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The Voice – 3×12: The Battle Rounds, part 3

Por: em 18 de outubro de 2012

The Voice – 3×12: The Battle Rounds, part 3

Por: em

              O bom da música é que quando ela te atinge você não sente dor – Bob Marley

Uma semana recheada de surpresas. Algumas boas, outras nem tanto, mas o que importa é que o programa continua nos surpreendendo e mantendo suas características. Depois de ter acompanhado as duas primeiras temporadas, não tenho dúvidas de que essa 3ª edição é superior em todos os quesitos. A qualidade dos candidatos beira o absurdo, e o novo formato do programa permite que uma disputa mais acirrada – e talvez mais justa -, aconteça por lá.

A questão é que apesar de todo o sucesso, nenhum dos dois vencedores emplacou na mídia. Favoritos ficaram pelo caminho, e fica fácil questionar se algo na fórmula está errado. Confiante como nunca estive, acredito que esse seja o ano da consolidação do show, e de um verdadeiro merecedor do título do The Voice.


Só o Blake mesmo para juntar dois artistas tão diferentes com uma música da Gloria Estefan. Ás vezes fica fácil confundir confiança com arrogância, e confesso que ainda não me decidi sobre a Terisa Griffin. Todos aqueles questionamentos feitos durante a Blind Auditions podem ter sido engraçados, mas acabaram irritando até mesmo os coaches – e principalmente a Christina que até desistiu de tê-la no time. Acho que apesar de ter talento, quando você chega aos 42 anos e não conseguiu fazer sucesso, abaixar a cabeça para escutar alguns conselhos faz muito bem. Me irritei muito novamente com tantas perguntas, e até mesmo com aquele drama de que – Você quer se livrar de mim. Tudo bem que eu pensaria em algo assim, mas não acredito que tenha sido premeditado pelo Blake. Alias, a música era até mais complicada para o Julio,só que ela não enxergou isso. Mesmo quando as apresentações fogem totalmente do meu gosto pessoal, até agora não encontrei nenhuma que não tenha sido pelo menos divertida. E Conga foi exatamente isso. Não mostrou nenhum favorito a vencedor, mas fez todo mundo sorrir – eu aposto que sim. Não esperava que Blake Shelton tivesse a coragem de escolher o Julio Castilho, mas fui surpreendida. Só que quando Cee Lo apertou o botão para “roubar” a Teresa, meu queixo caiu no chão. Fiquei totalmente sem entender o motivo dele ter gastando uma vaga sua com ela, e acho que foi uma péssima decisão. Parece que ele gosta de lidar com sua mãe/irmã/ex-mulher em uma pessoa só, vai entender.

                                   “For the first time on this show I’m speechless”


Eu não sei o que não deu certo aqui. Todas as vezes – várias – que assisti a apresentação do Dez Duron com a Paulina, fiquei com a sensação de que alguma coisa não funcionou. Podem ter sido as vozes diferentes, ou a afinação, mas o fato é que essa versão de Just the Way You Are não me explodiu a cabeça. O Dez realmente tinha me surpreendido na sua audição, muito por ter sido totalmente diferente da do ano passado. A voz dele me pareceu tão suave,e gostosa de se ouvir, que criei expectativas demais. Do outro lado estava uma coitada que foi rejeitada pela edição do programa, e que apesar do timbre único, não prometia muita coisa. Adorei a personalidade dela, e seu estilo tão peculiar, mas como disse no começo, algo aqui não encaixou direito. Dez pecou na dicção das palavras, e Paulina fez muitas caras e bocas – ultrapassando o ponto, e forçando um pouquinho demais. Dentro os dois, acho que ficava claro que ele seria escolhido. Mas tenho certeza que ele vai penar na próxima etapa.

                                     “but both performances were inconsistent”


Minha primeira alegria com essa batalha foi a escolha da música. Bon Jovi é clássico, e You Give Love a Bad Name é sempre uma ótima pedida. Tenho absoluta certeza que ninguém imaginava o que estava por vir. Primeiro por que a forma como o programa foi construído – escolhendo favoritos -, fez com que automaticamente pensássemos que Sam não tinha chance alguma contra Benji. O segundo twist da noite, foi ver que esses dois cantores mereciam uma oportunidade, e que se o steal não acontecesse,seria realmente uma pena . Ficou muito claro durante os ensaios, que o Adam estava incomodado com a postura do Benji. Eu particularmente entendo os dois lados. A marca registrada do Benji são seus gritos espetaculares, e com certeza é isso que o torna tão especial. Porém, o Adam é um artista experiente e de sucesso, que sabe muito bem o seu estilo, e o que quer para seu time – e para um futuro vencedor.  O conflito de “interesses” já estava armado, e bastava o Sam não estragar tudo, para ter mais uma oportunidade. Fiquei apaixonada pela apresentação, e acho que cada um deles com suas particularidades, foram perfeitos. Christina em sua fase amiga, disse que o Sam tem uma voz que lembra a do Adam – algo que ela tinha dito para o Benji na blind audition – e eu comecei a pensar se tenho alguma problema auditivo. Apesar de ter uma voz muito bonita e “limpa”, não consigo ver essas semelhanças. De qualquer forma, ele ganhou uma segunda oportunidade, e o Benji com certeza não dormiu naquela noite. Sem dúvidas, estamos diante de um coache que não tem medo de tomar decisões difíceis.

