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Teen Wolf – 6×16 Triggers

Por: em 5 de setembro de 2017

Teen Wolf – 6×16 Triggers

Por: em

Há momentos em que sinto que estou escrevendo o mesmo texto semana após semana. Ou, pelo menos, fazendo a mesma crítica à exaustão. Acredite quando digo que meu último desejo é soar como um disco arranhado, infelizmente, Teen Wolf não tem ajudado. Jeff Davis parece ter se esquecido que a série está chegando ao fim e resolveu focar em qualquer outra coisa menos nos personagens que amamos e seus arcos individuais.

Após analisar o que vi de Scott, Malia e Lydia até aqui não consegui destacar quase nada sobre suas narrativas ou desenvolvimento. Os três estão simplesmente a serviço da trama e até mesmo suas emoções têm ficado em segundo plano. Em retrospecto, é possível perceber uma linha narrativa para Liam, que precisa controlar sua raiva, por exemplo, e até mesmo Nolan – e quem é Nolan na fila do pão?. Talvez seja isso o que mais me incomode.

Reprodução/MTV

Triggers teve a pachorra de passar quase 10 minutos sem mostrar um único personagem com o qual me importo e, nessa altura do campeonato, isso é inadmissível. Já disse e repito: essa história não é sobre Liam e seus amigos, não é sobre Nolan e definitivamente não é sobre a turma de caçadores mais irritantes que já existiu, é sobre Scott McCall e os membros de sua alcateia. Bom, ao menos um dia foi.

Após reforçar essa crítica – pela milionésima vez –, preciso dizer que nem só de equívocos viveu esse episódio. Gostei de seu ritmo e das tensões explicitas em sua cena inicial e final. Embora alguns momentos tenham sido bem óbvios – alguém tinha dúvidas que Lydia usaria seus poderes de Banshee para derrubar a porta e salvar Scott e Malia? –, foi interessante assistir aos dois lados finalmente tomando atitudes efetivas na guerra que se desenrola por Beacon Hills e perceber como Gerard está sempre um passo à frente de Scott.

Reprodução/MTV

Outro ponto que merece destaque é como o episódio nos deu várias pistas, principalmente por meio de Lydia e de suas premonições, do que estava por vir. Tudo culminou na última cena que já encerraria o episódio de um modo maravilhoso e deixaria um ótimo cliffhanger para a semana que vem apenas com o ataque, mas que se torna ainda mais angustiante ao mostrar que alguém se feriu. Em um mundo ideal, a pessoa baleada seria o pai do Scott – podia até morrer. Alguém se importa com esse embuste?–,entretanto, acredito que veremos alguém mais importante e significativo para nosso alfa entre a vida e a morte. Minhas apostas estão em Melissa, embora, eu realmente espere que nada sério aconteça a Mama McCall, a rainha absoluta dessa série.

Por fim, é necessário comentar sobre as dinâmicas entre os personagens. Gostando ou não da ideia dos dois como um casal, Malia e Scott funcionam juntos. A química entre Tyler Posey e Shelley Hennig é gigantesca e, além disso, as diferenças nas personalidades e perspectivas de mundo do alfa e da coiote fazem com que se completem e trabalhem bem como equipe. Estava claro que havia um sentimento se formando entre os dois, bastou, então, uma experiência de quase morte para que isso explodisse e causasse o primeiro beijo do casal. Agora não há mais dúvidas, Scalia é real!

Reprodução/MTV

Outra interação que rendeu ótimos momentos foi a entre Liam e Theo. Já está ficando repetitivo dizer que os garotos funcionam incrivelmente bem juntos, mas não deixa de ser verdade. As cenas entre os dois são sempre maravilhosas e extraem o que há de melhor nesses personagens. Aqui vimos como Theo está disposto a ajudar o grupo – e é claro que isso também significa se ajudar – e como foi responsável por impedir que Liam perdesse o controle, além de lhe mostrar que toda sua raiva e descontrole têm vindo do medo.

Triggers, portanto, teve seus bons momentos e seus quarenta minutos passaram voando. Ainda assim, cometeu os mesmo erros de seus antecessores, eclipsando os personagens que deveriam estar em destaque e me deixando com a sensação de que algumas situações poderiam ter se desenrolado de forma mais rápida, inteligente ou criativa. O episódio funciona, porém, seguindo a máxima de tudo o que foi apresentado nessa 6B, poderia ser melhor.

Observações:

— Qual o nível de burrice necessária para todo mundo se esconder/reunir na casa do Scott, quando sabem que estão sendo caçados?

— Meu coração diz que é errado, porque o Theo não vale um centavo e causou muito na vida do Liam, mas a química entre Dylan Sprayberry e Cody Christian é tão grande que estou meio que shipando Liam e Theo;

– O pai do Scott embarcou no ônibus do sobrenatural tem dois minutos e já quer sentar na janelinha. Tá, eu sei que ele está tentando ajudar, mas é que sou implicada com esse personagem;

– A gente está cansado de saber que Liam é “filho” do Scott, mas foi ótimo ouvir isso ser dito na série;

– O plano de Gerrard é mais megalomaníaco do que pensávamos e ele está querendo aniquilar criaturas sobrenaturais ao redor do mundo inteiro;

– Alguém mais gritou vendo que há um Nemeton no Brasil? Não sei vocês, mas eu tenho convicção que minha cidade tem pelo menos uma mula-sem-cabeça e meia dúzia de assombrações;

 

 

 


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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