The Big Bang Theory – 10×15 The Locomotion Reverberation

Em seu décimo quinto episódio, The Big Bang Theory veio para provar que a vida é mesmo cheia de surpresas e que o mundo dá voltas. E não existem formas melhores de explicar The Locomotion Reverberation além desses clichês. Mesmo dando continuação a vários tópicos abordados anteriormente, foi um episódio divertido – principalmente nos últimos minutos.

Howard e Leonard ainda estão naquele projeto importante e, na cabeça deles, já estavam em um nível bastante avançado. A presença de Sheldon na maioria das vezes é um problema, uma vez que ele não para de falar e dar opiniões o tempo inteiro. A solução foi tirá-lo de cena. Só que eles não esperavam a reviravolta de que precisariam dele mais para frente. Aliás, a cena com o general foi ótima (“vocês dois têm ótimos argumentos, mas eu quero assim”), mas ainda estamos esperando o momento em que vamos testar a teoria de que ele é o pai de Howard!

A grande sacada do episódio foi o presente de Leonard. Descobrimos que ele guarda há tempos um envelope contendo um grande sonho de Sheldon – e ele não era o único a saber, pelo comentário da Amy. Claro, o timing para usá-lo foi péssimo, mas foi, de longe, o melhor do episódio. Com ele todo envolvido com a experiência de pilotar um trem, ele jamais voltaria a algo tão banal (para eles, né. Pra gente ainda parece uma coisa de outro mundo) quanto as teorias. Nem a tentativa de chocá-lo com cálculos errados funcionou – pelo menos rendeu uma continuação maravilhosa do desenho do Charlie Brown.

Quem não gostou nadinha do presente foi Amy, que teve que aguentar o namorado falando por horas a fio de trens. A coitada nem conseguiu dormir ou usar o banheiro – mas, em compensação, pode ter aquele devaneio sensacional do Sheldon-galã se refrescando. Nisso tudo, achei legal que ele quis incluir Amy na viagem, mesmo que ela não quisesse de maneira alguma. Mostra uma cumplicidade que o Sheldon das primeiras temporadas não teria. Não duvido que seu antigo eu ia preferir vivenciar a experiência sozinho.

Enquanto isso, a parte II do “mundo dando voltas” acontecia com as meninas. Penny sempre foi a mulher que colocava pressão nas outras a sua volta, mesmo sem saber. Agora é ela que se sente pressionada. Ver a amiga Bernadette toda preocupada com as questões da maternidade fez com que ela olhasse para a própria vida. É aquele triste momento em que a gente percebe que não é mais jovenzinho e que, se quiser aproveitar algumas coisas da vida adulta (como ter filhos), tem que começar a planejar antes que seja tarde demais.

Colocar diante da mesa suas inseguranças foi também um dos momentos de ouro delas. E a noite que era para ser de “ficar bêbada e não usar o bom e velho moletom” virou uma sessão de terapia. É bom ver como elas se apoiam da melhor forma que podem. Tenho certeza de que, apesar de não seguirem o plano original, foi uma noite da qual elas não vão se esquecer.