     “Benji, you have one of the best screams I have ever heard. You scream like a bat out of hell”


Rob Thomas disse tudo. A música tem a capacidade de te transportar, te emocionar, e isso é o que a torna tão grandiosa. Não consigo imaginar que existe uma pessoa sequer no mundo, que ache que seja possível viver sem ela. Eu não consigo! Cada um com seu gosto, estilo, preferências – chame do que quiser -, a questão é ter a capacidade de ouvir algo que te toque no nível mais profundo e que te faça encontrar sentido na vida. Música pra mim é isso, e essa apresentação foi um presente dos céus. As vozes do Nicholas David e do Todd Kessler parecem que foram feitas para cantarem juntas, e essa amizade que os uniu fez todo o sentido. Essa versão de She’s Gone do Hall & Oates ficou melhor do que a original, e não me canso de escuta-la. Nick tinha me conquistado na blind audition cantando uma das minhas músicas favoritas, e meu único medo é de que o público não esteja preparado pra ele. Acho que apesar de não ser “comercial”, é necessários termos mais artistas tão peculiares como ele na mídia. Quero muito ver o que ele é capaz de fazer daqui pra frente, e vou continuar torcendo com todas as minhas forças para que a audiência se livre de alguns preconceitos que vemos normalmente nesse tipo de programa. Se chama The Voice, é isso que deve contar no final! Apesar de ter feito um ótimo trabalho, Todd acabou competindo com alguém do alto escalão, e isso acabou pesando. Tomara que o fator religioso conte alguns pontos para o Nicholas, como bem apontado pelo Blake.

                                     “You look like Jesus, people like that”

Não me lembro de ter sofrido tanto com as Battle Rounds como agora. Não consigo me colocar no lugar desses coaches ultimamente, por que na maioria das apresentações que vi até agora, eu tive dúvidas. É difícil escolher uma pessoa, se a outra também te agrada, e sabendo que existem apenas 2 lugares para o Steal, meu coração tem ficado pequeninho após o fim de cada apresentação. Lelia Broussard também foi uma daquelas que não tivemos o prazer de ver cantando a música inteira durante as audições, e depois de ouvi-la, fiquei mais indignada com isso. A música realmente ajudou e isso se deve a uma ótima decisão de Blake SheltonDog Days Are Over encaixou perfeitamente nos timbres, mas se eu fosse obrigada a ficar com alguém no meu time, eu apostaria na Lelia. Achei bem particular aquele falseto, e apesar da Suzanna ser muito boa, o 1% de diferença me prendeu do outro lado. Só que eles tem uma opinião profissional sobre isso – que não bate com a minha – e tive que dar adeus a mais uma candidata querida. Tenho certeza que se Suzanna não fosse escolhida, Adamzinho apertaria seu botão.

                    “I should have beaten his ass into the ground and taken you away”


Quando no decorrer do programa, anunciavam essa como a grande apresentação da noite, eu não entendia muito bem o por que. As duas apesar de terem ido bem nas audições, não eram nem de longe favoritas do público – digo isso pelo que tenho lido desde o inicio da temporada. Só que tudo pode acontecer por ali, e fico feliz pela duas terem passado da 1ª fase e terem tido a oportunidade de se apresentarem novamente. Foi além do esperado, e muito mais. Realmente foi uma ótima escolha a Christina as ter colocado juntas, com essa música poderosa –Best Thing I Never Had– da Beyoncé. Concordo com o Blake que em termos de gosto pessoal, o sorriso da Joselyn me conquistou um pouco mais. Melhor ainda foi ver a Xtina escolher a Sylvia Yacoub e permitir que o Steal realmente acontecesse nesse episódio. O Carson se empolgou como sempre, e os dois charmosos usaram seus armamentos. Eu escolheria o Adam mesmo que ele não apertasse o botão, e acho que a Joselyn também. Ótima escolha pro time, e dessa vez parece que as garotas irão dominar o reino do Levine.

“it’s odd he didn’t believe in you during the blind auditions. I find that odd and insulting a little bit”

ps: Sem mais Steal para o time do Adam. E olha que tem muita gente pela frente…uma pena!

Alguma apresentação deixou vocês de queixo caido? E os times, qual é o favorito até o momento?

Comentem, e nos vemos no próximo!

 


Priscilla Evans

Campinas / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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