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Riverdale – 1×02 Chapter Two: a Touch of Evil

Por: em 5 de fevereiro de 2017

Riverdale – 1×02 Chapter Two: a Touch of Evil

Por: em

Que alívio poder falar que Riverdale continua boa em seu segundo episódio.

Eu sou esse tipo de pessoa que se entrega. Na semana passada, depois de assistir ao piloto, eu já estava gostando muito dos personagens, da trilha sonora, de ter novamente uma série teen decente nas minhas mãos. Mas eu não queria me machucar e depois ter que me contentar com um episódio medíocre logo em seguida. Pois bem, agora podemos admitir que isso não aconteceu. E melhor: tivemos um desenvolvimento ainda mais interessante que o da primeira semana, o que acalentou meu coração e me fez respirar aliviado. Podemos sim gostar de Riverdale.

Apesar do mote principal da série girar em torno do assassinato do gêmeo Blossom, há muito mais ali para ser explorado e isso já começa a aparecer. Um dos desenvolvimentos mais interessantes, de muito longe, é a maneira que o relacionamento de Veronica e Betty cresce de uma maneira tão diferente do que estamos acostumados. Fazia muito tempo que a gente não via uma amizade entre jovens mulheres, que querem o bem da outra, sem se tornar uma relação destrutiva em algum momento. E é isso que Riverdale constrói tão bem. Apesar daquela rixa inicial, o roteiro parece não insistir em uma inimizade entre as duas – pelo contrário, as coloca como amigas logo no segundo episódio, encerrando inclusive um drama de Betty que poderia se tornar muito chato.

E claro que não estamos falando que Betty não pode sofrer por tomar um toco. Gente, quem sou eu na noite para falar isso? Bota o fone de ouvido, ouve música indie no último volume e deixa a bad tomar conta. Agora esse lance de procurar culpados é cilada. Archie gosta dela de outra maneira. Ponto, não há nada que ela possa fazer para mudar isso. Não foi a chegada de Veronica que mudou alguma coisa, é simplesmente algo que ele não sente. Ela tem duas escolhas: seguir em frente com uma amizade ou ignorar aquelas pessoas para ser mais fácil. Fico feliz da série percorrer o primeiro caminho e mostrar que temos que deixar o “mimo” de lado quando algo foge do que queremos. É a vida, deixa fluir – gente aquele papo de meninas antes dos caras me deu uma nostalgia de One Tree Hill que vocês não tem noção.

Finalmente vimos um pouco mais de Jughead e que baita personagem interessante, não? A interação entre ele e Archie no piloto é muito estranha, o que deixa no ar algum problema do passado entre os dois. Mesmo que a gente não saiba ao certo o que aconteceu, a aproximação que este segundo episódio mostra é bem bacana. Todo o lance de Jug ser quem traz Archie de volta para o eixo, fortalece muito a pegada da série ser construída em cima de amizades. A cena dos dois se reconciliando, por sinal, já é uma das minhas preferidas de tão massa que foi. Pena que nosso menino Archie está perdidinho nas mãos daquela professora que claramente só pensa em si – ou alguém achou que ela realmente se importa com aquele relacionamento?

Cara, ela é uma professora que transou com o aluno dentro do carro no meio da cidade. E vejam, o único problema que tenho com a frase anterior é a parte dela ser professora de Archie. Ela claramente tem medo do que o caso pode significar para ela e sua profissão, fazendo com que mantenha o garoto iludido. Todo esse lance deles terem ouvido o tiro me colocou a pulga atrás da orelha. Não acho que Cheryl foi a culpada, seria óbvio demais. Então aposto minhas fichas na professora mesmo. Pensem comigo: ela pode ter planejado tudo desde o princípio: conquistar Archie, fazer com que ele se apaixonasse por ela, criar um álibi para a hora do suposto assassinato e sair como inocente. Blossom morreu uma semana depois, mostrando que existem diversas coisas escondidas nesse meio tempo. Então aquele tiro não passou de uma encenação para convencer alguém – talvez, Archie?

Alguém mais tem um pouco de medo da Cheryl? Eu nunca sei se ela está prestes a beijar a boca da pessoa ou matá-la durante as cenas. A sequência na casa de Betty é bem da assustadora e nada me tira da cabeça que rolava uma relação incestuosa entre ela e o irmão – aqueles olhares que eles trocam antes do passeio de barco é muito estranho. Cheryl é uma personagem complexa. Esconde sua verdadeira personalidade por trás de uma muralha de frieza – o que, talvez, comecemos a ver ruir depois da sua prisão no final do episódio, que me deixou bem surpreso, diga-se de passagem, porque achei que iam prender o Jughead.

Enquanto tudo que podemos fazer é especular, as expectativas crescem. As críticas estão sendo tão positivas que a CW já veicula as propagandas da série como “new hit series“. Estou bem ansioso para saber como estão os números dela na Netflix, o que talvez seja o fator determinante pela renovação. Só sei que já me apeguei e agora tenho que ir procurar os atores todos no instagram para seguir, além de começar a torcer loucamente até que a emissora renove e eu possa dormir tranquilo novamente. Espia o vídeo promocional do próximo episódio e comenta com a gente o que achou dessa segunda semana de Riverdale!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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