Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Shadowhunters – 2×07 How Are Thou Fallen/2×08 Love is a Devil

Por: em 4 de março de 2017

Shadowhunters – 2×07 How Are Thou Fallen/2×08 Love is a Devil

Por: em

Depois de uma 1ª temporada pra lá de bagunçada e um começo de 2º ano estranho, Shadowhunters tem encontrado seu caminho e esses episódios são a prova disso. Como a gente tá um pouco atrasado com a série aqui no blog, é hora de colocar ordem na casa:

2×07 – How Are Thou Fallen

Um dos melhores episódios da série até então How Are Thou Fallen acerta por se focar na mitologia da série, tão vasta e ainda pouco explorada, além de dar uma maior dimensão e desenvolvimento aos personagens, que sabemos que são o grande acerto de Shadowhunters e o que a sustentam, mesmo diante de um roteiro por vezes duvidoso ou mal ajambrado. Basta olhar a junção de Jace e Simon aqui, por exemplo. Os dois garotos nunca se deram bem graças aos sentimentos mal resolvidos que ambos nutrem por Clary, mas aqui, nas hilárias sequências do bar, mostraram que pode até surgir um bromance interessante aí, se bem desenvolvido.

A coisa chata disso tudo foi só ver Simon claramente tentando se encaixar em um modelo ao qual ele não “pertence”. O garoto teve a vida mudada da noite pro dia quando foi transformado em vampiro, mas parece que só agora ele está realmente sentindo as mudanças, graças ao rápido flerte com Maia. Os dois combinam muito, Maia foi uma ótima adição à série, eles tem química e carisma, mas a lobisomem tocou num ponto crucial quando estimulou Simon a confessar seus sentimentos por Clary. Apesar do flerte entre eles está indo bem (depois que Simon desistiu de tentar ser outra pessoa, claro), a sombra do que ele sente pela melhor amiga sempre iria pairar sobre o relacionamento dos dois, o que faz ser melhor cortar qualquer envolvimento antes de deixar a relação progredir e o sentimento, e por tabela a dor, ser maior.

Pedir conselhos amorosos e de como se portar justamente a Jace não foi a melhor das ideias, já que além deles terem personas totalmente diferentes, Jace não está na melhor das fases. Morando na casa de Magnus, rejeitando até mesmo chamados de Alec para missão, o loiro claramente tenta provar para os outros e para si próprio que, apesar de rebaixado por Aldertree e por não saber lidar com seus sentimentos por Clary, ele vale alguma coisa e consegue seguir em frente e deixar a irmã pra trás. Bom, pelo menos até ela se encontrar em perigo, como a gente bem viu aqui.

Aliás, adianta dizer que Clary é uma das personagens mais impulsivas da história? Sério. Entendo que a garota, nesse episódio, estava perturbada devido as “visões/chamados” que estava tendo, a perda de Jocelyn ainda está muito recente e ainda tem todo o problema com Jace, mas foi estúpido demais atacar Luke e sair com Cleophas atrás de Valentine, ainda mais sabendo que a irmã de Luke era uma traidora que estava do lado do seu pai psicopata. Clarissa precisa colocar mais os pés no chão, pensar antes de agir e, sobretudo, deixar de ser tão individualista. Os momentos que se sucederam a isso, contudo, foram incríveis e já podem entrar pro hall dos melhores da série.

Luke e Valentine se confrontando, Cleophas acusando Valentine de macular tudo ao mexer com uma coisa tão pura quanto um anjo, a ótima batalha de Clary e Jace no telhado com os seguidores de Valentine… Tudo funcionou muito bem, na dose certa de drama e agregando à trama da série. O momento em que o anjo Ithuriel ajuda Clary na criação de uma nova runa que quebra suas correntes reforça o poder misterioso que a garota tem e como sua ligação com os seres angelicais é muito mais forte do que parece. O sangue puro em suas veias parece ser uma arma muito forte e, com certeza, ainda vai dar muitos problemas. Ithuriel abrindo suas asas e voltando para o céu (não antes de mostrar uma visão de uma mão pegando a Espada-Alma e vendo-a se destruir) mostra que, quando quer, Shadowhunters sabe ser boa. Resta torcer para que assim a série continue.

Outras observações:

— Malec segue sendo a coisa mais bonita do mundo. Melhor ship.

