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The Pillars of the Earth 1×03 – Redemption

Por: em 11 de agosto de 2010

The Pillars of the Earth 1×03 – Redemption

Por: em

O 3º episódio da minissérie tratou basicamente dos percalços passados pelo padre Philip para alcançar a construção da nova catedral de Kingsbridge, mas também trouxe o fechamento da história do Conde Bartholomew e o início da vingança de Aliena e Richard, que é um dos motes principais do livro.

O início do episódio nos “brindou” com aquelas cenas que não podem faltar em nenhuma produção que trate da Idade Média: execuções de penas para o delírio de um público de ignorantes e famintos, que vêem na desgraça alheia um alívio para a sua própria. Era apenas em meio à violência de uma decapitação por traição ou um decepamento por roubo que o povinho miserável tinha a chance de sentir-se mais afortunado ou superior a alguém. E a coisa virava festa, com direito a show de saltimbancos e aplausos eufóricos em meio a espirros de sangue.

Pobre Conde Bartholomew, tão digno e tão honrado, morrer desta forma, com os filhos e os Hamleigh na platéia ainda. Mas foi a sua morte que agora servirá de combustível para a vingança de Aliena, que em apenas um episódio já enfrentou o Rei, ameaçou padre de morte, começou um empreendimento para recuperar o dinheiro, contou ao Philip o quanto ele foi besta confiando nos Hamleigh e ainda fez cara de nojo para William, o filhinho da mamãe.

Se a história continuar sendo tão bem adaptada, podem anotar aí: Aliena não será bem umas das “mocinhas” mais nobres, mas com certeza das mais fortes e interessantes que verão na TV.

Já a luta do padre Philip passou por dois estágios.

O primeiro foi conseguir o material para a construção da catedral, coisa que estava sendo dificultada por William, certamente com um dedinho de Waleran. Vimos que o padre deixou sua ingenuidade puritana de lado e usou seus monges para convencer um povo supersticioso ao extremo de que Deus estava com ele na construção da Igreja, numa cena até bem pensada, mas com um CGI de matar de inveja qualquer diretor de efeitos visuais de filme B.

O segundo foi angariar mão-de-obra para a construção, e já que o dinheiro andava escasso, não poderia mais contar com os favorezinhos amigos do bispo Waleran – que agora está em sua cruzada pessoal contra Philip – e prometer um futuro melhor e mais próspero para a comunidade não adiantou, o padre foi de promoção relâmpago mesmo. 3 por 1: pão, ceva e absolvição dos pecados em troca de um dia de trabalho. Resultado: canteiro de obras lotado de trabalhadores.

Agora sem zoeira, foi um passo importante para o desenvolvimento da história vermos Philip abrindo mão de ideais que ele considera sagrados ou usando a fé dos outros como objeto de barganha. É a única moeda de troca que ele possui e seu propósito é fazer com que Kingsbridge prospere. Muito melhor do que contar com gente da laia de Waleran ou dos Hamleigh.

Falando nos Hamleigh, a velha tarada apareceu mais uma vez numa cena para não deixar dúvida alguma que ela é o cérebro por trás de toda a ganância e prepotência da família. Filho e marido são todos metidos a valentões e espertalhões, mas não passam de marionetes dela.

E para fechar os 50 minutos com chave de ouro: a cara de bunda do bispo Waleran quando se deu conta de que o Rei adorou o que estava vendo em Kingsbridge. E para arrematar mesmo, Rei Stephan dando piti e tendo um piripaque, rolando no chão e se babando todo, em frente a todo o povo da paróquia, quando descobre que Maude venceu mais uma batalha.

Corra para as montanhas, Stephan! E que a Rainha Maude venha com tudo!


Iraia

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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