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Supergirl 1×04 – How Does She Do It?

Por: em 25 de novembro de 2015

Supergirl 1×04 – How Does She Do It?

Por: em

Essa semana, a CBS decidiu exibir o que deveria ter sido o 4º episódio de Supergirl, alterado pelo (que seria exibido agora) após os atentados de Paris, já que a temática envolvia bombas. E, é preciso dizer: Por mais certa que a atitude do canal tenha sido (e foi), é um pouco estranho assistir os episódios fora de ordem. Teria sido bem mais inteligente, por exemplo, não exibir nada semana passada, e colocar este episódio agora e o 5º na semana seguinte. Ou um episódio duplo. Ou qualquer coisa que não causasse a sensação de estranhamento que esta inversão causou.

Por exemplo, é bizarro ver, logo na primeira cena do episódio, Alex falando a Kara que elas podem confiar em Hank, depois de ter sido nos mostrado que ele pode estar envolvido na morte dos pais dela, bem como os dois trabalhando juntos para parar a bomba no ato final. Da mesma forma, soa estranho também ver Cat um pouco arisca com Kara depois da aproximação que elas tiveram. Ou terão. Vêem como é estranho quando paramos para analisar? Mas, estes detalhes à parte, ganhamos um episódio bem legal e com vários pontos interessantes. 

James-Lucy-Supergirl

A relação de James e Lucy, por exemplo, fez mais sentido agora. Ainda não consigo comprar totalmente esse interesse de Kara por ele a ponto de já sentir medo da tal Friendzone, mas agora entendemos melhor o que há entre ele e Lucy e eu sou capaz de apostar que não vai demorar muito para que algo aconteça entre ele e Kara – se fosse apostar, diria 4 ou 5 episódios. A conversa na redação sobre “não ser justo com quem vier a seguir” foi muito de apaixonada e James tem que ser bem lerdo para não ter percebido isso. No meio desse turbilhão todo que se mostrou a relação do fotógrafo com a irmã de Lois, acho que não dá pra dizer quem tem razão e quem não tem. Por um lado, as cobranças de Lucy quanto a relação dele com o Superman parecem dignas. Por outro, a conversa da carreira adotada por Lucy também soa um motivo válido. No fim, a impressão que ficou é que os dois já estavam naquele ponto em que a relação já está desgastada ao ponto de que qualquer coisa se torna um motivo para término. E como isso é doloroso. Nada que uma bomba e uma quase morte não resolva, não é mesmo?

Neste assunto ainda, a conversa entre Kara e Lucy é um dos pontos mais interessantes do episódio, pela reação de medo dela à Supergirl. 

A série, até então, tem trabalhado bem a construção de Kara em heroína e, principalmente, na forma como as pessoas ao seu redor a enxergam. Claro que o ponto de Lucy é mais uma insegurança feminina, mas já serve para nos mostrar um pouco do fascínio que a personagem tem começado a exercer. Algo que aparece também na figura de Winn (como não ter pena na cena do “Dói todo dia”?), um eterno apaixonado, e de Carter, o filho de Cat. A interação entre a Supergirl e o filho de sua chefe, inclusive, foi o ponto alto do episódio. A pureza de Carter e o modo infantil e sem qualquer tipo de malícia com o qual ele se referia à Supergirl foi algo bem bonito e bem trabalhado. Já clamo por mais participações do garoto!

Carter-Supergirl

O dilema que Kara tem que enfrentar perto do fim, entre seguir uma pista que não sabe se é verdadeira ou não e salvar Carter, ou seguir em frente com um plano certo é bem interessante. Kara, como esperado, escolhe seguir Winn e tentar salvar Carter de uma bomba no trem e nos entrega uma das melhores lines do episódio: Você pode ser um herói. Qualquer um pode ser. Especialmente se a Supegirl te diz isso.  A conversa entre o garoto e sua mãe perto do fim é uma das cenas mais engraçadas e mostra que a obsessão pela Supergirl vem do sangue. Vendo todo esse plot do homem-bomba e das explosões no trem e no aeroporto, inclusive, fica bem claro porque o episódio teve sua data de exibição alterada.

Mas o ponto mais interessante levantado pelo episódio reside na figura de Maxwell Lord. Agora que seu passado foi revelado junto com um ódio (justificado) pelo governo ser diretamente responsável pela morte dos seus pais, fica um pouco complicado prever os seus passos futuros. O confronto com a Supergirl na última cena deixa claro que ele estava ligado, de alguma forma, aos atentados com bomba. O objetivo? Onde isso vai dar? Ainda são obscuros. Mas como Lord suspirou quando a garota saiu voando por sua janela, foi um começo divertido. Mas apenas um começo.

Outras observações:

  • Já que falei de confrontos, termino comentando a pequena discussão entre Kara e Cat sobre como sobreviver nos dias de hoje. Quando Kara questiona como a chefe consegue fazer de tudo e mais um pouco e Cat fala que simplesmente você se acostuma, o teor feminista da série é reforçado. É um show sobre uma super heroína falando sobre mulheres fortes. Ponto pra DC.
  • Winn está mais do que certo. Não são bonecos. São colecionáveis.
  • Semana que vem, voltamos a nossa programação normal, com a exibição do 6º episódio!

Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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