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Weeds – 7×03 Game-Played

Por: em 18 de julho de 2011

Weeds – 7×03 Game-Played

Por: em

Weeds pode até não estar em sua melhor temporada, mas Mary-Louise Parker continua perfeita no papel de Nancy. Até mesmo quando está vestida de palhaça. Impossível não rir dos modelitos que entregam para ela episódio após episódio. O dessa semana só não superou o do 7×02 – From Trauma Cometh Something, porque aquele azul berrante é tão horroroso que dificilmente farão um figurino pior. Sem falar que eu gosto muito de ver a nossa MILF favorita, agora mal vestida, passeando com a sua malinha cheia de explosivos sem perder a pose. Só ela consegue ser graciosa mesmo correndo o risco de explodir a qualquer momento.

Antes de continuar, quero esclarecer que escrevo esta review de Weeds em caráter especial. O Caio, autor responsável pela série, precisou se ausentar e eu me candidatei para cobri-lo enquanto for preciso. Entre as produções em exibição atualmente, Weeds é, de longe, a minha favorita. Sou um dos grandes defensores da série. Concordo que as duas primeiras temporadas são imbatíveis, mas nem por isso excluo os méritos das temporadas seguintes. Gosto da forma como a série se renova, tanto é que eu considero a 6ª temporada melhor que as três anteriores. Sendo assim, posso dizer, basicamente, que é um prazer escrever sobre Nancy e Cia, mesmo que a 7ª temporada não esteja assim tão perfeita.

O primeiro episódio foi morno, um tanto perdido, mas agora que Nancy encontrou os filhos parece que o trem está de volta aos trilhos. Com Shane a relação é mais, digamos, simples, pois ele é grato por ela ter sido presa no lugar dele. Já com Silas a situação é diferente. Nós bem sabemos que Nancy sempre ferrou com ele, mesmo que não tenha agido de propósito, fato que ficou mais evidente no ano anterior, quando o rapaz tem a chance de passar alguns dias na faculdade e perceber que é aquilo que ele gostaria de estar fazendo, ao invés de fugir pelo país na tentativa de acobertar o irmão. Não digo que ele poderia ser brilhante, mas entre os Botwins, Silas era o que demonstrava mais potencial para uma vida normal, estudando, trabalhando, sendo jovem, bebendo, namorando, sofrendo de amor… Sendo alguém de verdade.

Agora, resta-lhe chantagear a mãe lhe obrigando a ceder parte do dinheiro que conseguir com a venda da maconha. Sim, pois de que vale o título da série se não há maconha para traficar? A cena entre ele e Nancy foi o ponto alto, talvez porque eu esperasse por esse momento desde a premiere da temporada e também porque reencontros são, na maioria das vezes, interessantes, ainda mais quando existe tanto a se falar. E fora todo o drama familiar, Silas embarcou na carreira de modelo “topo quase todos os tipo e serviço”. Ele é humilde, sabe que precisa começar de baixo, mas não a ponto de ser humilhado e quase sufocar dentro daquele balão.

Além da interação Nancy-Silas, destaco também a conversa entre ela e sua responsável (aquela índia – perdão, mas não me recordo o nome – que é chefe do conselheiro Ed). Gostei de ver Nancy desabafando, falando sobre seu filho e o quanto gostaria de recuperá-lo. A irmã dela, mais (me perdoem o comentário a seguir) feia, acabada e mal comida do que nunca, praticamente barra qualquer tentativa de contato entre mãe e filho. Filho este que nem ao menos sabe que Nancy é sua mãe. E em momentos de drama como este, em uma conversa sincera, uma das primeiras deste ano, é que a gente percebe o quando Parker é excelente. Ela está rindo, fingindo não se importar, mentindo, fazendo cara de quem não sabe de nada, mas na hora certa se entrega e deixa toda a carga dramática da personagem encher a tela. Por essas e outras que eu fico indignado quando saem as listas de indicados ao Emmy sem a sua presença.

Para variar, Nancy ainda se enrosca ao irmão de Zoya, como nós já esperávamos. E fica o Andy com cara de idiota, porque no fundo gosta dela. Já a viu com vários homens e nunca chegou a sua hora. E eu espero que não chegue nunca (ele é engraçado, gente boa, mas babacão demais para ela). Até agora, não assisti uma cena sequer com ele em destaque que tenha valido muito a pena. A pior delas, com certeza, foi aquela balela sobre criar um novo país. Em uma série curtinha como Weeds, passagens tolas como esta são dispensáveis. E mais dispensável ainda é o Doug que, por favor, alguém me explica o que ainda está fazendo na série? Eu não ligo a mínima para ele e duvido que alguém realmente se importe.

Então, se alguém me perguntar agora o que estou achando da sétima temporada de Weeds responderei que estou satisfeito. Está genial como antigamente? Não, não está. Mas semanalmente faço questão de dedicar 27 minutos a série. Estou na torcida por um desfecho favorável, ainda mais com a possibilidade deste ser o último ano da série. Por enquanto, tem valido a pena.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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