Até o momento, já deu para perceber que o humor de Selfie é tão leve que nem mesmo é suficiente para arrancar muitas risadas de seus seguidores. Mas com certeza garante um belo sorriso. Como muitos comentam, as ideias por trás dos episódios são muito boas, diferente da execução, que acaba sendo um tanto fraca. Não é a toa que não vem conseguindo alcançar números razoáveis para se manter na briga pela audiência. Essa semana, A Little Yelp From My Friends marcou apenas 1.0 na demo, com pouco mais de 3,4 milhões de telespectadores.
O que eu acho mais legal na série é que, apesar do foco ser na relação da Eliza com o mundo virtual e suas tentativas para driblar a inabilidade social, ela mostra bem mais que isso. Há sempre o lado oposto balanceando a situação e provando que todos os extremos podem causar certo tipo de prejuízo na vida das pessoas. Da mesma forma que ficar grudado no celular o tempo todo limita a convivência harmônica com os outros ao redor, ser sociável demais também leva a momentos desconfortáveis – principalmente porque pessoas como o Henry têm dificuldade de dizer “não” para os outros. Sim, é um ponto muito grande para a série!
O que nos leva ao plot do Henry. Foi realmente engraçada a história do Larry. O cara faz flash mobs para tudo, como se não houvesse amanhã. Como será que ele não reparou o desprezo de sua mulher diante de tudo isso? No primeiro deve até ter sido legal, mas a partir do terceiro já é passar da conta. Por isso a pobre Nancy ficou conhecida como “angry Flashmob woman” e todos os vídeos capturando essas surpresas especiais foram nomeados com #fail. Ainda bem que ele aprendeu que, às vezes ,”o menos é mais”.
Enquanto isso, a Eliza se empenha em cumprir a nova tarefa que Henry passou. Mais uma vez, uma difícil missão para a garota, já que ela precisa fazer o possível e o impossível para se aproximar da colega de trabalho com quem teve sérios desentendimentos (afinal, com comida dos outros não se brinca). Por não saber nada da vida de Joan, ela descobre muito no Yelp da colega – que é gente como a gente e adora uma review. Fiquei com dó quando descobriram a farsa de Eliza. Coitada, ela estava cheia de boas intenções e ainda salvou Scott daqueles aparentemente deliciosos salgadinhos com orégano.
Por último, está sendo muito interessante o modo como a série consegue retratar a relação entre a dificuldade de se socializar e o vício nas redes sociais. No caso de Eliza, é claramente explicado o motivo: ela se fechou na “bolha” devido ao passado butt em que não tinha ninguém para chama de amigo. Assim, ela encontrou no celular uma distração de todo esse sofrimento. O Henry na vida dela tem sido mais que um guru do marketing – ele é o amigo que ela nunca teve. Foi extremamente fofa a cena em que ele pede licença para se juntar a ela em seu “recanto de refeição”.
Alguns destaques:
– Você percebe o quanto a série evoluiu do piloto até aqui quando os figurinistas conseguem te fazer duvidar se os “cabelos de Ariel” da Eliza são de verdade ou não. Finalmente acertaram na peruca! E ainda falando nela… Achei um tanto deselegante a maneira como ela come. Você pode ser excluída num cantinho na hora do lanche sem se prestar a uma situação totalmente estranha.
– Não poderia deixar de mencionar aqui… o que foi aquela aula de dança? A Joan, sempre séria, detonando na coreografia, enquanto a Eliza tentava acompanhar a turma, mostrando todo seu espírito. Simplesmente hilário.
– O presidente da empresa tem o dom de deixar o Henry constrangido, isso é tão engraçado!
– “I don’t think that I can even finish this… I can” – super me identifiquei com o marido da Joan. Comer também é um bom remédio para esquecer os choques da vida, amigo.
Eliza: When a friendship is real, you can feel it. And no disrespect to Channing Tatum, but probably doesn’t need to be rated on a scale of 1 to 10. Maybe we didn’t suck at office friendships after all.
Agora quero saber de vocês o que acharam do episódio. Venham comentar comigo!
