer não ao tratamento é tentar retomar as rédeas da sua vida, tentar se convencer de que você é capaz de domar uma doença cruel como essa. É mais um passo na busca da cura, um passo que, mesmo nada convencional, não deixa de ser importante. Foi na tentativa de negar a doença que Kitty a aceitou por completo. E não é isso que precisamos fazer pra poder lutar e vencer um oponente? Conhecê-lo, aceitá-lo como é.

Eu podia ficar aqui por parágrafos inteiros falando de Kitty e de como, de repente, eu quero ver a luta que essa mulher vai travar com o câncer. E vencer, é claro. Mas The Wig Party não foi só sobre ela. De certa forma, também veio do câncer a maior novidade desse episódio, o novo interesse amoroso de Nora! Já chegamos ao primeiro 1/3 dessa temporada, então já estava mesmo mais do que na hora da matriarca dos Walker ganhar um alguém.  E, num momento como esse, nada melhor do que ter um oncologista ao seu lado, certo? Um oncologista charmoso, com um certo ar de George Clooney, melhor ainda! E quem poderia imaginar Norma andando de moto?! Você não foi o único a ficar chocado, Justin…


E, quem diria, tem mais um Walker a caminho,  Justin vai ser papai! Infelizmente foi forçadíssima a cena, no final do episódio, entre ele e Rebecca, mais clichê impossível. Quantas vezes já não vimos uma mulher se preparar para contar ao namorado/noivo/marido que ela estava grávida, quando é interrompida pelo discurso do dito cujo sobre como ter um bebê, naquele momento, seria péssimo?

Espero que os roteiristas não se alonguem nessa história e os dois possam logo comemorar juntos a chegada do seu primeiro filho. Torço pelos dois desde o dia em que Emily VanCamp botou os pés na série, e embora confesse que essa torcida vem um pouco de Ephram e Amy em Everwood, hoje gosto verdadeiramente do casal.


Mas o meu casal favorito (e eu não me canso de dizer isso!) é outro, e ele está muito bem obrigado.  Quer dizer, Scotty nem tanto. Quem diria que seus pais acabariam divorciados e o responsável por isso seria o seu reprimido papai? É como dizem, diante de uma mulher repressora, um homem pode aguentar, resignado e calado, por anos… Até que, de duas uma: ou ele morre, ou, de uma hora pra outra, toma uma atitude e deixa a mulher a ver navios. E como o pai de Scotty não morreu… Mas pelo menos o testamento veio antecipado, em forma de revista em quadrinhos! Quanto será que vale aquela edição do Capitão America, hein?

Olha, eu até entendo a situação da Katherine Heigl, que está despontando no cinema e não tinha como raspar a cabeça por Grey’s Anatomy. Mas e Calista Flockhart? Se faltou algo a sua personagem hoje foi o comprometimento da atriz com a sua profissão. Calista só atua em Brothers and Sisters, qual é o problema em se entregar a arte e raspar a cabeça? Se Carolina Dieckmann pode, porque ela não? Na falta da careca verdadeira, acabamos ficando com mais um “milagre” da maquiagem cujo resultado, infelizmente, me lembrou muito o filme Cônicos e Cômicos, lembram?

E uma cena que deveria ter sido só emoção acabou ficando ligeiramente engraçada. Foi de arrepiar ver Kitty virar a cabeça, jogar os cabelos sobre a pia e ligar a máquina… Queria ter podido manter aquela emoção ao vê-la sair do banheiro e ser recebida pela sua mãe e sua irmã. Mas, com aquela careca, não consegui segurar um risinho.

A música que fecha o episódio (e que também toca nos comerciais da série na Universal) você ouve aqui:


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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