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The Pillars oh the Earth 1×07/1×08 – New Beginnings/The Work Of Angels (Series Finale)

Por: em 2 de setembro de 2010

The Pillars oh the Earth 1×07/1×08 – New Beginnings/The Work Of Angels (Series Finale)

Por: em

Antes de comentar os dois últimos episódios da minissérie, preciso falar que a Starz está realmente acertando a mão em suas produções. Spartacus: Blood and Sand fez bonito e já ganhou fãs que esperam avidamente pela 2ª temporada e agora The Pillars of the Earth mostrou que a summer season pode trazer a boa surpresa de um drama denso, com excelente elenco e caracterização caprichada. Palmas à Starz. E quando World Without End, o livro de Ken Follett que conta a história de Kingsbridge 200 anos após a construção da catedral, for adaptado e for ao ar na summer season de 2011, não perderei por nada.

Dito isso, acho que tudo o que esperávamos aconteceu nestes dois últimos episódios.

Vimos Philip ser tentado por Waleran, que tentou fazer com que o padre passasse para o seu lado. Felizmente Philip não cedeu e tivemos uma espécie de redenção do personagem, que andava meio mala, obrigando Jack a virar monge e tal.

Jack, em suas andanças pela França, enfim aprendeu geometria e virou um Mestre Construtor, reecontrou-se com Aliena, deu o nome de Tom – o único pai que conheceu – ao seu filho, conheceu a família de seu pai biológico, voltou à Kingsbridge com uma santa chorona (que, aliás, era uma escultura da própria mulher e do filho) e conseguiu finalmente que as obras da catedral recomeçassem.

Depois de ouvir de seus parentes a história de seu pai, Jack desconfia que ele sabia algo sobre o naufrágio do White Ship e por isso acabou morto, e Ellen conta ao filho quem foram os três homens que sentenciaram o Jack Senior: Prior James, Percy Hamleigh e ele mesmo, Waleran – que estava A CARA do Gabriel Byrne naquele close.

Numa trama desesperada para mais uma vez tentar acabar com Kingsbridge, William tenta invadir e destruir o povoado, again, mas o povo estava preparado porque a pobre Elizabeth (essa entrou na história só para sofrer mesmo) contou os planos de William e da sogra a Philip. Com o ataque malfadado, o guri teve um chilique e acabou matando a doida da mãe. Família de homicidas incestuosos doidos do caramba!

Passam-se 10 anos e Richard finalmente consegue a permissão do Rei Stephan para reaver seu título e o castelo de Shiring, com o “pequeno” porém que ele, sem um tostão, precisa levantar um pequenos exército para invadir o castelo e tirar William de lá. Aí Elizabeth mais uma vez entra em cena: encontrada por Aliena após levar mais uma coça do marido, ela se propõe a ajudar os homens de Richard a invadir o castelo. Foi bom ver Richard retomando o que era seu por direito e vingando-se de Walter. E atentem para o fato de o livro e a minissérie tentarem uma visão realista da coisa, porque mesmo os nossos “heróis”, aqueles pelos quais torcíamos, cometeram atrocidades em nome de seus propósitos. Richard, por exemplo, deixou que a irmã se casasse com Alfred, matou meio mundo nas Cruzadas em nome de Stephan e foi cruel com Gloucester para reaver seu patrimônio. E com Stephan, Maud e Henry nós constatamos que não há sentimentos lá muito nobres na nobreza. Quando vimos o jovem Henry matar o primo no campo de batalha, aliás, isso ficou claríssimo. O desejo de reaver ou manter o poder é o que move as classes mais altas.

Mais uma vez tivemos um pequeno bloco de cenas cruzadas, recurso também usado no primeiro episódio, com Elizabeth contando a triste história do seu casamento à Aliena e Remigius contando sobre seu amor proibido à Ellen. E como pode né? Remigius desde o início da história era um daqueles personagens asquerosos, mas que não chegam a despertar a nossa ira justamente por serem marionetes. Aí chega no último episódio e conseguem fazer com que a gente acabe gostando do cara. Mais um ponto para a adaptação do John Pielmeier.

No final das contas, em sua última tentativa de acabar com Jack, Waleran acaba fazendo com que Alfred se ferisse com um punhal envenenado, deixando a culpa cair nos ombros de Jack, que é condenado à forca e acaba sendo salvo pela pessoa mais inesperada: Remigius guardou a carta que Jack Senior escreveu e prova o envolvimento dos Hamleigh e de Waleran no naufrágio do barco em que estava o príncipe herdeiro e no assassinato dele e da esposa. O que leva o povo a enforcar William e a perseguir Waleran, que prefere se atirar do alto da catedral a aceitar a ajuda de Jack e ser julgado. O Rei Usurpador acaba enlouquecendo de vez e os outros grandes vilões acabam morrendo, mas o bispo ainda teve um tempinho para dar uma cuspida na cara do Philip.

E a história termina com a catedral finalmente apta a ser usada para as missas, mas não pronta. Porque,como disse o já velho Prior Philip:

“uma catedral não se limita a pedras ou estátuas, nem mesmo a um local para a oração. Ela é uma criação contínua. Uma bela obra que, queira Deus, nunca acabará.”

Por fim, aquela catedral que aparece no final do episódio numa cidade da Inglaterra do tempo atual não é a catedral do livro. Para quem se interessar, há informações no site oficial do autor, no site da Catedral de Salisbury (com uma galeria enorme de fotos das gravações) e pode-se notar por algumas fotos da Catedral de Wells que ela também deve ter sido usada em algumas tomadas.

Como ler também é uma das minhas paixões, indico a quem curtiu a minissérie que leia o livro Os Pilares da Terra. São 2 volumes extensos, mas que valem cada vírgula. E as histórias de vários personagens são bem diferentes das que vimos na minissérie. Inclusive os destinos finais de vários personagens são bem diferentes nos livros. E, a quem interessar, o livro também virou jogo de tabuleiro há algum tempo.


Iraia

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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