O ano começou não muito bom em The Big Bang Theory. Por ser um retorno de hiatus, o mínimo que poderíamos esperar era um episódio que desse uma esperança de que a metade final dessa temporada seria boa. E, na realidade, só tivemos mais um episódio regular – para não dizer que foi bastante instável. Deu para rir em alguns momentos, mas com tanta novidade, muito mais poderia ter sido feito.
O maior exemplo disso é a viagem de Sheldon e Amy, principalmente no contexto envolvendo Mary. Contar para ela a novidade da mudança era um grande passo, que Sheldon não queria dar ainda. Todos sabem que ele não lida bem com emoções, ainda mais com as dos outros. Mas daí a tirar dele a oportunidade de ter uma conversa franca com a mãe sem que ela soubesse de tudo é crueldade. É tirar crédito dele. Não parece nem atitude da Amy, que sempre foi tão compreensiva e deu espaço para o namorado amadurecer. Fazendo isso, ela não mostrou confiança nele, nem um pouco.
Quanto à reação de Mary, já imaginava que ela aceitaria tranquilamente a novidade, só não pensei que ela seria tão franca a respeito do motivo. Ela jogou mesmo na cara que achava que Sheldon ficaria sozinha para o resto da vida (deve ser tão difícil de ouvir isso!). Deve ser por isso que ela gosta tanto de Amy – uma moça boa que sabe cuidar do filho dela. E, realmente, a relação desses dois é muito diferente de qualquer outro casal, ela jamais teria que se preocupar. Seria bom ver uma pitada a mais de carinho nas falas de Mary. Ela e o filho sempre tiveram esse contato mais “brusco”, cheio de implicâncias de ambos os lados, mas ela parece ter endurecido com o tempo. Quem lembra das temporadas anteriores, é só impressão minha ou aconteceu mesmo?
Do outro lado, tivemos uma triste narrativa sobre os primeiros desafios de pais de primeira viagem. Bernadette se achando uma péssima mãe só porque não conseguia fazer Halley dormir foi de cortar o coração. Ainda mais depois que o Stuart, em menos de um minuto, conseguiu o que ela levou mais de duas horas para fazer! Tudo isso contribui para que ela deprecie seu trabalho e também aumenta o sentimento de culpa. O que o Sheldon falou foi certo mesmo: ela precisa muito de apoio, de gente falando que ela está no caminho certo.
Desde que começaram a insinuar que Howard seria papai, fiquei muito desconfiada a respeito de seu papel nessa história toda. Ele não deixou de ser quem é, mas surpreendentemente ele está fazendo um ótimo trabalho. Claro, ele não ajuda muito a cuidar de Halley, mas está dando um apoio incrível para Bernadette. Aquela cena em que ele diz que está orgulhoso dela foi uma das mais bonitas que eles protagonizaram, ainda mais em um contexto tão emotivo quanto aquele. Ele ama suas duas garotas e isso, por enquanto, basta. A pequena Halley jamais vai aparecer, em homenagem a sua avó, mas dá tanta curiosidade de vê-la!
E ainda:
– O suco mágico da Amy! Como Leonard nunca pensou nisso quando levava Sheldon em alguma viagem?
– Não entendi o propósito de Sheldon ao vestir a cueca na cabeça e os pés de pato. É bem notório que ele não precisa daquilo para parecer mais estranho.
– Uma das partes mas engraçadas do episódio foi a saga de Penny e Leonard em busca da árvore de Natal – que acabou escondida no elevador.
– Tenho dó do Raj. A família dele parece cada vez mais bizarra em toda história que ele conta.
– Crueldade com o Stuart todos fingirem que estavam dormindo quando ele começou a falar. Ninguém tem interesse em saber do final de ano dele, coitado!
– “Esqueci o bebê, ainda novo nisso” por que será que tenho a impressão de que isso vai acontecer mais vezes?
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