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Sex&Drugs&Rock&Roll

Por: em 18 de julho de 2015

Sex&Drugs&Rock&Roll

Por: em

Mais uma estreia da semana, dessa vez pela FX. Quem acompanhou nossa cobertura da Comic-Con, pode ter visto alguns motivos para ver Sex&Drugs&Rock&Roll. O que antes era um palpite, agora apresenta respostas mais concretas e eis minhas Primeiras Impressões.

Sex&Drugs&Rock&Roll-Primeiras-Impressões-Johnny-Rock

A comédia teve sua estreia na última quinta-feira (16/07) e terá seis episódios em sua primeira temporada. A produção é de Denis Leary, que também dá vida ao protagonista, e ainda conta com Elizabeth Gillies, em sua primeira série fora da Nickelodeon. No elenco, também estão  John Corbett, Elaine Hendrix, John Ales e Robert Kelly.

A premissa é interessante. Sex&Drugs&Rock&Roll traz a história de Johnny Rock (Leary), um músico que fez muito sucesso nos anos 70 e quer voltar a fama para não “morrer sendo um anônimo”. A oportunidade perfeita aparece com uma filha que ele nem imaginava que tinha. No entanto, o pedido de Gigi (Gillies) é muito mais complicado do que ele imagina, uma vez que envolve a volta de sua antiga banda, The Heathens. O grupo teve grandes sucessos no passado, mas se separou no dia do lançamento do primeiro álbum devido a intrigas nos bastidores.

Antes de mais nada, não dá para ficar sem comentar a infeliz escolha do nome. Não poderia ser mais clichê e sem criatividade. No entanto, por mais que não seja das melhores séries, Sex&Drugs&Rock&Roll tem várias características a seu favor. A trama é bem diferente das comédias apresentadas todos os anos pelas emissoras, que se apoiam no plot de família, de relacionamentos amorosos ou de amigos. Claro, vai ter todos esses elementos durante a temporada, mas o carro-chefe é a música e seus bastidores.

Sex&Drugs&Rock&Roll-Primeiras-Impressões-cast

E por falar em bastidores, a intenção de trazer os flashbacks e depoimentos de músicos famosos foi definitivamente a melhor ideia do roteiro. Deu uma outra dinâmica para a série e foi uma maneira legal de introduzir a história por trás do fim da banda. Fora a moral que a trama ganha quando se tem Dave Grohl “se não fossem os Heathens, não acho que existiriam bandas como Nirvana”. À princípio, essa introdução em formato de documentário pode parecer um tanto confusa, coisa que uma simples legenda poderia resolver.

O texto, à primeira vista, parece bastante crível. Johnny Rock é o estereótipo do músico cinquentão com crise de meia idade, que está em baixa na questão da fama, mas que não perde a oportunidade na azaração. Ele ainda acredita que, assim como antigamente, tá com tudo – e há momentos em que parece até estar perdido no tempo, adotando o mesmo visual e um tanto resistente às inovações tecnológicas. Poderia ser a descrição de muitos ex-famosos, não? E não há sutileza nas críticas ao universo da música, especialmente quanto à cultura pop. Essa sacada foi muito boa, de trazer elementos modernos que se chocam com os tempos em que o rock estava no auge.

Sex&Drugs&Rock&Roll-Primeiras-Impressões-Gigi-Flash

Diferente de Johnny, Flash (Corbett) é o cara que se adaptou à nova era e se rendeu ao mundo pop. Aqui, as críticas são ainda mais aparentes. Ele se utiliza da fama de terceiros para construir a própria imagem e estar sob os holofotes. Seu visual é perfeitamente moderno e condizente com o cenário em que vive. Seu relacionamento com o antigo colega de banda tem grande potencial para dar uma movimentada na série. Ao menos é o que eu espero.

Já a personagem de Liz Gillies é uma grata surpresa para os fãs da atriz. Gigi é uma riquinha em busca da fama. Por sua sorte, foi agraciada com uma voz poderosa que pode colocar os Heathens de volta às paradas de sucesso. O mais interessante é sua relação com o pai, aparentemente livre de ressentimentos. O que está em jogo ali são os negócios e, decidida, ela deixa isso bem claro.

Que é uma comédia sobre o mundo da música, todos já sabem apenas pelo nome. O que nem todos podem saber é que as canções que aparecem nos episódios são gravadas ali no momento das filmagens. Ou seja, não há lip sync algum quando Liz Gillies faz sua primeira performance. Em entrevista ao Variety, Davis Leary contou que a parte mais desafiadora em sua “dupla jornada” é a composição das músicas, que adicionou um mês a mais na produção da série. No primeiro episódios, as canções foram produzidas por Greg Dulli e escritas por Leary em parceria com Chris Phillips.

Agora quero saber de vocês, quais são suas Primeiras Impressões? Já viram? Pretendem ver? Venham comentar aqui comigo.


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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