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Switched at Birth – 5×07 Memory (The Heart)

Por: em 31 de março de 2017

Switched at Birth – 5×07 Memory (The Heart)

Por: em

100 episódios. Essa certamente não é uma marca que todas as séries conseguem alcançar. Switched at Birth recentemente entrou para esse seleto grupo, o percurso até aqui foi longo, repleto de altos e baixos, muito drama e personagens marcantes. Memory (The Heart) deveria ser o momento de celebrar toda essa trajetória e, mais do que isso, presentear o público que se manteve fiel ao longo dessa centena de episódios com algo especial, que aquecesse seus corações. Infelizmente, não foi o que vimos aqui.

Não me entendam mal,  esse é um episódio que, embora apressado em alguns momentos, consegue ser sensível, bonito e emocionar. Ele nos tosca de alguma forma. Evocar a memória de Angelo foi uma boa estratégia, afinal é inegável o impacto que ele e sua morte tiveram nas vidas de Bay, Daphne e de toda aquela família. Mas ainda faltou alguma coisa. Não foi o bastante.

Nesse episódio, Daphne e Bay foram apresentadas a Ally, a moça que recebeu o coração do Sorrento e a forma como cada uma delas lidou com isso, e com a própria garota, foi bem semelhante ao modo como lidaram com Angelo. Bay, sempre intensa, se jogou na relação, precisando desesperadamente de uma conexão com aquela que carregava um pedacinho de seu pai. Daphne, por sua vez, se manteve relutante e cautelosa. Até aí, tudo bem, até porque a moça havia contado várias mentiras, mas o momento em que a ruiva começou a dizer que Ally não merecia o coração que recebeu, como se Angelo e ela própria nunca tivessem feito nada errado, foi um pouco demais. De qualquer forma, no fim, todo mundo se entendeu e tivemos algumas cenas bem bonitas, mostrando que, de alguma forma, Angelo ainda estava e sempre estaria ali.

Em paralelo, acompanhávamos uma discussão interessante sobre religião na casa dos Kennish. Kathryn queria que Carlton fosse batizado, sendo, portanto, iniciado como cristão. Lily, como judia, queria que o filho compartilhasse a mesma religião que ela. Considerando que Tobby está longe de ser a mais religiosa das pessoas, e tudo bem, eles resolveram que o filho seria criado como judeu, trazendo ainda mais diversidade para essa família maravilhosa e nada tradicional.

Por fim, vimos Emmett e Travis finalmente se entenderem – já estava passando da hora disso acontecer. Confesso que, por meio segundo, cheguei a acreditar que Emmett sequer apareceria no centésimo episódio da série, o que seria um absurdo considerando a importância do personagem ao longo de todos esses anos. É justamente essa relevância que faz com que seja rídiculo o tratamento que ele tem recebido nessa temporada final. Emmett foi relegado a menos que um figurante, o que é muito triste já que houve um tempo em que era impossível imaginar Switched at Birth sem o rapaz. Além disso, se bem desenvolvida, sua luta contra depressão renderia momentos maravilhosos. O que claramente não tem acontecido.

Dito tudo isso, não acho que esse tenha sido necessariamente um episódio ruim. Como já mencionei, ele conseguiu emocionar e teve momentos tocantes. Ainda assim, como todos os episódios dessa temporada, a sensação de que era apenas mais um filler predominou durante seus quarenta minutos. Um centésimo episódio exigia mais, merecia, precisa de mais. Memory (The Heart) deveria ser um episódio para entrarmos em contato novamente com a essência da série, mas, infelizmente, só a memória de Angelo não foi suficiente para isso.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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