Dois episódios que abordaram histórias distintas, mas com uma semelhança: os Homens das Letras. Há, também, uma divergência: o primeiro foi completamente esquecível enquanto o segundo um pouco mais interessante.
Divulgação/The CW
12×16 Ladies Drink Free
A família formada por Jody, Alex e Claire é uma das coisas mais bacanas na série atualmente – um trio composto por mulheres fortes, independentes e que até então estão sendo respeitadas pelos roteiristas. Ao longo do tempo os fãs afeiçoaram-se com elas ao ponto de pedir um spin-off focado nas personagens (aliás, já inventaram até mesmo um nome: Wayward Daughters Academy). Entretanto, enquanto isso não acontece (se é que algum dia vai acontecer) é sempre bom ver aparições delas, mas dessa vez nem Claire foi capaz de salvar o episódio apesar de alguns momentos bonitinhos com os Winchesters.
Há muito tempo foi anunciado de que essa temporada focaria em histórias mais simples, reflexo que de fato está aparecendo semana após semana. Aqui tivemos um caso envolvendo lobisomens, porém como essa figura mitológica já está manjada dentro da série (aposto que você já sabe todo o procedimento para matar um lobisomem decorado), então isso é usado apenas como pretexto para desenvolver as relações entre os personagens – além da presença da Claire, tivemos uma continuação na “parceria” com os Homens das Letras e uma espécie de debate ideológico com a presença do Mick na caçada. Não tem como negar que é um tópico necessário para o andamento da história, mas o desenvolvimento trouxe poucas novidades e um sentimento totalmente apático.
Reprodução/The CW
12×17 The British Invasion
O décimo sétimo episódio, por sua vez, marcou o início do que parece ser o embate final com os Homens das Letras Britânicos (espero que eles sumam do seriado logo pois já estou cansado de escrever esse nome enorme em todo texto). Esse ponto de virada na história era previsível, visto que parecia apenas uma questão de tempo para acabar com a suposta trégua entre eles, mas surpreendeu porque aconteceu rapidamente e logo após os irmãos desenvolverem uma relação com Mick. Os últimos minutos foram a prova de que os HDLB não estão nem um pouco dispostos a mudar, colocando Sam e Dean em mais uma encrenca.
Um assunto importante em “The British Invasion” foi o bebê de Kelly. Por um lado, é compreensível a preocupação de todo mundo por tudo que o filho de Lucifer pode ocasionar, mas por outro lado é Kelly que precisa decidir o que fazer com o próprio corpo e o próprio filho (apesar de estar sendo um pouquinho manipulada por Dagon). De qualquer forma, a temporada trouxe um grande debate de que nem todos os monstros precisam morrer e isso entra em contraponto com a trajetória dos nefilim – sempre mortos por causa do poder que contém. Será que o filho de Kelly necessariamente será ruim e trará grandes consequências para a humanidade?
Reprodução/The CW
Faltam seis episódios para a temporada acabar e três caminhos parecem definidos: os Homens das Letras Britânicos declararam guerra contra os Winchesters, Lucifer está lentamente recuperando seus seguidores e seu poder, e o bebê de Kelly está ficando cada vez mais perto de nascer. Enquanto isso, Mary continua jogada em segundo plano com pouquíssimas aparições e nada relevante para justificar sua ressurreição. Com tantas informações, torço para que a história não saia dos trilhos e eles saibam finalizar tudo de maneira satisfatória.
