“Being attacked by a psychopath is not bonding!”
Nesta semana Scream decidiu focar no dilema enfrentado pela Audrey e apresentar algumas novas camadas para a personagem. Em um momento inicial, é interessante notar o contraponto feito com a primeira temporada: Enquanto ano passado Emma era o centro das atenções, agora a Audrey é o principal alvo da brincadeira de gato e rato feita pelo assassino. No geral, o contextos das situações são totalmente diferentes e esse é outro ponto positivo. Ao invés de manter a mesma fórmula como nos filmes, o seriado decidiu alterar alguns elementos para evitar uma narrativa cansativa, pois infelizmente nem sempre as ideias do cinema conseguem ser bem sucedidas no formato televisivo.
Assim, a escolha da série em ocultar os assassinatos de todos os personagens, exceto da Audrey, era uma decisão arriscada que poderia resultar em uma história feita apenas para enrolar o público. Entretanto, estão conseguindo intercalar muito bem o jogo psicológico feito com ela – que, sem dúvidas, a transformou em uma personagem muito mais interessante – com os mistérios e novos personagens. A mudança de foco está evitando a saturação da imagem da protagonista, que depois de tantos acontecimentos merecia um tempinho de folga.
Audrey, por sua vez, está revelando o tipo de pessoa que realmente é. Ela estava disposta a bater no Noah, desacordá-lo e fazer sabe Deus o quê a fim de evitar que ele visse a gravação do depósito. Claro que nessa situação ela deve presumir que ninguém acreditaria em uma suposta inocência, mas Noah é o seu melhor amigo e com certeza ela deveria pensar em uma solução melhor do que simplesmente agredir o coitado por conta de um vídeo. Este pode ser um indício de que a Audrey possui o dedo mais podre do que o imaginado, quem sabe até tendo envolvimento direto com um dos assassinatos da temporada passada, mas, no fim, não consigo acreditar tanto nessa teoria, até porque o assassino está utilizando de alguns elementos para incriminar a Audrey ao invés de expor as coisas do passado.
Outro ponto importante foi o retorno do Mr. Branson. Ele até conseguia ser interessante anteriormente, mas agora eu não consigo ver nenhum propósito para sua presença. Espero que os roteiristas tenham feito alguma história diferente do que simplesmente torná-lo suspeito mais uma vez. Aliás, falando em suspeitas, a voz do Branson no telefone é igualzinha à do assassino né? Provavelmente é um detalhe irrelevante, mas não consegui deixar passar em branco.
O ponto alto da semana ficou por conta do assassino. O humor sádico demonstrado por ele nesse episódio foi um tanto divertido de acompanhar e as cenas no quarto de hotel foram ótimas. A forma como o Ghostface matou Eddie foi uma das mais brutais e reveladoras da série, o que realmente mostra a temporada mais “violenta” que prometida antes da estreia. Será que o assassinato do moço ocorreu devido às “provas” que ele tinha ou simplesmente foi para manipular a Audrey? De qualquer forma, ela está novamente ferrada ao ter o sangue dele espalhado pelo seu carro. O círculo está lentamente se fechando e a casa da Audrey está prestes a cair… Estão todos preparados?
–
Observações:
-Kevin estava bebendo enquanto o assassinato do Eddie ocorria, então será que já podemos riscá-lo da lista de suspeitos?
-Kieran esteve ausente em grande parte do episódio e, sinceramente, nem fez falta.
-Uma menina morta estava enviando emails e o xerife decide abafar o caso? Bizarro… Aliás, a revelação de que ele também teve algum envolvimento com o passado da Brandon James é mais um dos inúmeros indícios de que existe algo a mais na história de Lakewood.
-Dessa vez, o título do episódio fez referência ao filme Vacancy (“Temos Vagas”), de 2007. Enquanto isso, na parte do cinema citaram “Killer Klowns From Outer Space”, um dos meus filmes trash favoritos, e é por isso que eu adoro essa série!
