“She would be known by history as the Maid of Gévaudan. But her real name was Marie-Jeanne.”
Não sei como começar essa review. Primeiro, porque ainda estou tremendo diante a tudo o que vi nesses quarenta minutos. Segundo, porque não existem palavras suficientes no mundo para traduzir a perfeição de The Maid of Gévaudan. Terceiro, porque após morrer e ressuscitar no mínimo três vezes assistindo a esse episódio, tento compreender se continuo parte desse plano, ou se posso caminhar para luz. A verdade é que as expectativas para esse décimo oitavo episódio estavam altíssimas. Não apenas porque teríamos o retorno de Crystal Reed, mas também pelo aprofundamento da mitologia que cerca a tão temida Besta de Gévaudan. Mesmo com tanta expectativa, Teen Wolf não decepcionou e nos presenteou com algo que não pode ser descrito como nada além de maravilhoso.
Através de flashbacks conhecemos um pouco da história da família Argent e da primeira caçadora, Marie-Jeanne. Tudo foi feito com um cuidado que precisa ser elogiado e, mesmo em um único episódio, foi possível se envolver, surpreender e emocionar com a trama que envolvia Marie. O simples fato de ter a chance de rever Crystal Reed já era ótimo, mas gostei de como conseguiram distanciar a nova personagem de Allison. A nostalgia era evidente, mas aquilo não era sobre a ex-namorada de Scott, era sobre uma de suas antepassadas. A primeira que se atreveu a caçar criaturas sobrenaturais e criou o legado que os Argent seguiriam por séculos. O fato da moça ser uma Argent, ainda que pelo casamento, foi um dos pontos que mais me agradou. Era evidente que a ela tinha alguma conexão com a família e era justamente isso que me deixava com tanta expectativa pelo episódio, afinal sempre acreditei que tanto os Argent quanto os Hale tinham histórias interessantes e que poderiam (e deveriam) ser mais exploradas pela série.
De qualquer forma, outro ponto que deve ser destacado é a carga dramática que envolve toda a história da Besta. Como fica bem claro, Marie-Jeanne era uma cética, até ver as pessoas que amava morrendo pelas garras de um monstro sanguinário. O passo decisivo para fazê-la acreditar, contudo, foi descobrir que seu irmão era La Bête. Transformado após beber água da chuva na pegada de um lobisomem, Sebastian tinha completa consciência do que havia se transformado e sentia prazer em matar. Sem outra opção, Marie se vê obrigada a colocar fim a vida do próprio irmão— algo que só foi possível graças a uma lança de aço, forjado com wolfsbane, mistletoe e o sangue Valet durante a lua cheia— e a apagar qualquer registro de sua existência.
De volta ao jogo de lacrosse mais tumultuado da história, tivemos finalmente a revelação de quem foi utilizado pelos Dread Doctors para reviver a Besta, o escolhido foi ninguém mais, ninguém menos que Mason. Nesse ponto, a série segue seu histórico de surpreender e fico satisfeita com as possibilidades criadas pela revelação. Não vou dizer que a possibilidade de Mason ser a Besta nunca me passou pela cabeça – principalmente quando se considera que desconfiei até de que nem está mais na série – no entanto, no breve momento em que imaginei a hipótese, única e exclusivamente pelo fato de insistirem que se tratava de um adolescente e ele ser um dos únicos adolescentes humanos que restaram em Teen Wolf, desconsiderei rapidamente a teoria,afinal o garoto é sempre tão fofo e nem de longe se assemelha a uma ameaça, que pulei rapidamente para o próximo suspeito. Claramente,seria uma péssima detetive.
Ainda assim, a dúvida que fica é se Mason tem consciência de que se transforma em Besta, ou não. Creio que isso é pouco provável e que o rapaz não tem nenhuma noção do que está lhe acontecendo, afinal a fera está desesperada para se lembrar de sua antiga identidade. Além disso, o garoto parecia tão assustado e surpreso quanto Scott. O que causa a dúvida é o fato de que Sebastian compreendia muito bem sua condição e tinha total controle sobre seus atos. Sendo assim, o que os tornaria tão diferentes?
A parte mais interessante dessa revelação, contudo, segue sendo a repetição da carga dramática da história original, afinal Mason é o melhor amigo de Liam e o little puppy dificilmente aceitará que algo aconteça àquele que é praticamente seu irmão e esteve o tempo todo ao seu lado. Ainda sobre a Besta, acredito que Lydia possa ter um papel importante no desfecho dessa trama. Ela foi a escolhida pra conhecer toda a verdadeira história da fera e Gerard deixou claro, mais de uma vez, que ela e Marie-Jeanne tinham muito em comum. A Banshee pode até não ser uma Argent, ou Allison, mas acredito que ela será determinante de alguma forma.
Por fim, fica evidente que os dois últimos episódios dessa quinta temporada serão eletrizante, terão um ritmo frenético e estarão cheios de acontecimentos. Afinal, muitas tramas precisam ser resolvidas em pouco tempo e a maioria delas apresenta certa urgência. Se metade da qualidade de The Maid of Gévaudan for mantida, já ficarei satisfeita. A promo de Only Villains Survive (e eu já amei o nome desse episódio) deixa claro que as coisas ficarão tensas. Muito tensas. E eu mal posso esperar.
Observações:
— Aparentemente o beijo da Selena Paraguai tem propriedades curativas que deveriam ser cientificamente estudadas. Tudo bem que o Liam é lobisomem, mas em uma cena ele estava quase morrendo e bastou um beijo para que fosse confrontar a Besta novamente;
— Todo mundo que estava no jogo já sabe que existem lobisomens em Beacon Hills, certo? Afinal, todo mundo viu o que estava acontecendo e não existem muitas explicações racionais para aquilo;
— Acho a Braeden uma personagem incrível, mas super mal explorada. Ainda assim, adoraria ser amiga da moça e poder ligar para ela durante uma emergência, pedindo para levar todas as armas;
—Se eu tivesse entrado em um bolão sobre a identidade da Besta de Gévaudan teria perdido. E você? Sua aposta estava certa? Gostou do episódio? Conte nos comentários.
