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Covert Affairs 1×02 – Walter’s Walk

Por: em 22 de julho de 2010

Covert Affairs 1×02 – Walter’s Walk

Por: em

Ouso dizer que o segundo episódio de Covert Affairs foi ainda melhor do que o episódio de estreia. Normal. Agora já conhecemos os personagens, as motivações de Annie, a dinâmica do roteiro. Sem falar que o Piloto ficou um pouco arrastado com 60 minutos, quase cansativo. Os bons e velhos 40 minutos bastam.

A missão de Annie em Walter’s Walk, sua primeira como agente efetivada pela CIA, tinha tudo para ser uma piada: anotar as informações repassadas por um bando de malucos, pessoas que vêem uma Teoria da Conspiração em tudo, acreditam que tem informações valiosas sobre casos de Estado ou que estão sendo perseguidas por alguma organização criminosa. Só que Annie acaba cruzando com um caso real: Walter, o menino prodígio que tinha praticamente um QG de espionagem em casa, interceptou e decodificou transmissões em ondas curtas do IRA e começou a temer pela própria vida.

Quando Auggie foi verificar as transmissões não pude deixar de pensar “Faz isso não, meu filho. Provavelmente vai ter uma francesa que não toma banho nem se depila há 16 anos falando uma sequência numérica que só vai te dar azar”. Força do hábito. Sorry. No final das contas era “só” uma mensagem que dava a entender que talvez o IRA estivesse planejando um ataque em solo Americano. O que nos leva a um dos pontos altos do episódio:

Steven Brand e o seu marrento James Elliot, o agente do MI-6 designado como parceiro de Annie na missão, mas que acaba se revelando o bad guy da história. O cara já chegou avacalhando a tecnologia da CIA, a inexperiência da Annie e ensinando como se arromba uma fechadura.

Há que se falar que as cenas de ação dão a impressão de ter sido muito bem ensaiadas e – o mais importante – aparecem na dose certa, mescladas aqui e ali com um momento mais light ou um draminha básico. Não sobrecarregam a trama ao ponto de deixar o roteiro em segundo plano. Ponto para a série. Porque ação é legal, mas sem uma boa história que a sustente não há cidadão que ature uma temporada inteira.

Outro ponto positivo do episódio foi a química notável entre Annie e Auggie. Confesso que Christopher Gorham não me convenceu muito no Piloto, provavelmente por conta da lembrança de Harper’s Island e porque nunca assisti Ugly Betty, mas hoje Auggie é meu personagem favorito na série. Quando li a descrição do personagem na divulgação de elenco jurei que mostrariam mais um daqueles estereótipos nerds que tanto adoram enfiar em séries de investigação/espionagem, aquele carinha que manja de tecnologia, não tem vida social e ao qual as pessoas só recorrem para pedir favores, saca? Mas não, resolveram mostrar um cara popular, bem humorado, sensível… e professor particular de artes marciais nas horas vagas. Aliás, rolou um climinha entre Annie e Auggie nesta cena de treinamento patrocinada pela Adidas ou tô doida?

Agora a parte chata. Ele. Sim, ele:

O Jai, de Sendhil Ramamurthy, já chegou criando discórdia, se impondo por ser o filhinho do papai e todo trabalhado no topete. Precisa mais? Precisa. Precisa ser canastrão com as mulheres e ter falas completamente insignificantes no episódio. Agora sim, não falta mais nada. Mas pelo menos não tem como piorar, espero.

O que me incomodou também foi o plot do Peter Gallagher. Não é nenhum segredo que o  sobrancelhudo é um ótimo ator, sempre dá muito bem conta do recado, estão aí The O.C. e Californication para provar. Então por que cargas d’água os roteiristas resolveram que seria melhor deixá-lo ou de cochichos pelos cantos com figurantes ou numa eterna D.R. com a esposa?

Mas apesar dos clichês, do Mohinder e do sub-aproveitamento de um bom ator, o episódio foi bom e Covert Affairs já entrou para a minha lista das (poucas) séries da summer season que valem uma indicação.


Iraia

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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