Depois de atingir excelentes números em sua estréia, Agents of S.H.I.E.L.D. teve uma queda de audiência maior do que esperado em seu segundo episódio. Este provavelmente é resultado da enorme expectativa que todos tinham em relação à série e por isto, muitos não gostaram. Apesar disto, a audiência ainda está boa.
O segundo episódio manteve mais ou menos o mesmo nível de qualidade do primeiro. Antes de mais nada, devo dizer é que Agents of S.H.I.E.L.D. não é um programa para se levar muito a sério. Não dá para esperar um alto nível de realismo e nem algo extremamente elaborado e complexo, porque esta não é a proposta da série. Também não é uma série sobre super-heróis, é sobre agentes normais que cuidam de casos fora do comum. O objetivo geral é ter uma história simples que divertirá o espectador por 42 minutos. Até agora, está cumprindo seu papel perfeitamente.
O segundo caso da equipe de Coulson foi relacionado a um objeto não identificado – um 0-8-4 – encontrado no Peru. Aparentemente, após a invasão alienígena em Nova Iorque, a S.H.I.E.L.D. tem autoridade de investigar situações como esta em qualquer lugar do mundo. Durante a estadia no Peru, a equipe se encontrou com Camilla Reyes, uma antiga aliada de Coulson, que acabou entrando no ônibus após um ataque dos rebeldes.
No fim das contas, tudo era um plano de Camilla para ficar com o 0-8-4 e ela abusou da confiança de Coulson para conseguir o que queria. Mas é claro que a equipe que passou o episódio inteiro brigando iria se unir para se salvar. Apesar de ser óbvio que conseguiriam deter o inimigo, o processo foi divertido de assistir. Mas como já disse, não dá para esperar muito realismo da série, porque vamos combinar que fechar completamente o buraco do avião com um bote salva-vidas foi no mínimo estranho (alguém quer testar para ver se dá certo?).
Fitz e Simmons são ótimos. Junto com Coulson, eles são os personagens mais adoráveis da série até agora. A interação entre os dois é fantástica e é interessante ver o contraste entre os dois cientistas e os agentes de campo da equipe. Gostei de ver os dois no meio da ação e eles realmente não estavam prontos para isto, principalmente Fitz. Mas até que eles se viraram bem. Melinda May mostrou porque é conhecida como “A Cavalaria”. Ela fala muito pouco, mas é uma agente experiente e excelente em combate. Estou curiosa para saber mais sobre ela e qual é o seu trauma em relação a atuar no campo.
A decisão de Coulson de colocar Skye como consultora da equipe incomodou muita gente (não Fitz e Simmons, claro!). No final do episódio, depois de trabalharem juntos, Ward parecia um pouco mais acostumado com a ideia, mas acredito que ele ainda desconfia da moça. Aparentemente, com razão. Skye provavelmente não será uma vilã, mas alguma coisa ela está aprontando.
Apesar do super bote salva-vidas, o episódio foi bom no geral. Os personagens são carismáticos e formam uma boa equipe. O momento amizade no final foi bonitinho e como a maioria dos acontecimentos do episódio funcionaram bem, acho válido relevar o buraco no avião e seguir em frente com a vida.
P.S.: A série não está poupando referências aos filmes e aos Vingadores. Só fico imaginando quanto tempo demorará até acabarem todas as possíveis referências se continuarem neste ritmo.
