Tivemos esta semana, novamente, um excelente episódio. O foco do episódio eram as relações, o que já pudemos perceber nos primeiros minutos, já que inicia com a continuação da constrangedora cena do anel.
Morgan é um personagem essencial a série, cada vez me convenço mais deste fato. Foi dele a idéia de Chuck usar um livro de autoajuda: “101 Conversas Antes do Casamento”, da autoria de um tal Dr. Fred. Mas, não é interessante que seja Morgan a perceber o problema de comunicação de nosso casal de espiões? Infelizmente ele também percebe que está entrando num relacionamento problemático, não pela garota, mas ela tem um pai que é uma fera. Nunca achei Morgan nenhum exemplo de coragem, mas estou mudando de opinião. Namorar Alex exige uma coragem gigantesca. O personagem explorou suas relações com o “amigo” Casey, a pretendente Alex e seu novo “papai” Big Mike, um excelente conselheiro sentimental.
O retorno de Devon e Ellie, ausências sentidas no ultimo episódio, trouxe um novo enfoque a relação. Sr. Incrivel está fascinado com o bebe de uma forma patética, fazendo com que sua esposa se sinta jogada para o escanteio e busque um resgate da relação homem-mulher. Não entendam mal, o casamento deles ainda é o sonho de consumo de qualquer pessoa, porém Devon se tornou um pai devotado ao extremo e até Ellie achou demais. Explorar esta mudança de status no casal, foi uma boa sacada. A relação entre os irmãos Ellie e Chuck também foi visitada, com Ellie percebendo que deixar a carreira de espião não foi uma coisa fácil para ele e, também que ele era muito bom no que fazia. Gostei dela perceber isto, afinal Chuck abriu mão de uma carreira por ela, sendo que nunca se deu o trabalho de perguntar sobre como ele se sentia com isto. Não achei justo a promessa que ela exigiu, apesar de entender seus motivos.
Chuck e Sarah passaram o episódio tentando conversar sob o quase “pedido” de casamento e suas conseqüências. A abordagem desta discussão foi um bom artifício: transformar um golpe de Estado em “DR”. Gosto bastante do casal, mas já foram quatro episódios focados em relacionamento, acho que já foi o suficiente. Está na hora do foco voltar-se a procura da mãe, pequenas pistas sobre Volkoff e Frost surgem em todos os episódios, porém como pano de fundo. Todos os enfoques dos relacionamentos foram abordados nestes quatro primeiros episódios, espero que agora a série dê o próximo passo, ou Chuck e Sarah serão considerados imaturos para um relacionamento. Pelo menos por mim.
Como afirmei no inicio, foi um excelente episódio. Nada diminui isto, minha preocupação é com o caminho seguido a partir de agora. Como sempre, tivemos destaques importantes: Costa Gravas convidando para férias, aparecendo do nada; Alex e Morgan engatinhando num relacionamento, com ele dividido entre o sentimento por ela e o medo de Casey; nosso durão preferido entediado numa cadeira de rodas, ele não serve mesmo para o marasmo; os problemas de comunicação entre Sarah e Chuck; a mudança no relacionamento entre o “Anjo da Morte” e o Generalíssimo, causada pela doação de sangue feita por Casey na temporada anterior; a estatua em homenagem a Devon e sua reação a mesma; a crise de casamento de Costa Gravas que fez com que sua esposa desse o golpe; e por fim, a fantástica trilha musical do episódio.
Que venha o próximo!
