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Sense8 – 2×05 Fear never fixed Anything

Por: em 6 de maio de 2017

Sense8 – 2×05 Fear never fixed Anything

Por: em

Fear never fixed anything trouxe respostas, novas perguntas e um momento catártico ao som de What’s Up. O que mais um fã de Sense8 pode querer, não é mesmo?

Desde quando a questão da água apareceu no núcleo de Capheus como um problema político, ficou claro que em algum momento o personagem acabaria envolvido em uma candidatura. Finalmente o convite foi oficialmente feito, embora imediatamente recusado. Há inúmeras razões para ele se manter longe da política: o histórico familiar, o risco de se expor publicamente, o perigo de se tornar adversário de figurões que não tem medo de eliminar quem se coloca no caminho e a própria natureza inocente de Capheus. Os representantes do partido dizem que a corrupção é endêmica, e ainda assim acreditam que um líder é suficiente para mudar a realidade. O tema certamente vai se desenvolver mais ao longo da temporada, até porque Capheus precisa ter uma trama própria como todos os outros, só me pergunto se Sense8 tem bagagem suficiente para retratar um cenário político queniano (ainda que fictício) de forma convincente, no meio de tanta coisa acontecendo.

Sun precisava de um pouco de paz para se preparar para a guerra que planeja contra seu irmão, e a última coisa que lhe restou, que ela pode vagamente chamar de lar, era a casa de seu antigo mestre. Depois de passar por tantos traumas e se envolver em tantas lutas – dela mesma e dos outros – foi bom ver a coreana em momentos de felicidade, acolhimento e lembranças do seu passado. Inclusive do seu primeiro encontro com o detetive. Interessante como, para Sun, ele foi apenas mais um dos adversários que ela derrotou, mas para ele, Sun se tornou uma figura tão marcante que o faz acreditar em sua inocência e se colocar à disposição para ajuda-la no que puder.

Nomi e Amanita começam a se cansar da vida de fugitivas e, com a ajuda de Bug e sua rede de contatos, encontram uma brecha para acabar com todos os registros da hacker e torna-la invisível para a polícia. Foi uma solução bem simplória, mas que pelo tom divertido e meio absurdo que a série deu, acabou ficando aceitável. Alguns dos maiores trunfos de Sense8 são justamente esses momentos em que eles se mostram como são: entretenimento. Uma chave mágica entregue em um cinema por um cara com a máscara do Fawkes durante um filme do Lito cheio de sangue fake jorrando e a plateia toda aplaudindo não é algo para que a gente acredite que é real. É pra divertir, fechar pontas, ajudar Lito durante a sua crise existencial a ver uma luz no fim do túnel e fazer a trama de Nomi fluir com mais naturalidade.

Coragem e confiança têm sido duas âncoras dessa temporada. Se no ano passado tudo era estranhamento – para os personagens e para o público – agora o universo de Sense8 está se expandindo, e eles precisam  encarar os próprios medos, ampliar a sua rede de apoio e se conectarem com outras pessoas fora da bolha para atacar, em vez de apenas correrem quando o perigo se aproxima. Riley foi imprudente ao se expor, mas a rave foi uma imprudência extremamente necessária naquele momento. E no fim das contas tudo deu certo, ela atraiu outros sensates, conseguiu mais uma vez deixar o Suspiros comendo poeira (ou jatos de água) e os desdobramentos disso podem ser positivos na busca deles pela verdade.

Algumas observações:

– A torta de climão no almoço de família da Kala foi mais interessante que todas as cenas dela com o marido até agora. Que sono.

– Queria ser desocupada que nem o povo que anda de Van Damn. Capheus sai da rota, toma toco da jornalista e ninguém tem mais nada pra fazer da vida além de esperar ele voltar.

– Angelica cada vez aparecendo como uma figura dúbia, que sabia e acreditava no que estava fazendo, apesar de não se sentir confortável com aquilo.

– Entendo o drama de Lito com a exposição da sua sexualidade impactando a carreira, mas parece um pouco fora da realidade. Se ele fosse atleta, magistrado ou político o plot faria mais sentido que ele sendo ator.

Curtiu o episódio? Então deixe seu comentário e continue acompanhando a maratona de Sense8 aqui no Apaixonados por Séries!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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