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Stranger Things – 1×08 Chapter Eight: The Upside Down (Season Finale)

Por: em 17 de julho de 2016

Stranger Things – 1×08 Chapter Eight: The Upside Down (Season Finale)

Por: em

 Stephen King e Steven Spielberg tiveram um filho e assim nasceu Stranger Things

Chegamos na season finale de Stranger Things e enfim podemos afirmar com certeza que a Netflix acertou novamente em sua última produção. Com apenas oito episódios, a temporada já se garante como uma das melhores estreias de 2016 ao apresentar uma história cativante, nostálgica e, acima de tudo, criativa. Por mais que o episódio final não tenha resolvido todos os mistérios da trama, ele respondeu o necessário e foi capaz de deixar todo mundo ansioso para o próximo ano da série – aliás, será que poderiam agilizar isso aí?

Grande parte do episódio se concentrou no resgate de Will. Após a Eleven ter entrado em contato com mesmo, sabíamos que o garoto estava com o tempo contado. Assim, Joyce e Hooper partiram para o resgate e o restante dos personagens desempenharam outras funções. As cenas do resgate em si no Upside Down, apesar de tensas e bem construídas, sinceramente não acrescentaram muito à mitologia ainda desconhecida daquele lugar. Vimos a “alimentação” da criatura visualmente na tela, mas fora isso nenhum detalhe extra foi apresentado. O mesmo não pode ser dito quanto ao personagem do xerife, visto que a série fez um paralelo da busca com a história da sua filha. A tragédia do seu passado já havia sido mencionada anteriormente, porém isso não tirou a sensibilidade dos flashbacks – e, assim, entendemos melhor o porquê dele demonstrar tanta determinação nas investigações.

Enquanto isso, Nancy e Jonathan literalmente partiram para a batalha e participaram de uma das melhores sequências da season finale. A cena em que os dois adolescentes aguardavam a aparição de um dos monstros foi incrível, ainda mais considerando toda a tensão repassada pelas luzes piscando naquele local. Até mesmo o Steve fez parte da ação, provando que todos os núcleos apresentados ao longo dos episódios foram importantes no final. Ele conseguiu se redimir para Nancy, mas para mim continua sendo o mesmo babaca de sempre (e, convenhamos, todo mundo sabe que ela continuou pensando no Jonathan após os acontecimentos).

Na escola, as crianças ficaram com a missão de se esconder e proteger a Eleven dos agentes. Entretanto, tudo culminou quando, além dos próprios agentes, o monstro apareceu por lá. Talvez isso indique uma grande ligação da Eleven com a criatura, visto que o destino sempre acaba colocando-a no centro das atenções. Infelizmente, as coisas não acabaram tão bem  para a menina e ela desapareceu após o confronto. Provavelmente a El não morreu porque além de se tratar de uma série sobrenatural, a cena do Hooper nos últimos minutos dá um close enorme no tão amado waffle.

Se, por um lado, todas as dúvidas quanto ao desaparecimento do Will e da Barbara foram revolvidas, ainda restam várias questões sobre outros assuntos. No laboratório fazem diversos experimentos humanos com relação ao Upside Down, mas qual será o grande objetivo por trás dos estudos e qual a origem deles? Falaram que “queriam expandir as fronteiras da mente”, mas obviamente existe algo por trás disso que trouxe o descobrimento de um universo paralelo. E, afinal, qual é a mitologia por trás do monstro e da sua realidade? Eleven está conectada com ele? Houve pouco tempo em tela do Upside Down, mas sem dúvida esse será um dos maiores focos do segundo ano devido à ligação do Will com o local, apresentada nos últimos segundos.

Por fim, uma das teorias mais válidas é de que o portal da floresta foi aberto pela Eleven por engano e como consequência o monstro conseguiu escapar para a realidade além do laboratório – isso se baseia na suposta confissão que a garota fez ao falar “eu abri o portal, eu sou o monstro”, no sexto episódio. Assim, o sacrifício dela nos momentos finais seria uma forma de encontrar redenção pelo erro que cometeu. Entretanto, a frase é extremamente subjetiva e poderia muito bem servir para algum outro fato na história (como o próprio portal do laboratório ou algum elemento ainda não mostrado), tornando essa linha de pensamento apenas uma teoria.

Independente das teorias e mistérios restantes, é preciso admitir que o verdadeiro foco de Stranger Things foi a amizade, seja ela na sua forma mais pura entre as crianças, na compaixão entre os adolescentes ou a determinação que conectou os adultos. O foco na relação entre os personagens garantiu um clima muito gostoso de acompanhar, definitivamente o maior ponto positivo da produção. Porém, agora teremos que enfrentar o processo mais doloroso: o cruel hiato.

 

Observações:

-Apenas uma frase: a cena do waffle na floresta. Alguém entendeu?

-Momento fofura extrema: Mike chamando a El para o baile. Momento fofura extrema, parte dois: o grupo reencontrando o Will no hospital.

-A Neflix deveria disponibilizar a trilha sonora pra gente, né? É uma preciosidade!

E você, tem alguma teoria? Entendeu algum dos grandes mistérios da série? Conta pra gente nos comentários!

 


Douglas

Possui mais séries na grade do que tempo disponível. Viciado em cultura pop, bandas indies e, principalmente, ketchup.

Curitiba / PR

Série Favorita: Seinfeld

Não assiste de jeito nenhum: Anger Management

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