Esse episódio me deixou aflito por inúmeros motivos, mas acho que essa temporada, apesar de apresentar um ritmo mais lento e dramático (que eu adoro!), está conseguindo convencer a todos nós, fãs de The Big C, que a morte de Cathy é o caminho natural para o fim da série. Diria até que muito me revoltaria se Darlene Hunt inventasse uma maneira de Cathy sobreviver ao câncer. Não estou preparado para ver isso acontecer, nem tampouco queria que a série terminasse, mas estou feliz que tudo está se encaminhando para um final digno.

Quando Cathy tomou a decisão de que queria passar seus últimos dias numa casa de repouso, imediatamente me irritei com a personagem, assim como já aconteceu tantas outras vezes. Fico pensando se alguma vez já amei uma protagonista que consegue me irritar tão frequentemente. Mas foi só depois que entendi o motivo dela não querer morrer em casa, que não deixa de ter lógica: Adam lembraria para sempre da casa como o local em que sua mãe morreu. O mais divertido dessa ida para a casa de repouso foi a ida, propriamente dita. Cathy no volante é das coisas mais perigosas e engraçadas que já vi. Essa cena do carro será mais uma das cenas de The Big C que ficará presa na minha memória por algum tempo.

Quem roubou a cena nesse episódio foi Adam, que protagonizou, junto com Cathy, as cenas mais comoventes. Além do momento no carro, me emocionei imensamente com a árvore de fotos tão mística da série presa no teto do novo quarto de Cathy. Muito linda a forma que Adam encontrou para confortar um pouco a mãe, deixando-a mais à vontade naquele ambiente. Sinto falta de um diálogo mais profundo entre os dois, um em que Cathy não seja a única falando. Porém, já me convenci de que isso provavelmente não irá acontecer. A série nunca apostou no melodramático, pelo contrário, as atitudes de Adam sempre foram aqueles típicas de jovens da idade dele.

Mesmo assim, dá para se dizer que este foi um dos episódios mais melancólicos da série, também pudera, o fim está o mais próximo que poderia estar, e as decisões e posições precisam ser tomadas. Fiquei imensamente chocado com a discussão e briga de Adam e Paul. Tão assustado e igualmente contente com a cena, devido à realidade pela qual ambos estão passando e que foi muito bem trabalhada nesse conflito. É muito difícil conviver num ambiente como esse, e nem Paul, e principalmente Adam, tem personalidades passivas a ponto de suportarem tudo sem estourar.

O pico do episódio foi o desfile. Andrea vem me conquistando nessa temporada e quando vi Cathy entrando na passarela, e a felicidade de Adam e de todos os outros, não me segurei. Por um momento pensei que Cathy desmaiaria ali mesmo, mas fiquei feliz por não estragarem cena tão linda. Aquele momento foi de cortar o coração de qualquer um e, mais uma vez, me vi às lágrimas assistindo um episódio de The Big C.

Como se tudo isso já não fosse suficiente, o episódio ainda termina com Bethania caminhando em direção à cama de Cathy. Palmas para Laura Linney que deu show nesse momento, assim como em toda a série, diga-se de passagem. Estou ainda mais ansioso para a series finale, preparando meu estoque de lenços. Principalmente considerando uma das frases mais importantes do episódio, que sem dúvida prevê um pouco do que nos aguarda no próximo episódio:

“Eu não estou pronta para morrer.”