Minha estreia nessa nova versão do Apaixonados por Séries não podia ser mais oportuna. Aproveitando o clima de mudança, No Limite prometia estar repleto delas no episódio desse domingo. Mas vamos pensar bem: as mudanças aqui no blog, por exemplo, vieram pra deixá-lo mais organizado, mais bonito, mais agradável de ser lido… Fazendo a anologia com um programa de televisão, será que os objetivos das mudanças em No Limite foram alcançados?
A resposta pra essa pergunta fica pro final do texto, primeiro vamos ver o que aconteceu na noite de ontem – que, inclusive, teve direito à aguardada prova da comida – o maior sucesso da primeira edição no programa lá em 2001.
O começo do episódio foi direto com a primeira prova, que apesar de também ser sobre comida, não eram das nojentas. Ela consistia em arremessar frutas entre duas barreiras, protegidas por participantes da equipe oposta, tentando destruir a fruta antes que ela chegasse do outro lado. Fico na dúvida em qual opção escolher, mas ou as duas foram muito bem no bloqueio ou muito fracas nos arremessos, já que a tribo vencedora – Manibu – mal conseguiu colocar 2kg de alimentos na cesta.
Apesar da derrota, quem gostou desse resultado na tribo Taíba foi a Isabel. A nova participante tá se sentindo um pouco excluída e, quando foi colocada no banco pra prova Tiro à Fruta sem qualquer discussão, disse ela que queria provar o seu valor participando da prova de imunidade. Ela apareceu bem pouco no programa até agora, mas tô gostando muito do jeito dela. Sem muitos motivos mesmo, gostei de graça.
Já no acampamento da Manibu, os desentedimentos com o Marcelo que começaram no episódio de quinta continuaram. Foi tudo uma bobeira por causa do preparo da comida, mas se o Marcelo não fosse a força física que é pra tribo, provavelmente seria o eliminado da noite. Sorte dele que o Cebola caiu de paraquedas no meio do jogo e roubou alguns dos votos que ele receberia. Mas isso é assunto pra depois da prova de imunidade, que, como as expectativas sugeriam, foi uma das melhores dessa edição de No Limite.
Houve apenas 3 pratos no cardápio: os clássicos olhos de cabra, peixes vivos (bem pequenos) e o último – e mais nojento – ovos galados (ovos com um semi-pinto dentro). No meio disso tudo tinha um pouco de estratégia, já que eles deviam escolher os participantes que iam competir nas etapas seguintes, e acho que Manibu errou em deixar Osmar de fora. Não consigo imaginar o cara conseguindo engolir um daqueles ovos (não que eu esteja fazendo tanto esforço pra imaginar essa cena).
E falando em Osmar, junto com o Marcelo, eles estrearam outra mudança no jogo: o exílio. Passando dois dias longe de suas tribos, o lado bom do exílio é que quem vai pra lá tem a oportunidade de ganhar o “anjo”, uma imunidade adicional pra hora do Portal, e quem o levou acabou sendo o Marcelo. O engraçado nessa parte foi o gaúcho falando da importância de ficar calado e tentar pegar informações da outra tribo, mas ele próprio abriu a boca e falou sobre as estratégias da Manibu e sobre quem eles planejavam eliminar.
Aliás, o Marcelo não parece um cara lá muito inteligente. Com boas chances de ser eliminado, ele resolveu dar a imunidade do exílio pro Rafão, com uma justificativa bem bizarra sobre união do grupo, que eu juro que não entendi. Apesar disso, seus companheiros de equipe não são tão bobos, e articularam bem os votos e fizeram o jogo crescer bastante pro que era na época da votação popular. Rafão conseguiu puxar as rédeas e fazer com que a maioria na tribo votasse no Cebola – o eliminado da noite com 4 votos. Acho que a implicância dele com o novo participante se deu mais por ciúmes de Jéssica, mas não importam as circunstâncias: já é muito bom poder ver cada um jogando de sua maneira, dependendo apenas de suas próprias capacidades pra continuar no jogo.
Finalmente, respondendo à pergunta do primeiro parágrafo: em partes, os objetivos das mudanças em No Limite foram alcançados sim. Uma virada desse tamanho muda completamente o estilo de jogo, e funciona muito mais com a dinâmica de sobrevivência do programa. Mas do mesmo jeito que os participantes ainda estão se adaptando ao novo formato, a produção de No Limite ainda vai ter que trabalhar bastante pra firmar de vez um nível de qualidade empolgante o suficiente pra nós, telespectadores (A principal falha tá sendo no Portal ao vivo, fraquíssimo).
Enquanto isso, a gente continua na torcida pra que o programa, de fato, consiga acompanhar essa ascensão de qualidade até o fim.
