Episódios medianos são o terror para nós que escrevemos reviews e imagino que também para os espectadores que ficam com aquela impressão de “podia ser melhor”. E é exatamente com essa impressão que fiquei em Fite Nite.
Os casos foram interessantes e atuais, mas pouco explorados. Para quem assiste noticiários locais e mundiais, sabe da existência de balas que perfuram coletes e são um grande problema para a polícia e também, atualmente mais do que nunca, da violência contra a mulher.
Algumas revelações mais pessoais dos personagens fizeram com que valesse a pena os 40 e poucos minutos de atenção. Quem já tinha imaginado a Nash lutando boxe? Ou que ela tinha se interessado pela luta justamente porque teve um péssimo namorado no ensino médio? Interessante que a noite de lutas inclua as mulheres, afinal faz tempo que provamos que não somos os sexo frágil. A Nash exagerou um pouco ao misturar seu romance com o Jerry e o fato de que ela não devia ter desobedecido ordens. Mais do que justo que ele reporte, afinal ela mesma não quer um tratamento diferenciado. E no relatório tem que constar que ela desobedeceu, mas que o suspeito que perseguiu foi a chave para a resolução do caso.
O rookie Diaz foi um bom coadjuvante tanto pra Nash quanto na conversa com a Gail, mas espero que ele se desenvolva mais, que criem algum conflito ou fato interessante para ele. O Epstein se deu melhor já que conseguiu o acordo com o traficante, mas também participou pouco no episódio.
Voltando ao início, que cena foi aquela da McNally invadindo o apartamento do pai e ele caído! Deu um certo sustinho. Apesar desse problema causar constrangimento para ela, é super coerente mostrar os problemas de policiais aposentados, como o abuso do álcool. Séries são ficcionais, mas contribuem para percebemos certas realidades que estão nas ruas todos os dias, mas não paramos para pensar.
Quanto ao caso da menina, imagina o quão frustrante é você tentar ajudar uma vítima de abuso e não conseguir? O problema maior é que esses casos são tão corriqueiros, principalmente porque não é fácil você assumir que está sofrendo abuso e decidir que não merece isso. A personagem foi bem construída e mostra bem o retrato de muitas vítimas.
Quase simpatizei com a Gail nesse episódio, ela deu uns cortes na Andy, é mais fria e mais grossa, mas não é tão segura de si assim. Esse orgulho todo que demonstra parece ser mais pelo peso do nome, sendo o pai e a mãe policiais condecorados, do que por se achar o máximo. Ainda acho que teremos algumas surpresas com a personagem. Parênteses para um comentário: perceberam que aquele batom vermelho que ela usa, tá sempre perfeito e depois dela em ação parece que fica mais forte? Me irrita um pouco, assim como personagens que acordam com o cabelo e a maquilagem perfeitos, fica tão artificial.
Ainda me pergunto porque usam tanto os rookies em operações tão importantes quanto a do traficante de armas. A participação dos veteranos foi bem de apoio e um pouco de conflito. E a cena final desse episódio nos deixa na expectativa se a Andy vai se envolver com o Luke ou se devemos considerar o olhar do Swarek suspeito. E vocês já tem um preferido pra ela?