Foram longas semanas em hiatos. Durante esse mês de março, muita coisa aconteceu: depois da confirmação de que vai sair o spin-off do mini Sheldon, tivemos a fatídica notícia de que The Big Bang Theory vai durar mesmo por toda a eternidade – ou quase isso, já que pelo menos mais dois anos estão garantidos. Com o que? Fica aí o questionamento. Porque The Collaboration Fluctuation veio para mostrar que ainda há o que explorar, mas o cansaço é tão grande que ninguém tá sabendo o que fazer com o roteiro.
Esse episódio da semana veio com um tom bem diferente dos demais. Com aquelas músicas de fundo, a série ficou parecendo uma comédia romântica daquelas bem aguadas. Funcionou melhor com o plot de Penny, Raj e Leonard – que era bem previsível, não é mesmo? Desde quando Raj começou a falar, ele já meio que trocou a companhia dos meninos pela das meninas. Morando com Penny, não seria diferente. Agora eles têm todo tempo do mundo para fazer tudo o que não lhes é permitido quando estão no “clube do bolinha”.
Eu sinceramente entendo o Leonard, deve ser um horror ser deixado de lado dentro de sua própria casa – ainda mais ele, que tem todo o histórico de ser deixado de lado pela mãe. O mínimo que os dois poderiam fazer é tentar inclui-lo um pouco. Ele pode não gostar dos roles de compras no shopping, mas pode muito bem ser inserido nas conversas – daí vem a parte em que ele se compromete a participar também, porque de nada adianta reclamar se ele não gosta do que está fazendo.
Nesse ponto, Bernadette tem razão – e aqui vemos a diferença de maturidade entre ela e Leonard. Raj sempre foi o melhor amigo do Howard e isso só afetava a relação do casal quando o amigo passava dos limites (o que, convenhamos, não é muito difícil de acontecer). No mais, ela é super tranquila em relação ao tempo que eles passam juntos porque sabe que, se não fosse Raj, provavelmente ela teria que proporcionar ao marido tudo isso. Voltando ao que eu disse antes, tudo é questão de dosagem e equilíbrio para que todos fiquem minimamente satisfeitos. Isso só não funciona com o Sheldon, porque né.. pessoa mais carente e imatura para se brincar de relacionamento.
De verdade, o que fazem com a relação de Amy e Sheldon me confunde. Primeiro eles vão morar juntos, superam os problemas, viram até exemplo de harmonia para os amigos. E, de repente, eles estão brigando em nome da ciência. Mais uma vez, Amy cedeu. Com essa, ela já poderia pedir umas três músicas no Fantástico. Eles são profissionais bem resolvidos, adultos formados e ainda concordam com ofensas a mães? É difícil de entender e mais ainda de aceitar. Poderia ser mais um bom exemplo de que eles são um casal maduro que consegue trabalhar em paz, respeitando as ideias dos outros. Mas não, é só o roteiro colocando a Amy no nível de infantilidade do Sheldon. Espero que esqueçam logo que essa história existe.
E ainda:
– “É claro, você está vivendo aqui de graça, estou te devendo mesmo” pessoas, não sejam o Leonard nesse nível de mau humor logo de manhã.
– Coitada da Cinnamon que não pode nem passear mais..
– Ninguém merece estar no trânsito de boa e passar por um buzinaço que nem aquele no carro de Amy.
– “Se a sua ideia de diversão é dirigir até a Target para comprar fraldas, as coisas estão esquentando”. Irado!
– Raj e Penny a la gêmeas Olsen, melhor do episódio.
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