A música é o tipo de arte mais perfeita – Oscar Wilde
Só com muitos abraços para superar essa semana
A demora na review tem um motivo e vou explicar para vocês. Como faço todas as terças e quartas, fui cedinho até o canal do The Voice no youtube para ver as performances do dia anterior. Mesmo assistindo o episódio um dia depois dele ir ao ar, não consigo conter a ansiedade e sempre dou essa espiadinha. Mesmo cruzando os dedos, eu sabia que o programa continuaria a seguir o padrão de fazer aquele combo ridículo de batalhas, só que eles se superaram muto dessa vez. Fiquei perplexa ao perceber que haviam cortado simplesmente as apresentações de Cassadee Pope, Joe Kirkland e Brian Scartocci. Fiquei com muita raiva por algo que só posso classificar como uma grande palhaçada. Passei o resto da semana tentando administrar esse sentimento, e me forçando a assistir os episódios – só que não foi fácil.
Não trata-se apenas de preferências musicais, ou de quem eu escolhi como meu queridinho – a Pope na verdade é querida de todos -, mas sim da falta de respeito com o telespectador. A partir do momento que o programa não tem estrutura para apresentar com qualidade os 64 participantes, corte então esse número pela metade e faça um show do nível que o público merece. Estou longe de reclamar dos artistas, já que essa temporada, como disse anteriormente, tem uma qualidade absurda. Me refiro sim, a edição que conseguiu com que alguns erros tomassem um efeito dominó, sendo capaz de estragar algo que beirava a perfeição.
Com exceção da semana de estréia, tivemos sempre 2 episódios com 1h30 minutos e 40 minutos respectivamente. De repente nos colocaram 2 episódios de 40 minutos, mostrando um péssimo aproveitamento de tempo. Eu sofri muito com essa última semana de Battle Rounds,e já peço desculpas antecipadas pelas críticas que se seguirão. O conceito do programa é incrível, diferente de tudo que estávamos acostumados a ver, temos grandes artistas, e apresentações memoráveis, mas se você não souber como conduzir tudo isso, o fracasso pode bater na porta – mais rápido do que pensamos. Adianta ter o time dos sonhos e não saber escalá-lo?
Mas vamos ao que interessa então…as últimas batalhas.
Acho que é meio automático comparar as apresentações com a versão original da música. Eu sempre faço isso, não importa se trata-se de um reality show, ou de Glee. Não necessariamente temos que ter uma cópia requintada, para estarmos diante de uma grande performance. E esse foi um bom exemplo. O Adam Lambert tem uma voz espetacular, e um agudo que ainda fazem muitos questionarem o motivo dele não ter sido o vencedor da 8ª edição do American Idol. E a Alexis Marceaux e o Daniel Rosa possuem vozes bem diferentes disso,e seguiram um outro caminho – só que no bom sentido. Adorei a junção dos dois, e Whataya Want from Me ficou especial com esses timbres tão peculiares. Apesar de adorar o que o Daniel faz com a voz, me surpreendi muito com a Alexis. Foi como uma inversão de papéis da Blind Auditions, e me pegou totalmente de surpresa. Nem contesto que a personalidade dele, faz com que seja muito difícil não escolhe-lo,só que os problemas de confiança o tornam uma escolha arriscada. Achei a Alexis mais consistente e pronta, e não esperava que o Cee Lo tomasse a decisão de manda-la pra casa. De qualquer jeito, ele ainda é um querido e tem uma voz deliciosa de se ouvir, ou seja, não será perda de tempo. Primeiro momento fofura da noite com Cee Lo o abraçando.
“I think he’s going to go pass out”
A primeira coisa que tenho pra comentar sobre essa batalha, refere-se aos ensaios. Fiquei emocionada com o carinho e a preocupação do Adam e da Mary J. Blige com eles. Esses artistas consagrados vêem a história deles passarem como um filme, lembrando das oportunidades que tiveram e que muitos nunca vão ter. É claro que pra eles, o The Voice também é um marketing para a carreira, mas eu consigo perceber algo além disso. Fora a competição e a exposição, vemos eles querendo realmente ajudar essas pessoas talentosas a realizarem seus sonhos, e acho isso muito bonito. A apresentação pra mim foi uma tortura pelo seguinte motivo: O Team Adam é muito bom! Metade dos participantes escolhidos por ele, já deveria estar na próxima fase sem passar pela battle rounds e o Brandon Mahone e a Nicole Nelson são uma prova disso. Escolha mais do que perfeita com Ain’t No Mountain High Enough, e não tenho nenhum ponto negativo para dizer sobre a apresentação. Tudo esteve no lugar, as vozes se encaixaram, e os dois mostraram suas qualidades como artistas – grandes artistas. Só que como era a semana do terror no programa, veio o 2º erro da noite. Adam escolheu Nicole, deixando Brandon livre para Blake e Christina. E o que aconteceu? Nenhum deles foi capaz de apertar aquele maldito botão – desculpem a revolta. Qual é o problema desses dois? A Terisa Griffin recebeu uma segunda chance, e o Brandon foi descartado como qualquer um, e isso me deixou inconformada. Vou continuar afirmando que o Adam Levine é o melhor coache do programa, já que é capaz de sair de sua zona de conforto para dar uma chance para grandes artistas, coisa que tá difícil de ver na Christina e em seu time de divas pop. Momento fofura 2ª parte com o abraço do Adam no Brandon.
