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White Collar – 2×11 Forging Bonds

Por: em 29 de janeiro de 2011

White Collar – 2×11 Forging Bonds

Por: em

Desde que esse episódio foi exibido, na terça dia 25, passaram a surgir vários comentários na minha timeline do twitter sobre ele ser o melhor da série até aqui. Isso elevou minhas expectativas (que, quando se trata de White Collar, já são altas) ao extremo. E não me decepcionei um minuto sequer. Não sei se foi o melhor apresentado pelo seriado (gosto tanto dele que não consigo escolher um único episódio como the best), mas sem dúvida alguma se encontra no ranking dos melhores. Foi incrível da primeira a última cena, soube fugir da zona de conforto da série e, de quebra, nos apresentou em flashback o que ainda não sabíamos e sempre almejamos saber (pelo menos eu) sobre Neal, Kate, Peter e o homem por trás de tudo que anda acontecendo na série – Vincent Adler.

Eu, particularmente, adoro episódios que seguem esse tipo de narrativa. Em séries como White Collar, cujo passado foi o principal ponto norteador do presente, eles se fazem necessários. Não esperava que a série fizesse um ainda nessa temporada, mas achei ótimo que optaram por esse caminho. O pior erro que alguns seriados costumam cometer ao apresentar capítulos dessa maneira é se perder durante a intercalação entre passado-presente. No caso de Forging Bonds, que apresentava DOIS passados distintos – mas que, de certa forma, tinha lá sua ligação – , o risco era ainda maior. Felizmente, tudo se encaixou perfeitamente, sem momentos chatos, sem furos e sem qualquer momento de tédio.

Como bom golpista que Neal é, eu já esperava que houvesse alguma coisa suja na história dele e de Adler. O que eu não imaginava é que isso também estava ligado ao modo como o Neal conheceu o Mozzie, a Alex, a Kate e ao aparecimento da caixa de música. O Vincent Adler praticamente virou a vida do Caffrey de cabeça pra baixo. O personagem é misterioso do começo ao fim; não sabemos se desde o começo ele desconfiava que Nick Halden era Neal Caffrey ou se ele descobriu só depois que o cara queria lhe dar um golpe. Golpe esse que virou contra Neal. Não sabemos também pra onde o Adler foi, o que ele quer… A única coisa que a gente sabe é que o cara é malandro. Desapareceu deixando não só o Neal e a Kate comendo poeira, mas também a polícia. Fiquei muito curioso pra saber como ele fez tudo isso, onde ele tá agora e principalmente qual a motivação que ele tem. Não acredito que ele possa estar fazendo tudo isso só pra se vingar do Caffrey. Tem coisa bem maior nessa história.

Foi bem bacana também ver como a relação de Neal e Mozzie se iniciou. Não imaginava que o Moz era quem tinha, digamos assim, “moldado” o Neal. Foi ele quem convenceu o Neal a dar seu primeiro grande golpe (que, na verdade, nem certo deu) e apontou o Adler como vítima. Se os caminhos dos dois nunca tivessem se cruzado naquele truque de mágica, talvez hoje o Neal não ostentaria toda essa fama de golpista e falsificador. Sempre me pareceu que havia sido o contrário; que Neal tinha puxado o Moz para o lado dos golpes. Ponto pra série em fugir do que – ao menos pra mim – parecia ser o óbvio. Bem legal também como, desde o começo, os dois desenvolveram uma ótima relação. E o Mozzie de peruca é uma coisa fantástica, né?

É interessante observar que desde o início da história, a famigerada caixa de música já é um ponto chave. Foi ela que levou a Alex a procurar o Adler e investigá-lo. E uma das minhas suspeitas foram confirmadas por esse flashback: Neal e Alex já tiveram um caso rápido. Toda aquela tensão que existia entre os dois não poderia mesmo ser gratuita. A química entre eles é ótima e eu gosto muito da Alex. Espero ver a garota de volta na série em breve. E tô muito curioso pra saber porque ela procura a caixa há 8 anos. Tudo parte dessa coisa. Tudo leva a ela. O final do episódio deixou claro (ou mais ou menos claro) porque ela é tão importante. Mas eu falo disso mais adiante.

Seguindo a mesma linha de Mozzie e Alex, o episódio também nos trouxe o passado de Peter. Eu fui o único que não conseguiu controlar o riso ao ver o bigode que o cara usava oito anos atrás? Mas deixando isso de lado, adorei vê-lo no começo da carreira, montando a divisão do Colarinho Branco e conhecendo o Jones e a Diana. O primeiro encontro com o Neal foi do jeito que eu imaginava: Caffrey enganando Burke. Quem diria que, anos depois, os dois construiriam a relação de amizade que eles construíram. Adorei ver como o desejo de Peter em prender Neal foi se desenvolvendo aos poucos e também ver a Elizabeth recém-casada. Mesmo com uma única cena aqui, a personagem consegue brilhar. Me arrisco a dizer que poucas séries têm personagens secundários tão bons quanto White Collar.

E, como já era esperado, a Kate SEMPRE foi o calcanhar de Aquiles do Neal. Seu ponto fraco; sua hesitação. Foi o que sentia por ela que quase o fez voltar atrás na tentativa de dar um golpe no Adler; mesmo sentimento que o levou a prisão, pelas mãos do Peter . Quem já odiava a garota, acho que só tende a odiar ainda mais depois do que esse episódio mostrou. Eu, particularmente, não tenho nada contra. Gosto da personagem e acho que essa influência absurda que ela (ou a simples memória dela, no caso do presente) exerce no Neal é um dos principais pontos em que a série se apóia. Gostei bastante de ver o modo como eles se conheceram, se apaixonaram e passaram a aplicar golpes. E, acho que devo ser um dos poucos, mas gosto da química entre eles.

Então aquele desenho bizarro que o código da music box formou é um fractal. Achei a reviravolta interessante e tô bastante curioso pra saber qual a posição que o aparelho indica. E que coisa é essa que ele aponta. Como o Peter e o Neal colocaram, certamente é algo grande. Algo que moveu todos os movimentos da série até aqui, que matou a Kate e quase matou o Mozzie. Não faço ideia do que possa ser, porque é tão valioso assim e porque a Alex estaria atrás disso. Acho que tudo que dá pra fazer agora é esperar.

Eu confio nos roteiristas da série. E mal posso esperar para ver o encontro de Peter e Neal com Vincent Adler e para descobrir o que a frequência do fractal indica.

PS: James Bond. Muito muito bom.



Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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