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CSI 12×07 – Brain Doe e 12×08 – Crime After Crime

Por: em 29 de novembro de 2011

CSI 12×07 – Brain Doe e 12×08 – Crime After Crime

Por: em

A cada semana se torna mais difícil escrever sobre CSI não porque a série esteja ruim, mas porque ela está melhorando a cada capítulo. Nem de longe lembra a tortura que foi acompanhar, do início ao fim, a 11° temporada. Mas, deixando a rasgação de seda um pouco de lado vamos ao que interessa: minhas impressões sobre o capítulo desta semana – Brain Doe.

O interessante do capítulo foi ver como cada homicídio, que parecia isolado, terminou se relacionando de uma forma inesperada começando pela descoberta do elemento que dá nome ao capítulo: um cérebro desconhecido.

Dos três casos (que se tornaram um ao final da história), o mais “sem graça” foi o que tratava do desaparecimento do cérebro de um tenente, embora tenha sido a partir deste que a troca dos órgãos foi descoberta. Se bem que esta não foi minha parte favorita no capítulo. Gostei de verdade da forma como eles exploraram a relação entre os membros da família do lutador que havia se suicidado, começando pela mãe.

Para uma pessoa que havia perdido seu marido de uma forma tão inesperada, ela estava muito tranqüila quando foi informada por Brass que o cérebro de seu companheiro poderia ter sido substituído pelo de um desconhecido. Falando em Brass, ele foi extremamente ágil ao desconfiar de violência doméstica ao ver os hematomas no braço da viúva, mas foi ainda mais inteligente ao perceber o que havia motivado o crime.

Aliás, a resolução do crime por si só foi um caso à parte, tão bem elaborada que me deixou meio que “de boca aberta” com a confissão. Se bem que, se você parar para analisar o teor da conversa de Brass e as reações do garoto fica fácil descobrir que não existia muito amor naquele lar, e talvez nem fosse culpa da perda de memória do pai.

Saindo do caso para explorar outros detalhes do capítulo, foi interessante também como os roteiristas resolveram dar “corpo” à família de Russel nos apresentando seu filho. E melhor ainda foi ver como ele lidou com o problema do garoto, que não estava se relacionando bem com os outros jogadores do time e especialmente os conselhos que deu a seu filho para enfrentar a situação.

Falando em enfrentar a situação, a saída de Catherine ficou ainda mais próxima neste capítulo depois da proposta que ela recebeu da xerife, de integrar uma equipe em Washington. Apesar de ser algo que desde o início eu sabia que iria acontecer, ainda não consigo aceitar muito bem, porque a sensação que fica é que com a saída dela fica mais perto o dia em que a série irá terminar.

Mas, já que estou falando um pouco dos membros da equipe, foi divertidíssimo ver a reação de Morgan analisando o cérebro desconhecido no início do capítulo, principalmente sua felicidade. Ela se parecia mais com uma criança que acabara de ganhar um brinquedo novo, (embora o brinquedo fosse um tanto quanto estranho), e a cada capítulo vem ganhando bastante destaque, além de ser relativamente bem aproveitada pelos roteiristas.

Acompanhar essa temporada de CSI tem sido não só gratificante como muito fácil, e a estratégia dos roteiristas em se concentrar em um único caso melhor elaborado do que dividir nossa atenção entre duas ou três ocorrências têm funcionado perfeitamente, embora em alguns capítulos a fórmula das temporadas anteriores ainda seja utilizada. Mesmo assim, até aqui estou vendo mais acertos do que erros, e isso me conforta muito. Além de me deixar mais curiosa para o próximo capítulo. Só espero que este não seja o último de Catherine na equipe.

Bom, já disse isso antes, mas lá vai: se eu gostei do capítulo anterior, o episódio desta semana, “Crime after crime” sem dúvida foi de longe o melhor da temporada até aqui. Os roteiristas se superaram não só na apresentação dos casos como em sua resolução, mostrando como eventos aparentemente isolados tinham uma ligação impensada até os vinte minutos finais.

Falando um pouco sobre os casos, não tenho exatamente um favorito porque todos pareceram interessantes, embora um pouco “chocantes” demais. Aliás o capítulo todo teve uma abordagem mais “sombria” do que estamos acostumados nessa temporada, com o sofrimento e o clima tenso dando lugar às costumeiras risadas e piadinhas que são comuns à série.

A começar pelos crimes não solucionados, cometidos de forma brutal e com as imagens de suas recriações sendo exploradas pelos roteiristas. Um capítulo intenso e um tanto perturbador.

Comentando sobre a equipe, a atuação de todos os peritos aqui ficou em segundo plano ante a participação de Jim. Ele estava tão envolvido com o responsável por arquitetar os crimes que eu cheguei a pensar em alguns momentos que ele fosse o assassino, especialmente depois da reação que ele teve com Russel durante uma conversa entre os dois.

Aliás, a tensão entre os dois personagens foi a palavra de ordem neste capítulo talvez muito mais pelos crimes em si, motivados por vingança por crimes célebres não solucionados a princípio e, finalmente, pelo principal suspeito em arquitetar as mortes – um ex-colega de Jim.

Depois de muitos capítulos ver CSI apostando no drama e fazendo isso tão bem me deixa muito animada, porque a sensação que tive no início desta temporada está se confirmando: valeu muito a pena não ter desistido, mesmo com a mudança tão drástica na equipe que está por vir.

Até o próximo episódio.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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