“Thomas lived”
O epitáfio de Thomas fechou o episódio e é com ele que abro essa review. Cathy decidiu viver. Isso nós já sabemos desde o começo da série, mas, agora, ela sabe que não há mais chance de cura, e, por isso, antes de mais nada, Cathy quer viver o suficiente para ter em seu epitáfio a mesma frase de Thomas. Será uma jornada que estou ansioso para assistir. Assim como nesse episódio, tenho certeza que vou me emocionar muito, ainda mais do que nas três primeiras já emocionantes temporadas da série.
A terceira temporada deixou muitos fãs descontentes, muito por causa de sua season finale, em que Cathy conhece Angel, um pescador porto-riquenho. Eu gostei do recurso que a série utilizou para agradar os fãs que não gostaram do episódio. Cathy na verdade passou mal ou algo parecido e sonhou que havia conhecido Angel. Esse recurso não soou forçado porque não é a primeira vez que coisas do tipo acontecem em The Big C. Pelo contrário, Marlene aparece bastante, e não podemos reclamar disso, certo? Talvez os roteiristas já haviam decidido antes mesmo do episódio ir ao ar que Angel seria apenas mais uma alucinação. Enfim, eu gostei.
Alan Alda voltou a emprestar seu talento à série para interpretar o médico de Cathy. Eu nunca gostei muito do personagem. Na primeira vez em que ele apareceu na série, então, não consegui sequer suportá-lo, mas, aos poucos, fomos compreendendo o personagem. Discretamente, a série levanta a questão tão comentada sobre o tratamento que os médicos dão ao seus pacientes, algumas vezes confiurando quase de um descaso. Não acho que este seja o caso. Ele de fato não dá grande atenção para Cathy, mas ele já provou que conhece o caso dela e está fazendo sim tudo que pode para ajudá-la. Quando o vi na cadeira de quimioterapia, senti imensa pena dele. Nem mesmo um médico especialista em câncer pode fazer com que uma pessoa não venha a ter um dia a doença. É uma perspectiva realista e não feliz, assim como a proposta da série.
O que vocês acharam da terapeuta de Cathy? Por enquanto não vi grandes pontos positivos nas cenas entre as duas. A terapeuta levantou alguns pontos interessantes, mas espero que nos próximos episódios ela consiga fazer Cathy, e nós também, refletir mais. Ser mais profunda em seus conselhos. Acredito que essa trama pode agregar bons momentos a esses episódios finais. Faltam só mais três, afinal. Fico triste com essa contagem regressiva, pois não gostaria que o fim da série e da própria Cathy chegasse tão cedo. Mas, enfim, acho que prefiro assim, ao menos a série terminará nos seus tempos de glória e poderá planejar um grande final, coisa que eu tenho certeza que acontecerá, considerando os rumos que esse primeiro episódio apresentou.
Eu sempre gostei de Andrea. Quando aquela menina acusou ela de roubo, enquanto fumava maconha, fiquei torcendo para Andrea dar um chute na bunda dela pra bem longe dali. Não sei muito bem o que estão tramando para essa personagem. Sei que provavelmente no próximo episódio um estilista entrará na trama e ajudará Andrea a seguir sua carreira. Apesar de gostar dela, gostaria que a temporada focasse ainda mais em Cathy, como aconteceu nesse episódio e já acontece praticamente desde o começo da série. A questão é que Andrea se tornou parte da família e Cathy, assim como com os outros, quer que ela fiquei bem quando Cathy não estará mais viva.
Não sei de quem fiquei com mais raiva nesse episódio: a colega de quarto de Andrea, a assistente de Paul ou a diretora da escola. Sobre a segunda, espero que ela não dure muito na série e nem venha a se tornar um interesse amoroso de Paul. Vibrei quando Cathy comeu a comida dela e ainda mais na conversinha entre duas. Cathy colocou a garota em seu devido lugar. Quase o mesmo aconteceu na escola. Que diretora bem insuportável, hein? O discurso da nossa protagonista foi dos monólgos mais bonitos da série. Sem dúvida, ela inspirou muitos dos alunos daquela escola, coisa que eu considero ser a função principal de um professor.
Só eu acho que a tutora que Cathy contratou para ajudar Adam será uma possível namorada? Tenho quase certeza que sim e fico feliz, pois numa primeira impressão gostei da menina. Falando em Adam, dá para se dizer que ele dividiu o episódio com Cathy. A cena final dos fogos de artifício e da entregue de presentes na garagem foi a melhor do episódio, e também uma das melhores da série. Me lembrou imensamente a fantástica season finale da primeira temporada, quando Adam descobre a garagem. Aquela cena me deixou desnorteado por um bom tempo, da mesma forma que estou agora. Se antes Adam apenas havia descoberto que a mãe tinha câncer, agora Cathy contou para ele que vai parar com a quimioterapia, ou seja, praticamente disse para ele que irá morrer em alguns meses. A cena foi de uma sensibilidade sem tamanho. Com certeza lembrarei desse diálogo por um longo tempo.
Como é bom quando uma de nossas séries prediletas volta com um episódio excelente. Estava com imensa saudade da série e, apesar de estar triste antecipadamente pelo fim da série, estou contente pela imensa qualidade desse episódio e por saber que teremos ainda mais três devastadores episódios pela frente. Estou preparado para chorar um bocado. Espero que vocês me acompanhem nessa jornada, de preferência deixando comentário, certo?
