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Shadowhunters – 2×02 A Door Into the Dark

Por: em 12 de janeiro de 2017

Shadowhunters – 2×02 A Door Into the Dark

Por: em

“Sou apenas uma garota do Brooklyn que saiu para comemorar o aniversário e voltou com um presente que nunca quis. E não pode devolver.”

É engraçado como a vida é de um jeito, seguindo uma rotina quase ininterrupta, e então simplesmente muda, como se um furacão houvesse passado e destruído todo o mundo que você julga conhecer. É provável que esse seja um bom modo de sintetizar a essência de A Door Into the Dark. Embora a mudança em questão tenha começado logo no primeiro episódio da série, aqui vemos os personagens finalmente entendendo que nada voltará a ser como antes e tentando assimilar esse fato.

Clary foi provavelmente a mais afetada por essa descoberta. Desde que a mãe foi colocada em coma, a vida da garota virou de cabeça pra baixo e ela tem sido bombardeada de várias direções. Em pouco tempo todas as suas certezas desmoronaram e, como se isso fosse pouco, bastou que começasse a criar novas convicções para que elas também ruíssem. Além disso, não é possível ignorar o conflito de identidade que se forma em seu interior. A garota não é uma mundana, e agora que a verdade foi revelada jamais conseguiria voltar a ter uma vida normal, porém, também não é realmente uma caçadora de sombras, afinal todo aquele mundo ainda lhe é estranho e lhe falta conhecimento e treinamento.

A hostilidade de Alec, que tem sido incapaz de lidar com as mudanças em sua própria realidade, e o retorno da mãe (sério, gente, como faz pra essa criatura voltar a dormir?) também não estão ajudando. Jocelyn alega que tem boas intenções e que tentou matar Jace por sabe que os experimentos feitos por Valentine o transformaram em alguém cruel e demoníaco. Ainda assim, a “mãe do ano” não parece muito disposta a abrir realmente jogo com a filha e colocar todas as cartas na mesa. Essa história está cheia de pedaços faltando e não estou vendo Jocelyn fazendo o mínimo esforço para preenchê-los. Além disso, não era pra galera da Clave está bem irritada com ela? Porque é no mínimo estranho ninguém estar suspeitando da mulher, fazendo perguntas e a deixando livre, leve e solta.

De qualquer forma, nesse ponto abro parênteses para comentar a prova inquestionável da monstruosidade de Jonathan Christopher, que quando bebê destruía flores inocentes do jardim de sua mãe. Bom, certamente não é só isso, mas não posso negar que dei severas gargalhadas com essa cena. Era pra aquilo ser capaz de convencer que o menino é a encarnação do próprio Satanás? Porque se era, falhou miseravelmente.

Falando no demônio, Jace seguiu boa parte do episódio ouvindo os intermináveis discursos de Valentine sobre como os submundanos são perigosos, perversos e precisam ser eliminadas, mas não parecia necessariamente convicto. Algo que mostra potencial para um grande conflito interno e uma trama que poderia ser extremamente interessante, se bem trabalhada. No entanto, toda carga dramática e de desenvolvimento de personagem acaba perdida pela forma como o roteiro vem conduzindo a história e pelas atuações pouco convincentes. Que Dominic Sherwood está longe de ser o mais versátil dos atores, todos sabemos, ainda assim, é a presença de Alan Van Sprang  que tem me incomodado mais. Valentine é um personagem que deveria estar envolto em uma aura de elegância e imponência, porém, tudo o que o ator me passa é canastrice. É claro que o roteiro também tem sua responsabilidade nisso.

Por fim, é impossível falar sobre em mudanças irrevogáveis e não pensar em Simon. O rapaz, que até pouco tempo era apenas um adolescente apaixonado pela melhor amiga, foi transformado em um vampiro e, se já não tivesse problemas suficientes tentando se adaptar a essa condição, precisa agora encontrar Camille (não foi a gente que pediu) para fazê-la lidar com sua própria bagunça. Contudo, o que realmente se destaca em todo esse plot é o fato dele abrir espaço para uma interação maior entre Simon e Magnus. Por mais incrível que pareça, a dupla que soaria improvável até algumas semanas funcionou muito bem e já espero mais cenas com os dois juntos.

Dito tudo isso, A Door Into the Dark me pareceu significativamente melhor que The Guilty Blood. Ainda há vários defeitos no roteiro e na execução das cenas, mas ao menos aqui eles me incomodaram menos e não me impediram de sentir envolvida com os personagens, o que é sempre fundamental para qualquer trama. Além disso, o gancho nos últimos minutos funcionou e já me pego curiosa para saber o que acontecerá agora que Jace e Clary escaparam do pai psicopata.

Observações:

— Quem é mais burro: Jace ou Clary?

— Magnus sendo a melhor pessoa e pegando de volta as coisas que a ex roubou;

— Por que Simon estava com tanto medo da cobra, antes dela começar a soltar fogo, se ele já está morto? *Google pesquisar*

— Morro de amor com a relação do Alec e da Izzy;

— Sempre bom rever o Raphael;

— Alec, te amo, mas tá na hora de parar de show;

— Isabelle literalmente quebrando a cara do machistinha de plantão. Rainha absoluta que deveria receber mais destaque!


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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