— Izzie tá se perdendo muito no vício por yan-fen, chega a dar desespero. E, pra galera fã dos livros como eu: Mais alguém teve um minisurto com Magnus citando Jem?

— Referências a Star Wars são sempre bem vindas.

 

 

2×08 – Love is a Devil

Assim como seu antecessor, Love is a Devil foi um episódio bem bacana e ainda trouxe de volta aquele que é um dos personagens mais legais da série: Max Lightwood. Prestes a ganhar suas primeiras runas, o irmão menor de Alec e Isabelle acabou sendo o foco de um episódio que, passado quase que inteiramente no loft de Magnus, durante uma festa organizada para comemorar a conquista do garoto, colocou a maioria dos personagens no limite graças a pequenos truques demoníacos.

Primeiro, Clary e Simon aconteceu. Não dá pra dizer que foi bem desenvolvido (pelo menos da parte de Clary), porque não foi. Simon sempre gostou da garota, claro, e estava precisando do empurrãozinho de Maia para se declarar, mas que Clary tenha correspondido e iniciado uma relação com o vampiro foi algo que me deixou um pouco surpreso (mesmo que também tenha acontecido no livro, lá pareceu um pouco mais natural do que aqui). Provavelmente é tudo mais uma forma da garota tentar enterrar seus conflitantes sentimentos por Jace, mas tudo bem. É importante que Clary e Simon vivam para isso para que, no futuro, não haja nenhuma dúvida ou nenhum “E se tivéssemos tentando?” rodando suas mentes.

Os momentos de alucinação que todos os personagens tiveram na festa foram ótimos e serviram para dar um bom destaque a quase todo mundo. O interessante foi ver que todas as alucinações estavam ligadas as inseguranças mais profundas que cada um deles possuía. Clary vê Simon e Maia juntos porque o relacionamento deles é muito recente e Maia sempre foi alguém que lhe despertou ciúmes; Jace canalizou a eventual rejeição que sofreu de Maryse a um ataque da mãe adotiva a si mesmo; Alec viu Clary lhe culpando pela morte de sua mãe e, por quase disso, quase se matou. Todas as sequências foram ótimas, sem carregar no drama de modo a deixá-lo saturado e podem trazer boas consequências futuras. Por agora, já deu pra ver que a relação de Jace e Maryse não está tão perdida assim e logo deve estar consertada e que Clary e Simon superaram a primeira crise no relacionamento (que acabou de começar, mas vida que segue).

Foi bacana também que tudo estivesse ligado a Iris. Nem lembrava mais da personagem, mas sua reaparição aqui e a cobrança a Clary para que encontre Madzie e a traga de volta dá um sentido maior ao episódio em que a garota foi atrás da warlock para tentar trazer a mãe de volta a vida. Aparentemente, o juramento que Clary fez é algo mais sério do que parece e deve ter coisa pesada vindo por aí. Vale ressaltar também a descoberta da garota, que em suas veias corre puro sangue de anjo (o que a faz conseguir falar com o anjo e por tabela, acredito, criar runas) e que ela pode ser usada para ativar a Espada-Alma e acabar com todo o submundo.

Enquanto isso, Isabelle adentrou em um novo capítulo do seu vício e foi procurar diretamente da fonte, nos braços de Raphael. Não dá pra saber até onde esse novo relacionamento vai ser desenvolvido, porque além de ser algo que não dá pra imaginar indo pra frente, começou da maneira mais errada possível e não tem química no mundo que possa salvar isso. Os dois até podem vir a desenvolver sentimentos um pelo outro (e Raphael tem ganho cada vez mais um desenvolvimento no que tange a seu emocional, o que só se reforçaria aqui), mas esse fantasma do início sempre vai existir. Por agora, o que nos resta é torcer para que a caçadora de sombras não se afunde mais ainda e que a química de David Castro e Emeraude Tobia salve o plot.

Outras observações:

— Simples, mas bem bonita a cerimônia das runas de Max.

— Não consigo engolir direito essa história de que Robert está traindo Maryse. Talvez seja a antipatia pela personagem (muito graças a sua postura perante o relacionamento do filho) que me faça pensar assim.

— A gente faz bolão de até quando dura Clary e Simon?


Dei uma força para a Thais com esses episódios, mas ele já já está de volta, com a review do 9º episódio!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×