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Six – 1×02 Her Name Is Esther

Por: em 5 de fevereiro de 2017

Six – 1×02 Her Name Is Esther

Por: em

Depois de um piloto satisfatório, Six continua mantendo seu ritmo e nos apresenta melhor a história que pretende trabalhar. Sem deixar espaço para coisas desnecessárias, a série caminha para apresentar a redenção pessoal de cada soldado, nos apresentando cenas e interações intensas.

Dando continuidade aos eventos passados, a SEAL Team Six finalmente partiu para sua tão esperada missão. É interessante notar como a série consegue conduzir bem os momentos de ação, deixando o telespectador ansioso por todo momento. Apesar de rápidas, essas cenas conseguem passar um pouco mais da realidade de um soldado, principalmente dos que combatem o terrorismo tão diretamente. No caso, o time se envolveu na missão para recuperar um antigo amigo, demonstrando que a base desse resgate se torna mais pessoal que política a cada minuto que passa. Como foi possível perceber, a missão terminou de uma maneira bem perigosa, graças a essa base pessoal inserida, como o próprio Bear já afirma e não faz esforço para esconder. Mesmo sendo um importante resgate, como chefe, ele deveria sempre por a vida de sua equipe na frente e não deixar as emoções fluírem desse modo. E, ao analisar, é possível perceber que os outros soldados sentem a mesma coisa. Ainda não é possível saber, mas talvez essa devoção ao amigo seja exatamente o que irá lhe custar a vida.

Sua relação com o resto da equipe, ao que tudo indica, pode acabar se tornando uma das interações mais importantes, visto que é seu relacionamento com os outros soldados que acaba movendo esse núcleo. Mesmo não demonstrando, é nítido que as diversas mudanças na equipe o estão chateando cada vez mais, o que começou com a misteriosa saída de Rip. Sua interação com Alex, por mais profunda que seja, ainda demonstra precisar de mais detalhes, já que é uma das coisas mais importantes que o roteiro trabalha. Seja o que tenha acontecido, Alex está ligado diretamente com a saída de Rip. Ainda não é possível saber o que aconteceu, mas talvez o momento em que Rip mata o dito americano na antiga missão pode ter sido o pivô desse acontecimento. Ainda, sua insatisfação com a saída de Buddha cresce mais a cada momento. Ele não aceita as mudanças, principalmente as que acontecem em sua volta, como é o caso com a própria esposa. Sua esposa não consegue engravidar, sendo possível ver sua cautela com os procedimentos sugeridos pelo médico. Aliás, uma possível jogada de roteiro seja que, ao invés do problema estar com a esposa, pode acabar estando com ele.

Alex, por sua vez, tenta se preencher cada vez mais com coisas superficiais, mas acaba se sentindo cada dia mais vazio. Seu relacionamento conturbado com a filha talvez seja uma das poucas coisas capaz de trazê-lo de volta a realidade. Ver a filha com a sua personalidade o assusta, sendo possível vê-lo tentando ignorar a influência que teve nesse acontecimento.Mas, por mais que negue, ele acaba sendo o maior culpado pela rebeldia da filha e agora precisa arcar com as consequências disso. Ainda não foi possível ver um maior aprofundamento da relação dos dois, mas é possível imaginar que isso será o ápice do personagem, sendo o que irá definir completamente seu futuro. Afinal, será que ele agirá como um homem de verdade e arcará com as consequências ou fugirá como um covarde? Sua relação com Bear, como foi possível notar, acaba sendo outra camada do personagem. Ele se importa com Rip, mas é o passado que sempre acaba o impedindo de demonstrar seus verdadeiros sentimentos. Ao contrário do que tenta provar, diferente de todos os outros personagens, Alex é quem mais sofre, mesmo que aparente ser superficial.

Buddha, que ainda não sabe o que fazer com sua vida, segue tentando achar um rumo para seguir. Afinal, para agradar sua família, ele precisa desagradar sua outra família. De todo modo, dificilmente o veremos sem algum arrependimento. Um sentimento recorrente em suas cenas é de que, de alguma maneira, sua vida será colocada em risco. Ainda, é interessante ver uma pequena crítica escondida nas entrelinhas do roteiro. É triste vê-lo buscando outro emprego, pois seu atual não é suficiente para manter sua família. É comum vermos o descaso com profissões importantes como professores, bombeiros, lixeiros e, no caso, soldados que lutam para proteger seu país. Chase, mesmo com poucos momentos próprios, já começa a crescer cada vez mais na equipe. É engraçado notar como ele acaba sendo um espelho para os outros soldados, pois acaba representando o que cada um já foi um dia. Ao todo, a SEAL Team Six acaba sendo o núcleo principal, mesmo que as interações dos soldados com suas famílias também sejam importantes.

Por outro lado, seria interessante ver a série trabalhando melhor o terrorismo, mostrando que nem todos do oriente são adeptos a esse comportamento, mas dificilmente veremos isso nos próximos episódios. Em todo via, Na’omi já notou a verdadeira consequência desses acontecimentos. Deus e Alá estão ocupados demais para essas coisas, sendo a atitude humana o que impera naquele lugar. Do mesmo modo que Bear segue sua missão com foco pessoal, Michael acaba fazendo o mesmo, mas indo a um caminho oposto. A vingança pela morte do irmão é sua meta principal, se tornando interessante vê-lo discordar do próprio líder. Ainda é cedo para afirmar, mas talvez ele acabe se tornando um dos personagens mais importantes da série, visto que a carga emocional em seu núcleo é gigantesca. Ainda, a trama em que está envolvido se mostra cada vez mais interessante, passando uma sensação ainda maior de perigo.

No geral, Six continua seguindo de um modo satisfatório. Por ser uma minissérie, é quase certeza que veremos um final conclusivo, mas seria interessante ver uma série maior em que conseguissem trabalhar todas as tramas em potencial, que são diversas. Agora, resta saber como cada personagem seguirá em sua redenção pessoal.

Observações:

Prefiro não comentar sobre o cara que fica espionando a esposa. Que vergonha alheia.

Deve ser muito desconfortável ter que se masturbar em um lugar como aquele.

As atuações e a fotografia continuam ótimas. Selo History Channel de qualidade.

É um time de combate antiterrorismo ou uma vertente das fraternidades universitárias?

Ah, não posso julgar. Acho essas cerimônias de iniciação bem legais.

Sou eternamente grato a quem trouxe Dominic Adams e Kyle Schmid para o cast.

Logo quando conseguir achar a promo do próximo episódio, colocarei no post.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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