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The Good Wife – 4×06 The Art of War e 4×07 Anatomy of a Joke

Por: em 18 de novembro de 2012

The Good Wife – 4×06 The Art of War e 4×07 Anatomy of a Joke

Por: em

Vejo muita gente criticando essa temporada da série, não por estar apresentando episódios realmente ruins, mas por serem abaixo da média. Realmente, este provavelmente é o pior início de temporada que a série já apresentou, mas isso não indica que será para sempre assim.

Estes dois episódios do qual se trata a review, The Art of War e Anatomy of a Joke, já foram melhores que os anteriores, motivado muito principalmente pelo carisma das “protagonistas” do caso da semana. A primeira, Laura, uma militar que procura Alicia, através da juíza Kuhn, já nossa conhecida. Ela alega ter sofrido uma tentativa de estupro de um colega militar. O problema da questão é a tal imunidade que os soldados e todos os militares tem enquanto servem o país na guerra.

Foi aí que eu me revoltei. Poxa, imunidade vale para um estupro? Sem dúvida aí entram várias discussões doutrinárias que justificam essa abrangência do “benefício”, mas isso não me impede de ficar revoltado. Entendo que um soldado não deve ser acusado ou julgado por matar um inimigo que sem dúvida lhe mataria, caso ele próprio não o fizesse, mas aí o dito cujo tentar estuprar uma colega e receber imunidade é demais pra mim. Casos como esse mostram que o direito tem muito para evoluir ainda.

Já a protagonista do caso da semana do outro episódio foi Therese, uma figura completamente oposta à Laura, mas que igualmente trouxe ótimos momentos e não deixou o episódio, quando focado no caso, cair de qualidade. Aliás, preciso dizer que adorei a interpretação de Christina Ricci. Lembro da participação dela Grey’s Anatomy, há muito tempo atrás, e já havia gostado, mas acredito que ela se saiu muito bem e pode inclusive abocanhar uma indicação ao Emmy do ano que vem. Este ano, por exemplo, Martha Plimpton venceu na categoria de atriz convidada por The Good Wife também interpretando uma personagem com viés cômico.

Therese e seus peitos, assim como sempre foi característica da série, serviram de base para a exploração dos personagens principais e suas tramas. Por exemplo, fomos apresentados ao pai de Cary. Esse personagem sempre foi muito querido pelos fãs, e eu gosto dele também (apesar de achar o ator bem fraquinho), e, portanto, ver que ele anda finalmente recebendo mais destaque é bastante positivo. Além de ser o queridinho de Clarke, o que provavelmente ainda renderá muito, ele agora tem uma história. Não sabíamos praticamente nada do passado dele, e conhecer esse pai amargo e sem coração só nos fez gostar ainda mais de Cary. Sinceramente, ninguém merece alguém assim como o pai, e a forma como ele tentou usar o filho me deu náusea.

Tivemos também, em Anatomy of a Joke, a volta do ator vencedor do Oscar, F. Murray Abraham, vivendo Preston, o advogado que representa a emissora que está processando Therese. Quero destacá-lo porque aproveitarei o gancho para falar de Clarke. O conselheiro que está tentando salvar a Lockhart & Gardner tinha a minha simpatia, mas infelizmente, neste episódio, ele a perdeu. Tentar vender a firma é demais, ora. Claro que seria diferente ver um novo dono comandando tudo, mas Will e principalmente Diane são a alma da firma e merecem conseguir o renascimento do escritório sem precisar vendê-lo. Achei legal a participação de David Lee, que nunca me agradou muito, mesmo eu gostando de sua ironia e sarcasmo.

Agora que comentei sobre os casos da semana, acho que me resta fazer algumas pequenas observações sobre os personagens, tomando como base o texto que escrevi sobre os cinco primeiros episódios da série, que, com a exibição desses dois, pude chegar a algumas conclusões que ainda não eram possíveis sem eles.

Maddie era minha principal incógnita, nunca confiei nela, mas estava achando mesmo que ela estava procurando uma amizade verdadeira com Alicia. A revelação de sua real intenção foi um pouco chocante, pois ela parecia ter um discurso mais “paz e amor” e não gostar de jogo sujo, mas eis que ela é a maior das adeptas dessa tática. Além de aproximar-se de Alicia por puro interesse, foi ela também a responsável pela história de Indira Starr e a marca em forma da bandeira do Brasil no pênis de Peter. Eu gosto da ideia de uma mulher candidata, Wendy Scott-Car nunca me convenceu, e ela parece ter mais força e estar mais disposta a conseguir seus objetivos, mesmo que tenha que jogar ainda mais sujo, mas a personagem não tem minha simpatia.

Ainda não entendi exatamente o que estão fazendo com Jackie. Primeiro ela tem um derrame, depois faz discursos aloprados, depois vê insetos que ninguém vê e depois é obrigada a ficar sob cuidados de um enfermeiro. Os roteiristas, sem dúvida, tem algo arquitetado. Acredito tratar-se de uma demência, mas não vejo como isso pode ser interessante para a série.

Já Kalinda, pobre coitada, não teve qualquer destaque nesses dois episódios. Me parece que resolveram dar um tempo para sua trama, já que ela não agradou nem um pouco os fãs. Porém, posso estar enganado, já que as gravações podem ter ocorrido faz tempo. A questão é: não convenceu. Esse marido não parece tão perigoso assim a ponto de fazê-la mudar de nome, acho que tem algo por aí que ainda não sabemos e, apesar de tudo, estou curioso para saber onde isso vai parar.

Agora, por fim, e não menos importante, aliás, mais importante que tudo, quero e preciso falar de Alicia. Acho que agora é definitivo: a boa esposa se foi. Eu até tinhas esperanças que ela voltaria aos seus primórdios, mas isso não era exatamente o que eu queria e nem tão pouco o razoável. É ótimo, afinal, quando os personagens crescem com o passar das temporadas e isso se torna nítido para nós. Por exemplo, só eu notei que Grace e Zach praticamente sumiram da série? Claro, eles eram o que faziam de Alicia uma mulher humana, com princípios inabaláveis, e deixar de mostrá-los é uma maneira de mostrar a nós, telespectadores, que ela não é mais a mesma. Me surpreendi, e foi quando caiu realmente a ficha, quando Alicia liga para Peter solicitando gentilmente que ele consiga um emprego para Laura. Sabe, isso não tem nada de grave, nem tão pouco é uma atitude que não seja comum, mas Alicia, lá do início da série, não faria isso, e essa Alicia de hoje fez, sem consciência pesada nem nada. Ela mudou, e ponto final. Ou melhor: ponto e vírgula, porque acredito que ela ainda tem muito para evoluir.

Então, pessoal, queria pedir desculpas pela review dupla e pela demora em postar. Hoje de noite sai novo episódio e a partir daí nossa colega Bruna estará assumindo as reviews e provavelmente postará com mais rapidez que eu. Adorei comentar sobre a série, mas infelizmente o tempo está corrido e não poderei mais fazer as reviews, porém, tenho certeza que estarei bem substituído.

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Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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