Felizmente, após tantas semanas, posso afirmar que Supernatural me fez morder a própria língua.
Divulgação/The CW
Quem está acompanhando as reviews aqui no site sabe que ando bastante insatisfeito com os rumos da temporada. Teve um início promissor, um ou outro episódio bacana, mas no geral está sendo uma bagunça completamente decepcionante. Entretanto, desde que voltou do seu hiato, as coisas começaram a mudar: o 12×09 foi ruim, porém desde então todos os episódios conseguiram agradar (inclusive os dois mais recentes). Considerando que é um total de quatro episódios seguidos, seria esse um indício de que a temporada finalmente tomou o caminho certo e o restante dela irá recompensar seu público?
O 12×12 Stuck in the Middle (With You), por exemplo, rapidamente se consolidou como o melhor da temporada até então. Analisando linearmente, é uma história muito simples: Mary envolveu-se em um caça com demônios, secretamente trabalhando com os Homens das Letras, e precisou pedir ajuda dos filhos e amigos. Entretanto, a chave do episódio está em sua excelente edição e diversas referências ao cinema de Quentin Tarantino – uma homenagem de prato cheio.
Reprodução/The CW
O título, Stuck in the Middle (With You), já remete à música tocada na icônica cena de tortura de Cães de Aluguel. O diálogo inicial na cafeteria focando nos personagens principais, as telas pretas com os títulos, os diferentes pontos de vistas e as sequências não lineares, o uso de músicas clássicas. Tudo homenageando não somente Cães de Aluguel, como também outros filmes do Tarantino em geral. Até mesmo Um Drink no Inferno (filme que o Quentin roteiriza e atua, mas não dirige) foi lembrado no meio dos diálogos.
Além disso, tinha como ficar melhor? Tinha! Todos os personagens favoritos tiveram uma presença importante, inclusive Mark Pellegrino como Lucifer – a incontestável melhor versão do personagem. Longe de ser um fato aleatório sendo adicionado na série, o seu retorno já mostrou, no episódio seguinte, indícios de finalmente colocar um sentido na trama envolvendo o filho do demônio. Falando nele, o 12×13 Family Feud foi um pouco mais fraco que o anterior, no entanto isso já era esperado e não chegou a ser algo prejudicial.
Reprodução/The CW
A desculpa para o caso da semana foi aquela típica que aparece a cada passo: “Não temos novidades, precisamos refrescar a cabeça, vamos resolver esse caso simples” e assim por diante. Em uma linguagem honesta: “Precisamos esticar a temporada até 23 episódios então vamos colocar esse caso de fantasmas porque não temos um faz algum tempinho.” Brincadeiras à parte, foi bacana trazer o filho do Crowley novamente, quase sempre bom ver algum personagem aleatório retornando.
Fiquei contente que a revelação da Mary trabalhando com os Homens das Letras não trouxe um conflito precipitado com Sam e Dean – eles mostraram-se dispostos a ouvir o que a mãe tinha a falar, ainda bem. Além disso, a finalização do caso, com Gavin retornando ao passado, fechou uma ponta que estava (de certa forma) solta há diversas temporadas…
Por fim, os Príncipes do Inferno e os demônios em geral parecem uma grande peça para o restante da temporada. O roteiro parece finalmente ter decidido qual rumo tomar e Supernatural indica ter entrado nos trilhos mais uma vez. E você, voltou a se animar com a série? Conta pra gente!
