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Rookie Blue – 3×10 Cold Comforts

Por: em 17 de agosto de 2012

Rookie Blue – 3×10 Cold Comforts

Por: em

   I’m going to be reminded that his death meant something and that he died for something important

Não sei se começo essa review pedindo desculpas. O fato é que semana passada eu descrevi o episódio Out of Time como o melhor da série e não pensei que poderia ser surpreendida novamente. A questão é que Rookie Blue nos entregou dois episódios memoráveis, e conseguiu ser tão fiel a realidade que fez com que fosse fácil esquecer que tudo se tratava de apenas um programa de tv.

Era muito óbvio para todos que assistiram ao episódio passado que a morte do Jerry traria muitas mudanças para a história. É natural que quando alguém morre ocorram reflexões, lamentações e muitas incertezas. O que acontece é que nunca estamos preparados para uma perda, mesmo quando ela é evidente  – o que não era o caso. E o luto é um processo complicado, longo e como retratado magnificamente, ele não é o mesmo para todo mundo.

Começar com a cena do cemitério deu aquele ar de realidade para o acontecimento, e me trouxe as primeiras lágrimas da noite. Sem Gail, com um Sam distante e o abatimento de todos presentes, ficava difícil imaginar como cada um lidaria com o que estava por vir. Não existem palavras que conseguem descrever a dor de perder alguém, e o fato de não terem apostado em discursos de auto-ajuda ou frases feitas fez com que eu apreciasse ainda mais esses 40 minutos. As pessoas simplesmente continuam suas vidas, e para alguns aquele dia vai se  tornar apenas uma lembrança distante, e o Oliver citou isso perfeitamente.

Oliver roubou a cena e indiscutivelmente teve uma grande atuação. A muito tempo acho que o personagem não é tão bem aproveitado – o que mudou um pouco nessa 3ª temporada-, e esse episódio só comprovou o que eu já tinha por certo. Matt Gordon é um ótimo ator, e suas cenas no bar, tentando entender o por que da morte do amigo foram palpáveis. Muitos podem ter o achado louco por fingir que Jerry estava sentando ao seu lado e que beberia o Whiskey, mas só quem já perdeu alguém próximo sabe o quanto isso é completamente normal e aceitável. E a amizade dele com a Noelle? Mesmo com toda carga dramática da trama, os dois conseguiram uma delicadeza e sensibilidade de encher os olhos.

A vida segue, e a limpeza da mesa do Detetive Barber demonstra bem isso. Ninguém quer ficar com a responsabilidade de retirar os itens pessoais de alguém que morreu, mas o Dov apesar do que muitos acham, tem uma coragem impressionante e se encarrega de fazer o serviço “sujo” com o melhor amigo. Mesmo com o tom de brincadeira, o fato dos dois conversarem sobre a situação e sobre a possibilidade ou fato de isso um dia acontecer com um deles, foi muito bonito. A amizade dos dois sempre é um assunto recorrente da história e teria sido uma pena que tivessem perdido isso devido a um triângulo amoroso.

Sem surpresa nenhuma pra mim, Gail entra em um processo de culpa devido a morte do Jerry, e pela primeira vez eu realmente comprei seu drama. A história repetida de pobre-menina-rica me cansava um pouco, mas a personalidade da personagem acabava sempre me puxando de volta. Apesar de não serem tão próximas, ver a Traci superando sua dor para ajudar a amiga também foi emocionante. O que me pareceu, é que pelo menos por enquanto o Colin é o escolhido e o resto é só uma questão de espera. Será que o fato de ter passado por uma guerra, vai fazer com que seja mais fácil para ele entender pelo que ela está passando? Reafirmo minha torcida pelo Diaz e fico no aguardo.

O relacionamento da Andy e do Sam não vinha muito bem das pernas, e uma separação não me cai como uma surpresa. Eu sinto como se os roteiristas só estivessem esperando realmente um grande impacto para dizerem – Essa atitude é compreensível e os fãs entenderão. Acontece que eu gostava muito do Luke com a Andy, e a relação que eles nutriam fazia tanto sentido na época que foi dificil aceitar que um dia ela ficaria com o Sam. Não sei se essa é a intenção, mais talvez a 4ª temporada se aprofunde nos problemas pessoais que o Swarek possui – afinal, ninguem é simplesmente fechado sem motivo -, para que então eles possam entregar um casal perfeito para a série.

Com certeza o maior sofrimento era o da Traci. Depois de terem detalhado tanto os planos do casamento, vê-la tentando aceitar a realidade foi difícil. Durante essa semana não encontrei ninguém que acreditasse que a previsão do vidente realmente acontecesse, e fica fácil entender por que  alguns ainda estão em choque.Faca com pedido de casamento, citações de musica do Coldplay, entre tantas outras coisas, ficarão marcadas na memória desse casal que conquistou os fãs da série.

Na verdade esse 10º episódio foi uma completa homenagem para um personagem querido e que fará muita falta, portanto as tramas secundarias me pareceram apenas mais uma forma de demonstrar o quão honrado Jerry era, sendo capaz de conquistar prostitutas e bandidos. R.I.P. Jerry Barber.

“Thank you for coming. I’ll make it short so we can get to the partying, but who am I kidding, some of you are already drunk, Oliver. I am the luckiest man alive. I don’t just have good friends. I have great friends. Noelle, thanks for helping me make the playlist for this little shindig. I gotta be honest though, when you weren’t looking I did sneak the Macarena back on there. Ollie, you know you’re my brother. I can only hope I am half the husband you are, and when the time comes half the dad…Sammy, the best man, no truer words were ever spoken. I trust you with my life because no matter what happens, I know you will always have my back. I love you man. And to my beautiful wife Traci… you aren’t just part of my life, you are my life. You have taken this simple man and made him a king. Until the day I die you will always hold the key to my hear” 

A promo do episódio The Rules 

E vocês, o que acharam do episódio?  Ansiosos para o final que se aproxima?

Espero os comentários e até semana que vem!


Priscilla Evans

Campinas / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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