“You both made me very happy”
O causador de todo mal-estar está resumido em um vídeo de apenas 1 minuto e 15 segundos. Representando o Team Adam tivemos Brian Scartocci vs. Loren Allred – que eu nem sabia quem era -, cantando Need You Now do Lady Antebellum. Contrariando a minha primeira aposta, Brian foi eliminado e não sei se consigo opinar sobre isso. Nos 14 segundos que nos permitiram ouvir, a voz da Loren pareceu mais evidente, mas vai saber. Depois tivemos a participante mais aguardada do programa Cassadee Pope, cantando com Ryan Jirovec vulgo Who? -,a música Not Over You do Gavin DeGraw – um dos meus cantores favoritos. Sem surpresas pra mim, Pope foi a escolhida, o que não diminuiu minha revolta por não vê-la cantando por mais de 10 segundos. Para encerrar com chave de ouro – ou não-, tivemos Samuel Mouton vs. Joe Kirkland cantando You Get What You Give do New Radicals, e deixando meu coração um pouco mais despedaçado. Havia gostado dos dois na blind auditions, e fiquei triste de ver o Samuel indo embora.
Depois do não Steal para o Brandon, confesso que fiquei meio irritada com a Christina. Portanto minha paciência não estava lá muito boa para assistir mais uma apresentação de mini-aguilera’s. Não tenho nada contra a cantoras pop, e acho a Christina sensacional e talentosíssima. Só que gostaria de ver algo que fugisse do óbvio, do que ela sempre faz. Parece que ela está procurando uma substituta, e não apenas um grande talento – seja ele do estilo que for. É claro que foi uma boa batalha, e sem dúvida alguma as duas sabem cantar. Mas por que elas são mais importantes que outros participantes? Fiquei com essa pergunta me martelando o tempo todo, e provavelmente isso tenha feito com que não aproveitasse muito a cantoria. Não sou muito fã de gritos tomando conta de tudo, e Free Your Mind não me trouxe nada de especial ou novo. Fiquei impressionada sim, pela voz da MarissaAnn e por ela ter apenas 15 anos de idade. Devyn DeLoera foi a aposta da Xtina, e o Blake acabou com seus steals ao trazer a MarissaAnn para seu time. Vai entender qual é o critério deles.
“Marissa Ann, because you’re fifteen, that blows me away”
Quando dizem que a Christina tem uma paixão pela Katy Perry, fica difícil não acreditar. Todo mundo que cantava suas músicas, ganhava uma cadeira virada da Xtina, e claro que ela faria uma homenagem durante as batalhas. Outras duas cantoras parecidíssimas se enfrentando, e já fiquei entendiada. Havia gostado da Adriana e achado a Jordan estranha, e essa apresentação mudou tudo. Me pareceu que o tom da Jordan encaixou melhor nessa versão de Hot n Cold. Só que a Adriana Louise é mais completa e pronta para o que está por vir. Na verdade ninguém do time da Christina me empolga, e me faz imaginar que ela ganhará o programa. A ex-artista da disney deu adeus ao sonho de manter o sucesso.
“Jordan has a break in her voice during the runs. I’ve never heard anything like that”
Duas desconhecidas do público foram escolhidas para essa batalha. Parece que o programa estava tentando compensar aquela escolha de “favoritos” durante a blind audition, e resolveu nos mostrar essas apresentações em específico. O problema nunca foi esse na verdade. A questão é que o programa deveria exibir TODAS as batalhas. Fiquei feliz e surpresa com a vozes da Kelly Crapa e da Michaela Paige. Foi uma boa apresentação, cada uma com seu estilo conseguiu criar uma grande versão de I Hate Myself for Loving You da Joan Jett & The Blackhearts. Não acho que houve uma grande surpresa com a decisão do Blake, já que a Michaela realmente acabou se destacando um pouco mais. Será que isso será o suficiente na próxima fase?
“It was kind of like a musical pillow fight”
Uau! Não vou dizer que foi minha apresentação favorita, mas foi incrível. Logo na primeira vez que ouvi Titanium do David Guetta com a Sia, ela já entrou para minha lista de favoritas de todos os tempos. Vivo cantarolando e procurando covers dela pela internet. Prefiro versões mais lentas, com voz e violão, mas mesmo assim fiquei estarrecida com o que o Avery Wilson e a Chevonne fizeram. Impossível não reconhecer o poder da voz do Avery, ainda mais com a sua idade. Só que o que falta pra mim é empatia. Não consigo me imaginar torcendo pra ele, apesar de sentir que ainda vamos ver muito dele no programa. A Chevonne tinha me conquistado na primeira etapa, e apesar de não achar que foi uma apresentação perfeita, vimos novamente sua presença de palco, e suas características tão peculiares. O último Steal da noite aconteceu, já que a Christina era obrigada a completar seu time. Talvez se a situação fosse outra…
“Chevonne your stage presence is amazing”
Mais uma fase que se acaba, com bons e maus momentos. Semana que vem começam as Knockouts, e já estou uma pilha de nervos. O negócio promete ser tenso e pegar fogo. Quer dar uma olhada? Uma prévia do que vem por ai…
Ainda empolgados com o programa? E seus favoritos continuam na disputa? Fiquem a vontade para comentarem.
Até a semana que vem!
