Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

ER – 15×20 Shifting Equilibrium /15×21 I Feel Good

Por: em 22 de outubro de 2009

ER – 15×20 Shifting Equilibrium /15×21 I Feel Good

Por: em

Depois de adiar a estreia da última temporada de ER, a Warner se viu obrigada a correr com a série para pode estrear a nova grade de programação, vê se pode?

ER – 15×20 Shifting Equilibrium

Sempre questionei se existiriam, ou não, novos fãs de ER. Pois é, graças a um leitor fiquei sabendo que existem sim. Não, ele não é um novo fã da série, é das antigas, como eu. Mas é alguém que ficou chocado, e com ele eu compartilho desse sentimento, ao saber que seus amigas, esses sim, novos fãs, não conheciam Greene ou sequer Carter.

É realmente surpreendente que uma série, no seu 11º ano (quando Carter foi pra África de vez) ainda consiga angariar um telespectador que seja. E esses telespectadores, como os que chegaram na 1ª temporada, merecem ser tratados com respeito. Então, creio que tenha sido pra eles esse episódio.

Neela está em ER desde a 10ª temporada, e desde então tem tido uma jornada de crescimento pessoal e principalmente médico. Jornada que nós, “os antigos”, bem conhecemos com Carter. De residente ela agora é uma promessa de grande cirurgiã. Afinal, se Dubenko confia nela, quem sou eu pra discordar?

Vimos Neela criar a coragem necessária para deixar o County, vimos Morris encaixar de vez sua vida na de Diaz. E, como todo episódio de reta final que se preze, não podiam faltar as participações especiais.

Abby apareceu de forma tão simples e ao mesmo tempo tão certa. Nós sabemos que Abby sabe se virar num hospital, seja como enfermeira, seja como médica. O que Abby não sabe é lidar com a sua vida pessoal, e era pra isso que precisávamos de uma resposta. E, quando se sabe o que se faz, e os roteiristas de ER quase sempre sabem, é tão fácil dar essa resposta de maneira simples e direta. Abby está bem, sua família está inteira, está feliz. Embora, claro, ela odeie as quintas-feiras.

Também é reconfortante ver que os laços criados no County continuam lá, ainda que invisíveis, e quando Neela precisa de alguém é a Abby que ela recorre. Porque acima dos casais, sempre vi maior importância nas grandes histórias de amizade construídas no County. Seja a de Abby e Neela, Carter e Benton ou Greene e Susan .

Quanto a Ray, não acho crível ver ele e Neela juntos novamente. Uma mulher que toma a decisão de sair do casulo, de deixar o caminho seguro e enfrentar o mundo, não volta pro velho namoradinho, de quem ela nem ao menos gostava.

Confesso que só hoje, ao dizer adeus a inglesa mais indiana que eu e Frank já vimos, percebi que o final está realmente próximo. A partir de agora tudo vai ter gosto de despedida.

Neela e suas lembranças nos deixaram rever, e nos despedir de Gallant e Pratt (pra mim a segunda morte mais inesperada de ER, depois de Lucy, é claro). E espero não ter sido esta a última vez que vi aquela parede cheia de nomes e lembranças.

Percebi, enfim, o quanto vai ser difícil dizer adeus, saber que nunca mais poderemos ver esses personagens fazerem coisas novas, enfrentarem novos desafios, quebrarem a cara mais uma vez… Em duas semanas não veremos mais ER, não veremos mais nada de inédito, não poderemos mais nos emocionar pela primeira vez, nem falar bem ou mal. E se o County está no sangue de Neela, talvez ER esteja no meu.

ER – 15×21 I Feel Good


Esse foi um episódio totalmente inesperado, em todos os sentidos. Sem participações especiais, sem grandes dramas, sem mortes, sem finais felizes… Quem liga pro penúltimo capítulo? E ER soube aproveitar bem esse último “episódio comum” da série. Porque não se pode chamar de comum um episódio que junta todo o elenco atual com grande parte do elenco antigo, certo? E é isso o que com certeza esperamos do próximo.

Foi bastante inesperado um episódio mais leve a essa altura… E, talvez por isso, muito bom. Já que a chance de passarmos pelo último capítulo sem nos emocionarmos é mínima, é bom podermos aproveitar a chance, talvez a última, de relaxarmos com Morris e Gates.

Embora eu não tenha gostado do surgimento de Banfield como uma das protagonistas, justo no último ano, não posso negar que acabei sendo cativada. Com certeza ajudou o fato de ter sido a história de Banfield a responsável por trazer de volta o Dr. Greene. E se Lucy não foi parar em seus braços, logo surgiu um bebê necessitado de cuidados. Um final previsível, certo, mas porque o ideal não pode ser previsível? Banfield e seu marido mereciam aquele bebê.

E eu realmente não faço idéia do que vão fazer com o Brenner… Vai ser a última morte de ER? Porque se sim, já vai tarde. Embora eu acredite que todo esse envolvimento com o drama de Lucy não pode ter sido em vão, pode?

E como foi inesperadamente bonita a forma como se desenvolveu a relação de Sam e Gates. Embora eles não estejam mais oficialmente, ou romanticamente, juntos, eles continuam sendo um par. E se tem um casal pro qual eu desejo um final feliz, é pra esse.

Morris, e seu hipotético pedido de casamento a Diaz, foi tão singelo e doce quanto só ele sabe ser. Aliás, um dos personagens que mais me faz ter vontade de assistir ER desde o começo foi Morris. Ok, Archie não estava lá desde a 1ª temporada; mas eu realmente gostaria de saber, e entender, em que momento da 10ª temporada pra cá eu deixei de me irritar com sua presença e passei a adorá-lo. Na verdade até me surpreende pensar que, o hoje adorável, Archie Morris só desembarcou na série a cinco anos.

E então estamos chegando ao momento final, e com esse I Feel Good podemos sentir um gostinho de final de novela, com parte do elenco reunida celebrando o fim daquele que foi o maior trabalho da grande maioria ali. É hora de celebrar. Missão cumprida.

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Semana que vem, a Warner abre a noite com um especial sobre a série e em seguida teremos, enfim, o tão esperado episódio final de ER, com duas horas de duração.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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