Supernatural atingiu a marca de 250 episódios, coisa que não é pra qualquer um. O episódio provavelmente deveria ser especial, certo? Certo, seria uma pena se tivessem esquecido de avisar os roteiristas…
Vamos começar com sinceridade: a história envolvendo o presidente é uma das coisas mais sem noção de toda a série até aqui, e isso é muito considerando que estamos falando de doze temporadas. Eu realmente gostaria de ver o responsável por isso e questionar onde, em qual universo, por qual razão, ele achou que essa história seria interessante e traria algo positivo para o seriado. O episódio passado já havia deixado uma dúvida em torno do futuro, finalmente saciada negativamente aqui.
Acusados de tentativa de assassinato ao presidente, Sam e Dean estão em uma prisão secreta governamental e tentam encontrar uma saída, enquanto Mary e Castiel procuram por ajuda. É impossível não ver o quanto essa simples sinopse é absurda e totalmente destoante do tom que foi determinado há anos atrás. Supernatural já apresentou histórias absurdas diversas vezes – alguns fillers são bizarramente inesquecíveis –, mas quase sempre acertando no enfoque. O grande problema atual é a extrema seriedade dada para ideias difíceis de engolir.
O episódio dessa semana pode ser visto de duas maneiras. A primeira: o roteiro foi completamente preguiçoso e apresentou soluções fáceis para a situação atual – desse jeito, os Winchesters poderiam dar umas dicas para os caras de Prison Break, né –, comprovando isso mais uma vez colocando a Billy como uma resposta superficial e conveniente para a resolução, decepcionante! A segunda: felizmente o roteiro foi preguiçoso e raso, dessa forma essa história acabou rápido e damos adeus para essa idiotice, tipo arrancar um bandaid abruptamente para a acabar com a dor logo! A segunda maneira é mais positiva, apesar de estar longe de ser algo bom.
Para não ser desonesto, confesso que gostei da pequena reviravolta envolvendo a Billy nos minutos finais. Foi um deus ex machina tremendo, ninguém pode negar, porém foram capazes de criar tensão no suposto sacrifício que aconteceria. Quando a Mary colocou a arma na cabeça foi difícil desgrudar os olhos da tela, fazendo inclusive com que eu levasse um susto vendo o Castiel matando a Billy de uma hora para outra. No fim, foi outra solução fácil encontrada, mas pelo menos gerou um monólogo bonitinho para o Castiel.
Repleta de altos e baixos, a 12ª temporada retornou para continuar dividindo opiniões. Quando a trama principal era interessante (saudades), os casos da semana costumavam ser um pequeno empecilho às vezes, visto que todo mundo ficava ansioso para ver o desenrolar do que é mais importante. Atualmente, confesso que estou torcendo para mais casos (como o ótimo 12×06 Celebrating The Life Of Asa Fox), a fim de não precisar ver histórias degradantes como nos três últimos episódios. Que o futuro seja melhor.
“Sabem esse mundo? Esse mundinho triste e condenado? Ele precisava de vocês. Ele precisava de cada Winchester que puder ter e eu não vou deixá-los morrer. Não vou deixar vocês se sacrificarem. Vocês significam de mais pra mim, para todas as coisas.”
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