O título deste episódio soou, para mim, como uma grande ironia, porque pode refletir basicamente como a série se mostrou durante esses 21 episódios. Improviso. Em meio a tantas viradas loucas que as vezes aconteciam TODA semana, a impressão que muitas vezes ficou foi a de que Ringer ainda não tinha se encontrado e atirava mil e uma situações soltas, esperando que elas se encaixassem no roteiro. Há, contudo, que se dar os créditos, já que, na maioria das vezes, o plot twist funcionou. O desse episódio é um exemplo claro disso.
Eu ainda mantenho meus dois pés atrás com o episódio da semana que vem. O Ioan, que interpreta o Andrew, deu uma entrevista esses dias e falou que algumas coisas serão resolvidas, mas que algumas ficarão em aberto para uma eventual (e praticamente impossível) 2ª temporada. Contudo, ele garantiu que, caso o 22 seja mesmo o final da série, não haverá motivo para os fãs se sentirem traídos. Só acredito vendo.
De qualquer forma, esse 21º episódio foi, de longe, o melhor que a série apresentou até aqui. Claro, com seus erros habituais, mas que depois de tanto tempo, não soam mais tão incômodos e algumas coisas que por mais que soem convenientes demais, são aceitáveis, já que o roteiro de Ringer sempre puxou um pouco para a canastrice mexicana – que foi o que vimos claramente essa semana.
Por exemplo, quão conveniente é a enfermeira que testemunhou contra o Henry morrer de overdose no EXATO MOMENTO em que a Siobhan está dentro do armário dela, entrando em trabalho de parto? E foi uma gravidez bizarra, devo dizer, já que até umas 2 semanas atrás, a barriga ainda estava começando a crescer. Achei que o Henry ia suspeitar da amada quando descobriu da morte da mulher, mas aparentemente foi outra coisa que o deixou desconfiado: A paternidade das gêmeas.
Talvez minha memória ande me deixando na mão, porque eu não me lembro de, em momento algum dos episódios passados, ele ter dado a entender, de alguma forma, que duvidava que pudesse ser o pai dos gêmeos que a Shiv espera. De qualquer maneira, foi uma boa jogada e praticamente o único gancho que tivemos para o season finale da semana que vem.
A Siobhan ir procurar a garota para falar do testemunho só comprova o que eu falei umas duas semanas atrás: Ela está longe de ser tão má quanto a série tentou nos vender no começo. No fim das contas, ela terminou sendo apenas uma mulher apaixonada que está disposta a fazer de tudo para salvar o homem que ama. Mesmo ela tendo deixado claro que deixou a Bridget assumir seu lugar porque imaginava que o Andrew a mataria, vem uma pequena decepção.
A grande bitch da história foi mesmo a Catherine e essa semana comprovou isso. Gostei de ver que a Olivia também estava envolvida no esquema, não sei como não pensei nisso antes, depois de revelado o twist, me soou até bem óbvio. As duas sempre odiaram a Siobhan, por motivos diferentes, uma girl union não era realmente uma coisa inesperada.
As sequências no apartamento do Andrew foram as melhores do episódio. A Catherine estava realmente descontrolada com aquela arma e eu estava só esperando o momento onde ela tentaria matar a Bridget de alguma outra forma. Algumas coisas me irritaram um pouco no modo como o plot foi executado, a exemplo do Andrew ficar minutos com os policiais na sala e não dar UM SINAL SEQUER de que a Catherine mantinha-os refém e, quando resolve tentar pedir ajuda, é quando a Catherine está observando.
Acho que a única grande surpresa que o episódio me trouxe mesmo foi ver a Olivia colaborando com o Machado – além, claro, deste ter finalmente feito alguma coisa de útil. Eu estava esperando a Bridget se revelar ao Andrew e a Juliet em algum momento de desespero ali, mas ficou mesmo para a semana que vem (Ou não, nunca se sabe).
Espero que a CW tenha ao menos a decência de se pronunciar oficialmente antes da exibição do episódio. Porque se tivermos que assistir ao season finale semana que vem, para só em maio, nos upfronts, descobrimos que era um series finale, vai ser sacanagem.
A promo do season finale, intitulado “I’m the Good Twin”, você confere abaixo:
